SwissLeaks - A Suiça lava mais branco

Entrevista com Jean Ziegler no Estadão, o autor do livro A Suiça lava mais branco, publicado em 1990 (25 anos atrás). No século passado o escritor já afirmava: 
  • “A Suíça é o principal local de lavagem de dinheiro do nosso planeta, o local de reciclagem dos lucros da morte”.
  • Agora, com o caso SwissLeaks ele avisa: “É apenas a ponta do iceberg”.
  • “Existe uma corrupção institucional na Suíça. Na maioria dos países, o órgão que regula os bancos é uma entidade estatal. Na Suíça, trata-se de uma empresa semi-privada e que é paga pelos bancos. Uma agência que regula bancos bancada pelos bancos. Há ainda um segundo aspecto. A lista de pessoas com contas no HSBC já era de conhecimento das autoridades suíças desde 2012, quando a relação de contas circulou entre os governos. Berna sabia que o dinheiro vinha das drogas colombianas, da máfia, do terrorismo e da lavagem de dinheiro. Mas até hoje nenhum processo foi aberto”. 

Por Jamil Chade
Do Estadão



Alvo. Para Ziegler, fim do segredo bancário ainda está longe
“A Suíça é o principal local de lavagem de dinheiro do nosso planeta, o local de reciclagem dos lucros da morte.” O alerta bem que poderia ter sido feito pelas fontes que revelaram os segredos das 100 mil contas do banco HSBC na Suíça, o que criou um terremoto mundial. Mas, na verdade, a frase já foi dita há 25 anos na primeira página de um livro que já revelava tudo o que se vê agora.
Em A Suíça Lava Mais Branco, o suíço Jean Ziegler escancarava um cenário muito diferente da imagem que o país tentava transmitir ao mundo. Hoje, diante das provas do que ele mesmo já dizia, seu sentimento é de que o “tempo lhe garantiu justiça”. Mas, ele mesmo avisa: o HSBC é apenas a ponta do iceberg de um sistema inteiro de fraude. Provocador, Ziegler questiona como um país sem recursos naturais como a Suíça se transformou em um dos mais ricos do mundo. “Aqui, a matéria-prima se chama dinheiro estrangeiro”, disse. 
Em 1990, quando o livro saiu, Ziegler era membro do Parlamento Suíço. Em menos de um ano, seu livro foi alvo de nove processos legais e até hoje ele paga a multa de US$ 6 milhões que recebeu. O escritor foi acusado como “traidor” pelos demais políticos, sua imunidade parlamentar foi retirada, perdeu sua casa, foi atacado pela imprensa e diz ter sido até ameaçado de morte. A poderosa Associação dos Bancos Suíços rejeitou as acusações na época e garantiu que o sigilo bancário “não protegia criminosos”. A seguir, os principais trechos da entrevista: 
Um quarto de século depois que o sr. denunciou como os bancos suíços operavam, o HSBC está hoje no centro das atenções mundiais. Isso o surpreende?
Não. A história que estamos escutando é, no fundo, a normalidade helvética mais banal. Essa é apenas a normalidade banal e cotidiana da Suíça e a ponta do iceberg. E o pior é que vai continuar. 
Como assim?
Existe uma corrupção institucional na Suíça. Na maioria dos países, o órgão que regula os bancos é uma entidade estatal. Na Suíça, trata-se de uma empresa semi-privada e que é paga pelos bancos. Uma agência que regula bancos bancada pelos bancos. Há ainda um segundo aspecto. A lista de pessoas com contas no HSBC já era de conhecimento das autoridades suíças desde 2012, quando a relação de contas circulou entre os governos. Berna sabia que o dinheiro vinha das drogas colombianas, da máfia, do terrorismo e da lavagem de dinheiro. Mas até hoje nenhum processo foi aberto. 
