Kiko Nogueira: Os aloprados que gritam “Vai pra Cuba” podem pedir dicas para a poderosa irmã de Aécio — que foi e curtiu

A multidinha que invadiu as galerias do Congresso para gritar o clássico “Vai pra Cuba” do fundo de seus pulmões pode pedir à irmã de Aécio Neves informações sobre a ilha.

Andrea, a poderosa irmã do senador, seu braço direito, conselheira, confidente e coordenadora de campanha, esteve no país em 2013, como relata em seu blog. Portanto, em pleno auge do regime bolivariano brasileiro, pouco antes de Aécio se candidatar. Pouco depois ele perderia e viraria uma espécie de heroi macunaímico dos aloprados que têm certeza absoluta de que vivemos uma ditadura comunista.

O que pensariam os fascistas das visitas de Andrea? Seriam capazes de perdoá-la? Ou ela seria considerada uma traidora? E ao senador? Seria ele culpado por tabela? Deveria ter proibido a mana de embarcar naquele avião maldito rumo ao reduto vermelho maldito?

Aquela não foi a primeira vez. Num post sobre Havana, uma Andrea emotiva escreveu o seguinte: “Voltei a Cuba. Entre a primeira e a segunda viagem, quase 30 anos… Mudou Havana, mudei eu ou mudamos nós duas?”

Enigmático. Mas seu ânimo não era denuncista, como se depreende das fotos. Junto a cartões postais como o parlamento e uma rua com aqueles edifícios restaurados, há uma foto sua com um velhote, ambos sorridentes.

Em 2012, ela se indignara contra a morte do prisioneiro político Wilmar Mendoza após uma greve de fome, aos 31 anos. “Para a minha geração, durante muitos anos, a revolução cubana foi o símbolo do idealismo e a prova de que era possível construir uma sociedade mais justa”, escreve.

“Não sei em que exato momento muitos de nós começaram a perceber que, infelizmente, o processo não era tão linear, nem os princípios tão absolutos quanto imaginávamos. Em que momento tivemos que acrescentar ao nosso sonho de revolução as imagens da censura, dos prisioneiros políticos, da corrupção?”

(Ela reclamar de censura é lindo, mas sigamos adiante).

E então ela se lembra de que esteve lá em 1985, participando de um certo Diálogo Juvenil e Estudantil da América Latina e do Caribe sobre a Dívida Externa. Foi ali que teve sua estreia como oradora. “Para quem até hoje não se sente à vontade com os microfones, estrear sendo ouvida pelo próprio Fidel, num auditório lotado, não foi fácil”, diz.

Quando voltou, publicou um artigo no JB chamado “Mamãe, Eu Fui a Cuba”, devidamente replicado no blog.

O que você achou de Cuba? Perguntaram-me as pessoas. Uma sociedade surpreendente, ouso dizer, tendo plena consciência do quão provocativa a expressão pode soar. É claro que o país enfrenta uma série de dificuldades. Uma economia frágil, uma política de habitação que ainda não foi capaz de suprir as necessidades da área, são as mais evidentes. Mais algum tempo lá e, certamente, outras questões viriam à tona. Mas há outra realidade que salta aos olhos e que, juro, me encheu de orgulho.

Uma sociedade em que um especializado e eficaz serviço de educação e saúde é gratuitamente oferecido à população. Um país de nove milhões de habitantes em que a alimentação básica é subsidiada pelo Governo e onde se imprimem 2,5 milhões de livro a cada três meses. E isso sem falar na alegria das crianças, nas minissaias das moças e no olhar galante dos rapazes que se insinuam pelas ruas. Tudo regado a muito calor, a reclamações sobre o ônibus cheio e à irreverência dos soldados que, na hora do almoço tiram a farda para um mergulho no mar.

[...]Chego em casa, desarrumo as malas e penso em como é grande o cordão da esperança. É isso aí. Mamãe, eu fui à Cuba. E qualquer dia desses eu quero voltar.

“No mais”, bate outra vez, com esperanças o meu coração”.

Andrea Neves não sobreviveria à canalha de extrema direita que seu irmão atiça — eventualmente, direto da praia.



Iguatu - oposição kamikaze

A incompetente oposição iguatuense aprontou mais uma, deu um tiro de canhão no próprio pé e aparece para população e visitantes do cidade como coveiro do tradicional Natal de Luz.
Com uma oposição desse nível, discernimento e sensibilidade política, o grupo que há três mandatos governa a cidade vai se eternizar no poder.
Com uma oposição dessa, quem precisa de aliado?
Aff...


