Operação lava jato e as tarjas branca e preta

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Usaram tarjas preta para esconder nomes de políticos - principalmente do senador José Serra (Psdb/SP).
Usaram tarjas branca para esconder que a Folha de São Paulo "Só vale se for para mandar recados".
Aí de repente, não mais que de repente, eis que o jornaleco mancheteia:

Lula busca Fhc para discutir crise e conter impeachment

Lula nega e Fhc se põe a disposição para conversar.

O texto é mais que ambíguo, insinua tudo. Porém uma coisa não deixa dúvida:

Assim como a Folha e demais jornais, revistas, rádios e tvs do Brasil serviram a Ditadura Militar, hoje servem aos que tem muito para lhes pagar.


Racismo contribuiu para morte de Jean Charles

Leroy Logan (ex-superintendente da Polícia Metropolitana de Londres), acredita que sim. Para ele "O erro de identificação que foi cometido jamais teria ocorrido se mais policiais de minorias étnicas fizessem parte da corporação."

Sem longas nem delongas:

E brasileiro agora é uma raça?

Quidiabéisso, por que ninguém informa a gente essas coisas?

Quero ver onde vai parar essa palhaçada de explorar o "Racismo e a Sexualidade" para chamar atenção.

TCE: Geraldo Alckmin, caloteiro?

Fosse o governo federal que tivesse feito isso, com certeza as manchetes dos principais jornais, revistas, rádios e telejornais do país estariam afirmando, com todas as letras: 

Dilma dá calote em contribuintes

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Ao anunciar redução no volume de recursos destinado à restituição aos consumidores via Nota Fiscal Paulista e adiar em seis meses a liberação dos recursos, governo de Geraldo Alckmin (PSDB) aplicou um calote ao consumidor, afirma o conselheiro Roque Citadini, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo; ele criticou o secretário da Fazenda, Renato Villela: "A continha do secretário é continha de gente que tem a cabecinha ali, não consegue pensar, destruiu um programa importante que o Estado tinha"; disse que acabou com a credibilidade 

Briguilinks

Orgulho de ser Nordestino


Tem sulista "batendo" em NORDESTINO
Diz que somos bem pobres, sem valor
Mas eu vou relatar todo o teor
Dessa injúria, ingrata em desatino.
Desde quando nasci, era menino
Que escuto a cantiga em minha mente
Nordestino é uma raça impertinente
E eu vou relatar bem detalhado
"NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE!"

Construir o Brasil País afora
Com o suor na labuta do seu rosto
Pra depois escutar em tal desgosto
Uma frase cruel que não demora:
Nordestino podia ficar fora
Do Brasil pois é raça inconsequente!
Vou plantar pra vocês essa semente
Pra dizer quem merece ser lembrado
"NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE!"

Vamos lá que você me discrimine
Por nascer em lugar rico e de ouro
Mas aqui trabalhamos feito um touro
E não há divisão que determine
Nem inseto do sul que contamine
Pois a nossa vacina é mais potente
E o sonho daqui é mais presente
E por isso eu comparo comparado
"NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE!"

Na cultura não tem comparação
Pois aí faz vergonha eu comparar
Mas eu vou bem por baixo relatar
O que tem de valor o meu sertão
Se não sabes, pergunte a Gonzagão
Nosso Rei tão real popularmente
E não vou ser aqui inconsequente
Mas só vou imprimir o meu recado
"NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE"

Eu não posso deixar de mencionar
De quem fez a cultura desde povo
toda vez que eu falo eu me comovo
E o Brasil ainda vive a lamentar
E de agora Ariano eu vou falar
Um poeta, escritor mais competente
Foi contando a história fielmente 
De um Brasil bem por nós todo aclamado
"NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE"

Na história o seu nome está escrito
Rui Barbosa, Alencar de Iracema
Jorge Amado encantou com o seu tema
Vila Nova o repente mais bonito
Lampião para o mundo deu um grito
Cangaceiro da história mais valente
Ele foi um guerreiro sem patente
Que deixou um registro de reinado
"NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE"

Resumindo parei pra comentar
E citei João Cabral e José Lins
Paulo Freire, Sivuca e seus afins
Patativa e XUDU eu vou cantar
Lourival, Otacílio eu vou citar
Tem um Pinto e João foi de repente
Foi cantar o Sertão eternamente
Nos deixando demais desconsolado
NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE

Sou da terra que tem muito coqueiro
E de gente bem simples, brasileira
Descendente de gente por inteira
E aqui tem figura de vaqueiro
Nosso povo demais hospitaleiro
Traz no sangue o sabor de ser decente
Não precisa humilhar ninguém na frente
Porque tem preconceito é do pecado
NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE"

Nossas parais conduzem muitas cenas
Têm beleza demais pra se olhar
Conhecendo o Nordeste vais amar
O sorriso que tem nossas morenas
Vais viver uma vida em outros temas
Vais mudar pra viver radicalmente
Numa paz de ternura simplesmente
Vais pedir para não ser acordado
NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE.