Como um país que se apresenta como uma democracia perfeita vive uma situação dessas com seus bancos?
Já em 1990 eu citei uma frase de Jean-Jacques Rousseau no meu livro: os ricos andam com a lei sempre dentro de seus bolsos. Mas a realidade é que existe uma explicação mais complexa. A Suíça é uma democracia onde não existe a ideia da incompatibilidade de funções no Parlamento. Ou seja, um deputado não ganha um salário para ser deputado. Apenas uma ajuda de custo e precisa manter seu emprego. E quem são os deputados suíços? Pequenos comerciantes, agricultores, profissionais liberais e até donas de casa. De repente, essas pessoas passaram a ser convidadas a fazer parte do conselho de empresas. Isso fez com que o Parlamento fosse colonizado por multinacionais e bancos. No Parlamento, quem sempre tem maioria são os bancos. 
E como isso dificulta qualquer tipo de ação de regulação?
No caso dos bancos, isso significa que as reformas do sistema financeiro praticamente não existem como iniciativas internas da Suíça. Dou um exemplo. Na crise financeira, o governo resgatou o UBS com US$ 61 bilhões. Agora, a ideia era de que o banco fosse reformado. Mas nada disso ocorreu. No Parlamento, foi impossível aprovar qualquer coisa que não seja antes aprovada pelos bancos. 
De onde vem esse poder dos bancos na Suíça?
A raiz disso é ainda o papel que tivemos na Segunda Guerra e a cumplicidade com o regime de Hitler. Desde então, temos as maiores fortunas do mundo. Hoje, 27% da riqueza global está na Suíça. Mas como é que podemos estar entre os dez maiores PIBs do mundo em termos per capita e viver num país sem recursos naturais? Aqui, a matéria-prima se chama dinheiro estrangeiro, que vem de fraudadores internacionais, dinheiro do crime ou dinheiro do sangue, que é como eu chamo o dinheiro das ditaduras. 
Mas os bancos tiveram de mudar recentemente, com novos controles.
O único golpe, ironicamente, veio dos EUA, que os ameaçou. Os bancos foram alertados que ou pagavam multas e mudavam suas práticas ou simplesmente Wall Street se fecharia a eles, o que significaria sua falência.
Diante da pressão americana, o segredo bancário vai sobreviver?
Essa é talvez a maior mentira de todas, a de que o segredo bancário está acabando. A Suíça foi obrigada a assinar um acordo internacional pelo qual está de acordo em trocar informações sobre correntistas a partir de 2018. Mas partidos já iniciaram uma campanha para realizar um referendo contra o acordo e não há qualquer garantia de que essa troca de informação vá ocorrer. Pior que isso, mesmo que a troca de informações ocorra, não será nada fácil saber quem está por trás de uma offshore com contas em Genebra e sede no Panamá. 
Como se sentem as autoridades suíças hoje, diante da pressão mundial?
Os suíços estão sofrendo muito. Para os calvinistas, ser criticado em público é um grande trauma. A reputação é tudo e se cultivou por décadas que eles faziam tudo sempre bem. De repente, agora se sabe que não e, por isso, eles sofrem psicologicamente. 
Qual foi a reação local quando o seu livro saiu?
Bom, fui alvo de nove processos e de uma campanha da imprensa contra a minha pessoa. Pela primeira vez desde 1939, o Parlamento retirou a imunidade de um deputado. 
O sr. foi ameaçado?
Sim. Mas não saberia dizer por quem. Meu filho era pequeno e tínhamos de caminhar com escolta até a escola. Meu carro foi sabotado na estrada entre Lyon e Genebra. Sofri outros dois ataques. Perdi uma casa e, até hoje, a conta que recebe o dinheiro da renda do livro está bloqueada.