O homem que falava inglês

"Filadelfo era vítima do próprio talento. A sua via-crúcis fora construída pelo inegável gênio de que era possuído. Mas como? Mas como assim, se isso vai de encontro, é uma oposição a tudo quanto nos ensinam sobre o valor da educação e do trabalho? Se as ideias gerais, abstratas em conceito irrefutável, faltam a esta narração, não deve faltar o entendimento do que aumentou a desgraça de Filadelfo. Para um, digamos, simples mestiço, neto de escravos, que fora guia de cego na infância, possível abusado por adultos, para esse gênero de ser, era uma vitória ter atingido o ponto em que o vemos em 1958...
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Para quem quer chutar o balde

São 6:50 da manhã, você abre os olhos e senta na cama, estático. Olha para frente e não consegue se mexer. Sua cabeça gira em loop, revisando cada um dos problemas que encontrará ao longo do dia. Entre um problema e outro é possível escutar o leve sufoco da mente. Será assim pelo resto da vida? Não existe uma forma de fugir disso?
Se você ama seu trabalho, adora sua profissão e acorda feliz e contente para enfrentar o dia, meus parabéns, este texto não é para você. Se acha que a vida é assim, basta aceitar e seguir passivo, também não tenho grandes novidades. Este é um guia para aqueles que sonham, que não se conformam e que buscam uma mudança na forma que vivem. É para os que escolheram outra coisa em detrimento ao padrão social.
Faço questão de reforçar a relação entre o texto e a forma que atuo em minha própria vida. Utilizo este trecho do Antifrágil, de Nassim Taleb, para representar minhas palavras:
“Em acordo com o ethos do praticante, a regra deste livro é a seguinte: eu como minha própria comida.
Eu apenas escrevo, em cada linha escrita ao longo da minha vida profissional, sobre coisas que fiz. E os riscos que recomendei que outros assumissem ou evitassem, eu mesmo tenho assumido e evitado. Eu serei o primeiro a ser ferido se estiver errado.[…] Não significa que a experiência pessoal de uma pessoa constitua em amostra suficiente para derivar uma conclusão sobre uma ideia; mas uma experiência pessoal gera um selo de autenticidade e sinceridade sobre uma opinião.”


Não existe forma simples e fácil de fazer isso. Mudar de vida e quebrar os padrões que estão estabelecidos faz tanto tempo exige mais do que força de vontade e determinação. É necessário dar um salto de fé. Meu mentor indireto, um personagem fictício chamado FAKEGRIMLOCK, diz em seu livro “The Book of Awesome”:
“Startup é olhar para uma janela e começar a construir asas. Visão é acreditar que as asas estarão prontas antes de chegar ao chão”
Você pode não se importar com todo discurso de empreendedorismo e toda essa loucura que é o mundo dasstartups, mas aqui nós utilizamos este conhecimento como ferramenta para sustentar o estilo de vida que buscamos. Não estou falando de montar uma empresa de um bilhão de dólares, o novo Facebook nem nada do tipo. Entender como o mecanismo de gerar receita funciona é necessário para que a gente possa acordar meio dia sem culpa, buscar os filhos na escola e não perder o exame de karatê da sua filha.
O que quero dizer é que dinheiro importa e antes de tomar qualquer atitude você precisa aprender a manuseá-lo.

Estude muito, sobre tudo

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Leia muito e aprenda tudo o que puder sobre trabalho autônomo, empreendedorismo e negócios. Aprenda como começar um pequeno negócio do zero, atuar como freelancer e manutenção de rede de contatos. Dependendo do caminho que pretende trilhar, esta será a melhor forma de se sustentar, então é melhor entender como fazer.
Considere o trabalho de estudo como sua graduação pra vida. Procure biografias de gente que se comporta como você e traçou caminhos similares. Entenda o básico necessário sobre investimento, fontes de renda paralela e marketing. Abra seu leque de conhecimento a ponto de se tornar uma empresa de uma pessoa só, sendo capaz de administrar – num nível básico – todos os seus problemas iniciais. Quando a administração se tornar difícil é porque já pode pagar alguém para fazer isso.
Seu objetivo no começo é meio contraintuitivo. Quando muitos buscam se especializar em algo, você está ampliando seu espectro para entender o básico de muitos assuntos, criando uma base para se aprofundar no que for necessário, quando for necessário.
Entenda que estudar não consiste em apenas ler textos sobre o assunto na internet, mas ler livros de referência. Se leitura não é um hábito, é preciso resolver isso bem rápido. Existe muito conhecimento bom escrito por aí, muita coisa que podemos aproveitar.
Absorva o que for útil, descarte o que não valer a pena.