Terminando o meu verso eu lhe convido
Para vir conhecer o meu Nordeste
Se vier preparado faça o teste
Teu problema conosco é repartido
O teu sul vai ficar bem esquecido
E tu vais receber nosso presente
Um conselho na hora mais carente
Um abraço de um irmão bem apertado
"NORDESTINO ASSUMIDO E DECLARADO
FAÇO É RIR DE QUEM DIZ QUE NÃO SOU GENTE"

Iranildo Marques - Serra Talhada-Pernambuco

Penas ao vento

Contam que, num tempo e lugar próximo daqui,  um jovem levantou falso testemunho. Ele inventou uma história repleta de meias verdades sobre uma pessoa. A mentira virou uma fofoca e se espalhou rapidamente prejudicando a vítima. Não existe mentira mais perversa do que meia verdade. Todos veem a metade verdadeira e deduzem o resto. O problema é que a outra metade era pura mentira. Ocorre que ao ver os danos causados, o jovem se arrependeu de seu pecado e procurou um padre para fazer confissão.

. Você vai pegar um travesseiro de penas, subir em um alto monte e soltar as penas ao vento."
– "Só isso?" admirou-se o penitente.
– "Sim. Depois volte aqui".
No dia seguinte o jovem voltou satisfeito.
Então o sacerdote disse:
– "Agora você está preparado para cumprir a segunda parte da penitência: volte à planície e recolha todas as penas novamente no travesseiro, depois volte para receber a absolvição". O jovem olhou sem entender:
-"Mas isso é impossível".
-"Justamente. Da mesma forma é impossível reparar a fofoca. "

Da arte de manipular informações, por Luís Nassif


Um dos fenômenos menos estudados no século 20 foi o do enorme poder conferido aos grupos de mídia e como dele se prevaleceram negociantes pouco escrupulosos, usando os conceitos de liberdade de imprensa como biombo para suas jogadas.

A melhor descrição desse método "empresarial" na mídia apareceu no Estadão, em uma crítica de Luiz Zanin Oricchio ao livro "Número Zero"  de Umberto Eco (http://goo.gl/gV5ZqV).

O livro é uma ficção sobre um jornal montado em 1992 na Itália - no ano em que foi deflagrada a operação mãos limpas, que liquidou com o mundo político italiano, em nome da moralização de costumes, e abriu espaço para que o  parceiro Silvio Berlusconi, magnata da mídia, aparecesse "como salvador de uma Itália falida".

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Eco monta um "um sarcástico anticompêndio jornalístico, descrevendo práticas que bem podem servir de carapuça para parte da imprensa contemporânea", diz Oricchio.

Algumas das lições:

* Como produzir acusações vagas, e sem provas, de modo que certas pessoas se sintam intimidadas, mas não consigam processar o jornal por difamação. (Ou, como) distorcer a realidade apenas relatando verdades.

* Como inserir declarações de testemunhas em meio ao texto, colocando o ponto de vista do jornal na boca do entrevistados.

* O uso de teorias da conspiração e da ameaça comunista contra o "mundo livre e cristão".

***

Ontem, no mesmo Estadão, o experiente correspondente do jornal em Genebra escreve matéria "EUA monitoram obras da Odebrecht no exterior e apontam sinais de corrupção" (http://goo.gl/x0OjEr). A reportagem se baseia em telegramas do serviço diplomático americano reproduzidos no site Wikileaks.

Uma jovem repórter do jornal GGN fez uma leitura cuidadosa dos documentos (http://goo.gl/bbKAxI) e constatou:

O documento intitulado "Uma visita produtiva de Lula", é um relatório da visita do ex-presidente ao país, nos dias 17 e 18 de outubro de 2007. O encontro resultou em sete acordos de assistência técnica, a duplicação para US$ 2,3 bilhões da linha de crédito do Brasil para a Angola e o anúncio de um acordo de negociação para construir uma usina de etanol com a produção de cana.  O relatório diz:  "Apesar de não ser um acordo de governo-governo, a visita de [Lula] Silva ajudou a concluir um acordo entre a brasileira gigante da construção Odebrecht, a estatal petrolífera angolana Sonangal, e Damer, uma empresa angolana até então desconhecida".

Continua o relatório: "A Angola vê o Brasil como um parceiro natural, e muitos dos principais homens de negócios de Angola, incluindo membros do clã do Santos [presidente angolano], supostamente têm interesses comerciais substanciais no Brasil. As grandes construtoras brasileiras também estão se beneficiado do crescimento da construção na Angola. (...) Os brasileiros também enxergam investimento na infra-estrutura angolana, especialmente para vinculá-la para o resto da SADC, como um sábio investimento e uma entrada potencial para eles e para o resto do mercado da África do Sul".

O segundo documento em que Lula é citado é o apoio do ex-presidente à candidatura à reeleição de Hugo Chavez.  "Poderia parecer um passo diplomático errado, mas realmente foi simplesmente um bom negócio", diz a embaixada.