Eu sou assim


Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. 
Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo de tudo e de todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas...
dá realmente pra ser assim?
Tati Bernardi 

Bresser-Perreira e o odio coletivo dos ricos contra o PT

[...] Surgiu um fenômeno que eu nunca tinha visto no Brasil. De repente, vi um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, contra um partido e uma presidente. Não era preocupação ou medo. Era ódio.
Esse ódio decorreu do fato de se ter um governo, pela primeira vez, que é de centro-esquerda e que se conservou de esquerda. Fez compromissos, mas não se entregou. Continua defendendo os pobres contra os ricos. O ódio decorre do fato de que o governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres. Não deu à classe rica, aos rentistas.
Luiz Carlos Bresser-Perreira - economista, ex-ministro de Fhc, autor do livro "A Construção Política do Brasil"




Comentário de Ana Maria Schirmer:
Muitos destes cheios de odio , estão nas Igrejas pregando o amor cristão. Estão rezando com os terços entre os dedos nos domingos . Falam de amor ao proximo, mas o coracão cheio de odio . Quando podem ser solidários se negam a partilha e o amor entre as pessoas.
Vamos ser solidários, vamos ser mais humanos . Odio contra um partido solidário , não traz paz pra ninguem.
Um bom domingo a todos.



Briguilinks

SwissLeaks - no mínimo 99,99% são sonegadores

No Brasil é legal ter conta em qualquer país do mundo, basta declarar aos orgãos competentes. Portanto quem declarou possuir contas na Suiça ou qualquer outro país do mundo não tem de que prestar contas a ninguém.

Qual o problema desta lista do HSBC?

Pelo que sei, o problema é:  a maioria absoluta dos correntistas não declararam sequer as contas - imagine os valores -.

Portanto 99,99% dessa gente é no mínimo, sonegador. 

99,99% são grandes sonegadores, no popular: 

Ladrão!

Como dentre os ricos e poderosos deste nosso amado e roubado Brasil estão as famílias midiáticas e elas estão fazendo um silêncio ensurdecedor sobre o caso, sinceramente, acho que eles estão atolados até o pescoço nessa roubalheira. 

O mesmo penso do alto tucanato.

Acho muito suspeito nenhum senador do Psdb ter assinado o pedido de cpi.

Os paladinos da moral, ética e honestidade não querer investigar um caso de corrupção desta magnitude?

Sei que:

"Todo homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente, até que sua sua culpabilidade seja provada em julgamento público, ao qual lhe tenha sido garantido o amplo e irrestrito direito de defesa".

Concordo em gênero, número e grau com está premissa constitucional. 

Mas sou assim: 

Jogo limpo! 

Você joga sujo? 

Jogo sujo também!

Quer porrada? Porrada tem. Do cabelo pra baixo, pra mim é canela.

E como para a mídia, o mpf, o judiciário e a oposição todo petista é culpado - mesmo sem prova cabal, mesmo que prove o contrário -, nesse caso do Suiçalão, repito:

99,99% são desde ontem sonegadores. 

E eles que me processem e provem que não são.

Falei!

Dilma não é Obama

Incrível: a Dilma vai aprovar tudo o que quer (Ela não é Obama)
Por Wong
Para o Jornal GGN
Está na hora de "Pensar fora da Caixa" e, entender que o Brasil está inserido nos mesmos Problemas do Mundo.
Estou lendo o "Signals" da Pippa Malmgren.
Ela dá um belo Panorama sobre Crises, Reformas, Programas de Austeridade e,... Manifestações Populares, Mundo afora.
O conteúdo e análises parecem ter sido desenvolvidos sob medida para o Brasil:
Ou seja, o Brasil, ainda, pertence ao Mundo. E, a mesma Crise (e Remédios) atravessa todos os Países.
Isso não dá desculpas à nossa Dilminha, apenas alerta os Analistas de que o problema é mais abrangente do que discutir Temer/FHC/Serra/Cunha (que Pobreza...).