Defina planos claros

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Planejamento é um dos passos mais negligenciados quando conversamos sobre mudar de vida. Normalmente ouvimos alguém questionar “Você vai sair do seu emprego?”, como se estivéssemos agindo por impulso, de qualquer jeito. Talvez fosse assim que eles agiriam, mas a gente não.
Para definir um bom plano é necessário quebrar o objetivo em pequenas peças que se mostrem alcançáveis. Digamos que você é um designer, mas agora quer se tornar psicólogo. O primeiro passo seria entrar numa universidade. O menor passo a ser tomado neste ponto é começar a estudar para um vestibular. É um longo caminho, mas que pode ser transformado em uma ação simples.
Este exemplo pode ser adotado qualquer que seja seu plano. Às vezes é bem difícil reduzir alguns cenários, mas toda ação que te aproxime da experiência de conviver diariamente com o que busca pode servir. É analista de sistemas e quer se formar em física? Estude um pouco de física e matemática diariamente, comece um blog sobre o assunto, onde articula as ideias que está aprendendo. Conheça pessoas que já estão no meio e vivem da forma que está buscando. Faça todas as perguntas que puder. Se passos graduais e constantes não forem acontecendo, pode ter certeza que o plano vai voar para dentro do armário novamente, se tornando apenas um sonho distante.
O que estamos fazendo por aqui se chama estratégia do halter. Você mantém sua atividade segura e com maior estabilidade enquanto desenvolve um projeto paralelamente. Este projeto normalmente começa menor, exigindo menos tempo e dedicação, mas que se concretizado traz um resultado positivo muito grande. Focando sempre em equilibrar o risco.
Entretanto, existe um ditado popular no mundo da luta: “você tem um plano até levar um soco na cara”.
Esteja preparado para mudanças bruscas. Seja por encontrar um caminho melhor ou por alguma falha ao longo da execução do plano primário. O plano B deve prever alguns possíveis acontecimentos e fornecer uma solução para isso. No meu caso, eu tinha um plano A, estudar empreendedorismo em outro país, montar um negócio e gerar receita a partir disso. O plano B consistia numa série de atividades que eu gosto de fazer e que são remuneráveis, que serviriam para me sustentar caso a empresa desse errado ou demorasse muito para ter retorno.
Além dos planos A e B, é importante ter um última alternativa, um plano Z.
Quando você está fugindo do navio, é interessante ter um bote inflável para navegar até seu destino. Se o bote furar, é imprescindível ter um colete salva-vidas.
O plano Z deve ser livre de estigmas. É quando o barco afundou e todos os recursos não deram certo. Normalmente este plano engloba voltar para casa dos pais, pedir abrigo na casa dum amigo, voltar para o emprego anterior ou até algo pior que seja capaz de pagar sua alimentação.
É um refúgio para arrumar fôlego para tentar novamente.
Meu plano final era buscar abrigo na casa de uma amigo, arrumar qualquer emprego que pudesse bancar minha alimentação e ir escalando novamente até ter um bom salário, juntar mais uma grana e arriscar de novo. Lembre-se, nada é pessoal, se não deu certo a gente tenta de novo.

Arredonde as finanças

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Antes de entrar na sala do seu chefe e encher a boca para dizer “Eu quero pedir demissão”, é extremamente importante organizar suas finanças.
Respirar fundo e vencer aquele medo de abrir o site do banco, somar tudo o que existe de prestação do cartão de crédito, empréstimos, financiamentos e dívidas gerais. Coloque suas dívidas no papel e encare-as com coragem. Pense como viveria com metade do que você ganha no momento, ou até menos, tendo que sustentar prestações mensais. Chutar o balde sem ter suas dívidas quitadas vai inevitavelmente transformá-lo num mal pagador, em breve seu nome estará sujo na praça e seu crédito comprometido. Comece a organizar tudo e trabalhar com foco em zerar estas contas.
Entre em casa e faça uma lista de absolutamente tudo o que consome recurso mas é subutilizado. Normalmente, um serviço que você poderia viver sem, mas por alguma forma de luxo mantém funcionando. O maior exemplo disso é a TV a Cabo. Quando me preparei para largar o emprego, pagava quase 200 reais mensais em TV a cabo, por semana eu consumia menos de 1 hora do serviço. É um dinheiro que vai para o ralo, pagamos apenas porque já está ali. Este é apenas um exemplo, cada pessoa possui necessidades diferentes e utiliza serviços que podem ou não ser vitais para sua qualidade de vida. Queremos apenas identificar o que consome recurso com pouco ou quase nenhum retorno real, eliminando tudo o que for possível.
O mesmo serve para coisas fora de casa. Sua academia custa caro, mas você usa tudo o que é fornecido? Poderia optar por uma academia mais barata e que seja mais fiel ao que você precisa? Observe tudo o que for luxo desnecessário e elimine da sua rotina. O mesmo vale para comer fora, restaurantes caros, cinema, etc. O que puder poupar para zerar toda e qualquer dívida existente, vale a pena.
Calma, sua vida não será este inferno limitado para sempre, lembre-se do propósito maior. Com menos gastos sobra mais dinheiro. Você começa a adiantar prestações, pagar tudo o que deve ser pago e em poucos meses o dinheiro que iria para estes serviços está livre na sua mão. Agora você pode colocar tudo numa poupança e guardar o que conseguir. Pense que está apenas ajustando as coisas, você voltará a desfrutar dos prazeres da vida no futuro, fique tranquilo.
Neste processo é importante vender tudo o que não for essencial, tudo o que estiver ocupando espaço sem utilização. Recolha aquele videogame que não liga faz um ano, aqueles 5 relógios que você nem lembrava que tinha, jogos e DVDs, aquela bicicleta ergométrica que já virou cabide faz tempo. Se livre de tudo isso, mesmo dando pouco dinheiro, é um reforço a mais que vai para sua poupança.
Pense sempre que você só está ajustando o cenário para descobrir quanto realmente precisa por mês para viver. Este é um trabalho chato e muitas vezes traumático, mas entender quanto dinheiro precisará levantar mensalmente vai ajudar na organização dos planos. A boa notícia é que ao estourar a bolha social descobrimos que precisamos de bem menos – coisas e dinheiro – do que achávamos antes.

Converse com todo mundo

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A menos que você viva numa bolha isolada, sua decisão de chutar o balde não afeta apenas sua vida. Existem pessoas que, pelo convívio, esperam algo de você e podem ser afetadas por essa decisão. A vida com sua namorada vai mudar bastante, já que a grana será temporariamente mais curta e contada. Se possui filhos ou é casado, essa é uma conversa para se ter com todos da casa, tentando ajustar os planos para que todos entendam que a busca é por uma tranquilidade maior, um estilo de vida que promove felicidade em detrimento do dinheiro. Tudo nessa vida é conversável, mas abordar algo assim exige tato e sensibilidade. Mudar o padrão assusta bastante.
Depois de informar os mais próximos que está planejando dar uma guinada na vida e começar o planejamento das coisas, converse com seus amigos. No meu caso, amigos foram uma firme base para dar um passo tão difícil. Explique exatamente suas motivações e planos, deixe claro que tudo pode dar errado e que a ajuda deles será imprescindível. Abra o jogo e pergunte se pode contar com eles. Você vai se surpreender com o tamanho do apoio que pode receber dos amigos. Hoje sei, por mais que tudo dê errado e eu não tenha dinheiro para nada, eu terei um teto para morar e estrutura para reconstruir a vida novamente.
Evite fazer tudo às cegas, preparar pessoas que podem ajudar não apenas evita surpresas futuras, mas ativa o radar de oportunidade. Seus amigos agora estão atentos para oportunidades que apontem na direção que você você está apontando. Seus amigos só querem te ver bem, certamente envolve-los é a melhor decisão.