Mas parece que a Dilma está indo em Frente com seu Programa de Governo (O Nassif deve rir: Que Programa? Que Governo? - Calma...)
Analisemos, por partes, o Primeiro Parágrafo do Artigo do Nassif:
"...Na quinta-feira, seu Ministro da Fazenda Joaquim Levy bateu duramente na política de desoneração da folha, filha direta de Dilma...":
Qual seria a Alternativa para a Dilminha?
Fazer um Discurso de Rancor e "Cobrar" dos Empresários que receberam a Desoneração de terem embolsado este Incentivo na forma de Lucro?
Falar que "magoou" e que não brinca mais com Empresários Rentistas e Acomodados que não se aproveitaram da Desoneração para Investir, Contratar e Ganhar Mercados?
Além do mais, nunca vi nenhum Político (ou Comandante de Avião) dizer que "errou"...
A própria Pippa constata: "Negue, Negue, Negue,...".
Coube ao Levy, em seus minutos de Glória, usando as tais "palavras tóxicas" mencionadas por Josias no UOL ("Brincadeira" e "Grosseiro") decretar que se estava virando a página.
O Resultado é visível:
Até o Sardenberg da CBN disse que a "Desoneração custou R$ 20 Bi, e não funcionou".
Portanto, a Mídia, e por consequência o Congresso, vai aprovar as Medidas, assim como o Primeiro Pacote de "Maldades"...
"...Lula saiu a campo para acalmar o PMDB criticando sua exclusão do núcleo estratégico do Palácio, decisão de Dilma...."
Outra Estratégia Maquiavélica de Dilma.
Primeiro ela (fingiu) escolher os "seus meninos" para o seu time...
Só os "meninos" da turminha (PT).
Agora, atendendo à "choradeira" do PMDB, inclui o Temer...
Se não fosse assim, o PMDB faria o maior "cu doce" para participar (e se comprometer) com as Decisões de Governo...
"...Dois Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) romperam o silêncio para criticar a demora de Dilma em preencher a vaga do tribunal...."
Nesta Dilma foi Brilhante foi brilhante...
Se tivesse substituído o JB de afogadilho, estariam acusando-a de "pressa em aparelhar o STF com Juízes Petistas, às vésperas do Lava-Jato".
Agora, atendendo ao "clamor" dos "Decanos" do STF, ela define o tal ministro.
A Mídia fica esvaziada em suas Manchetes (que já estavam prontas) de Aparelhamento...
"...O que se tem é uma presidente aturdida, na véspera de um conjunto de episódios políticos relevantes - a lista dos políticos da Lava Jato e as manifestações pelo seu impeachment....".
A tal Presidenta Aturdida, está "aturdida" desde quando revisou, pessoalmente, a "Notinha" da Graça Foster sobre Pasadena.
Neste instante, condenado pelo Nassif e Petistas, ela tirou o "Macaquinho" das costas.
Meses se passaram, e, nada pareceu contra ela.
Ela, em mais um Golpe de "Ingenuidade", "tentou" até consultar o MPF/Janot sobre a Lista dos incluídos no Lava-Jato, antes de nomear seus Novos Ministros...
Agora, às vésperas da Denúncia do Janot, o risco é o Aécio e Tucanos aparecerem na tal Lista...
Vamos Medir os Resultados deste "aturdimento" da Dilma?
- Basta acompanhar as Manchetes sobre o Envolvimento da Dilma em Corrupção.
- Basta verificar que, agora, até o PSDB diz que não faz sentido um Impeachment, e isso, mesmo, depois dos "Sólidos" Argumentos Jurídicos a favor do Impeachment encomendado pelo FHC ao Dr. Gandra...
- Basta verificar que todos os Atores do Impeachment estão em "On Hold", aguardando que as Manifestações do dia 13/03 sejam um Fiasco e as de 15/03 sejam um Sucesso.
Enquanto isso a Dilminha vai "emplacando" os Ajustes "que foram propostos pelo Aécio".
Os Combustíveis aumentaram;
A Energia ainda está aumentando;
As Contas Públicas em Janeiro já foram melhores, mesmo sem efeitos dos Ajustes.
Já se sente o esvaziamento do Lockout dos Caminhoneiros;
O Apagão fica distante de 2015;
E, até o sentimento espalhado pela Mídia de que "A Coisa vai ser preta em 2015" dá a sua força para domar a Inflação, mesmo com tantos aumentos...
Dilma deixa escapar que também tem a tal Agenda Positiva no Bolso.
Não são coincidências as menções à Retomada das Concessões e o "Bem Mais Simples".
A Retomada se dará pelos Investimentos em Infraestrutura e Pequenas e Médias Empresas.
Tudo isso conforme a Dra. Pippa escreve em seu Livro.
E, é a Dilma que está "aturdida"?



Mensagem dominical da Vovó Briguilina

Culpando os outros

Todos nós já escutamos nossa mãe dizendo: "meu filho fez isto por causa das más companhias, que botaram ele no mau caminho, mas - no fundo - ele é uma pessoa muito boa".
Uma coisa é viver culpando-se por atos impensados que nos fizeram errar; a culpa não nos leva a lugar nenhum, e pode nos tirar o estímulo de melhorar. Outra coisa, porém, é viver culpando os outros por tudo que fazemos; ou por tudo que as pessoas que amamos faz de errado; agindo assim, nunca seremos capazes de corrigir nosso caminho.
Existe o bom senso, e devemos julgar o resultado de nossas atitudes - e não as intenções que tivemos ao realizá-las. No fundo, todo mundo é bom, mas isto não interessa.
Disse Jesus Cristo: "é pelos frutos que se conhece a árvore".
Diz São Briguilino: "Se, tivermos de julgar alguém, que julguemos pelos seus atos, não pelas suas intenções, muito menos por suas companhias".