Defina uma rotina

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Venho falando exaustivamente sobre isso, mas neste tópico a rotina tem um papel fundamental. Sem um trabalho formal é extremamente difícil coordenar uma rotina. Temos o dia inteiro por nossa conta e as coisas vão acontecer na medida que formos agindo. Essa falsa sensação de flexibilidade é uma fácil promotora da procrastinação. A Lei de Parkinson sempre se mostra certa quando temos muito tempo em nossas mãos.
“A quantidade de tempo que uma pessoa tem para desempenhar uma tarefa é o tempo que será utilizado para completar a tarefa.” – Lei de Parkinson
É preciso ter consciência da nossa incapacidade de agir deliberadamente quando podemos escolher entre uma situação confortável ou uma atividade que exige alguma mudança de energia e concentração. É disso que muitas vezes surge a preguiça. Alterar nossos níveis de energia para entrar numa frequência diferente.
Defina padrões claros. Saiba a melhor hora para dormir e tenha um horário fixo para acordar. Mesmo que seja alguém que trabalhe melhor pela noite, organize sua rotina para que sempre consiga criar um fluxo de atividades, se esforçando cada vez menos para executar suas tarefas. Acredite, se você não estabelecer um padrão logo de inicio, vai ser muito difícil realizar qualquer atividade que precise se repetir por muito tempo.

Saúde conta mais do que você acredita

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É muito comum forçarmos todo nosso empenho em produzir cada vez mais e melhor. Até mesmo quando deixamos um trabalho que consideramos exaustivo para fazer algo que nos dá prazer, acabamos nos afogando em mais trabalho. As barreiras que muitas vezes existem quando trabalhamos numa empresa com outras pessoas deixam de existir, agora você pode fazer tudo o que quer, como achar melhor. Essa pilha pode nos deixar negligentes com a base do nosso negócio, nós mesmos.
Dedicar um horário religioso para manutenção da saúde vai evitar que você desenvolva o que chamamos desíndrome de burnout. Sua rotina deve garantir que diariamente se exercite, coma direito e tenha um período de diversão não produtiva.
É vital lembrar o motivo de toda mudança, reforçando que isso tudo parte de você, por você. Minha rotina normalmente começa indo para academia pela manhã, depois cozinhando o almoço e termina a noite assistindo algum seriado, filme ou jogando videogame. É interessante lembrar que você não precisa fingir que produz, então seu tempo realmente trabalhando acaba sendo bem reduzido, abrindo espaço para leitura e outras atividades.
Saúde física e mental formam parte da base que toda pessoa deve ter antes mesmo de tentar mudar o rumo das coisas. Quando trazemos a responsabilidade das coisas para nós, nossa saúde representa a diferença entre ter dinheiro ou não ao fim do mês. Ficar uma semana gripado sem conseguir fazer nada tem um impacto muito maior do que faltar no trabalho e entregar um atestado. Equilíbrio é uma palavra muito importante.

Vai ser difícil e provavelmente vai dar errado

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Algo que ninguém gosta de falar, que os livros que promovem mudanças no estilo de vida omitem, mas quem já entrou na dança sabe muito bem: tudo vai dar errado e é mais difícil do que parece para quem vê de fora.
É mais do que necessário acostumar-se com o gosto da derrota. Ninguém pode dizer que o plano dará certo, muito menos garantir algum tipo de sucesso. Se alguém está te dizendo o oposto, pode ter certeza que está vendendo algum produto e quer que você morda a isca.
O que parece um caminho planejado e trilhado vai apresentar problemas inimagináveis, que nem o mais minucioso planejamento conseguirá prever. Cada vida é uma vida. Você pode estar com as finanças em dia, projeto paralelo começando a engatar, pronto para virar a chave, quando sua filha fica doente, precisando gastar uma fortuna em tratamento. Ou algum acordo que estava prestes a fechar acaba não acontecendo. Só este ano tive mais de 20 situações incríveis, prestes a fechar e que acabaram não rolando.
Acostume-se, faz parte.
Sonhar é bom, mas é preciso manter nossas expectativas mais próximas do real. Nunca sabemos quais variáveis irão influenciar no andar das coisas. Fosse fácil, todos fariam.
É minha responsabilidade deixar esta mensagem bem clara para vocês. Não podemos garantir que vai funcionar. O segredo consiste em não desistir até que eventualmente funciona. Por isso tenha um levantamento de tudo o que deu errado, entenda o erro, aprenda e siga.
Todos os passos apresentados são o mínimo necessário para começar sua mudança. Estes são pontos complexos, mas inevitáveis para qualquer transformação significativa. O risco, por incrível que pareça, apenas aumenta nosso esforço em direção a qualquer resultado positivo. Colocar a pele em jogo é um motivador importante para sairmos do lugar e agir sem nos preocupar demais com opiniões alheias, ego e outras besteiras que nos afetam quando estamos confortáveis em nossa regular estabilidade. Não existe inovação, mudança ou progresso sem fatores estressores, precisamos destes estímulos para seguir em frente.
Quando a água bate na bunda, nosso instinto é sair do lugar.
Se você já fez algo parecido e gostaria de compartilhar sua experiência, junte-se a nós na caixa de comentários. Sua experiência pode minimizar os erros de outras pessoas.


por Alberto Brandão

Twitter da manhã

​A oposição que enche a boca para exigir demissões na Petrobras e no PT é a mesma que pede votos para eleger Eduardo Cunha​.

Jânio de Freitas:


noFolha

Os outros números

A dubiedade da pergunta sobre a responsabilidade de Dilma na Petrobras leva a interpretações diferentes

Os 43% que de fato atribuem "muita responsabilidade" a Dilma "sobre o caso" Petrobras, na sondagem Datafolha, não proporcionam à oposição uma base informativa sobre as perspectivas de sua atual ação, nem ao governo oferecem uma noção dos efeitos do escândalo em sua imagem. Dados indiretos dão melhor ideia, talvez surpreendente para os dois lados, da situação do confronto no que mais lhes interessa: a opinião pública, ou do eleitorado.

A dubiedade da pergunta tornou possível uma quantidade indefinida dos que a interpretaram com um sentido e dos que lhe deram outro. "Responsabilidade SOBRE o caso" pode ser a de quem, detentor de uma posição hierárquica --chefe de família, dirigente de empresa, governante-- deve as providências para o melhor e correto andamento do que está sob sua responsabilidade. É admissível, para não dizer certo, que muitos terão recebido a pergunta nesse sentido.

Mas a "responsabilidade SOBRE" também podia ser entendida como implicação NO caso, responsabilidade como parte, em alguma medida, da ocorrência.

As duas interpretações levam a respostas com profunda diferença, estando, porém, embaralhadas tanto nos 43% subscritos em "muita responsabilidade" de Dilma, como nos 25% de "um pouco" de responsabilidade. Índices que, somados de maneira discutível, fizeram a notícia de que 68% responsabilizam Dilma por corrupção.

Na confusão induzida pelo próprio noticiário, bastante caótico, a esta altura ninguém sabe em que período de governo houve na Petrobras tal ou qual golpe de corruptor e corrompido. O beneficiário da ausência de clareza é o governo Lula, no qual se deram a compra da refinaria de Pasadena, o consequente processo judicial desastroso para a Petrobras, os contratos para construção da refinaria de Abreu e Lima, inúmeros reajustes e compensações. Relegadas essas e outras clarezas, o tipo de noticiário do escândalo contribui, e não pouco, para que o governo de Dilma apareça na pesquisa como o segundo pós-ditadura em que "houve mais corrupção", com 20% das opiniões seguindo os 29% dados a Collor.

Apesar disso, e aí com muito interesse para a oposição, 46% consideram que o governo Dilma é o que mais investigou a corrupção. O segundo, longe, é o de Lula, com 16%. (Outro caso de deformação por pouca informação: foi no primeiro mandato de Lula que o então ministro Márcio Thomaz Bastos preparou e destinou a Polícia Federal para as investigações de corrupção, com escândalos cujo ineditismo os tornou históricos, como o da Daslu).

A pergunta que complementa a anterior é ainda mais expressiva, embora o percentual menor, para a aferição da atividade oposicionista concentrada no escândalo da Petrobras. "Em qual governo os corruptos foram mais punidos?". No de Dilma: 40% das opiniões colhidas. Parte dos que votaram em Aécio Neves ou dos sem votos válidos, ou de ambos, estão contribuindo para esse índice recordista, que é maior até do que o contingente, no eleitorado total, que elegeu Dilma.

O investimento agressivo que a oposição faz para responsabilizar Dilma Rousseff pela corrupção na Petrobras, como também por assuntos menos gritantes, reproduz (com menos brilho, é verdade) mais de um período caracterizado pela mesma linha de oposicionismo. O resultado a que chega também reproduz o de seus inspiradores.

Briguilink da manhã