Um blog comum, igual a todos, diferente de cada um
Operação lava jato e as tarjas branca e preta
Usaram tarjas branca para esconder que a Folha de São Paulo "Só vale se for para mandar recados".
Aí de repente, não mais que de repente, eis que o jornaleco mancheteia:
Lula busca Fhc para discutir crise e conter impeachment
Lula nega e Fhc se põe a disposição para conversar.
O texto é mais que ambíguo, insinua tudo. Porém uma coisa não deixa dúvida:
Assim como a Folha e demais jornais, revistas, rádios e tvs do Brasil serviram a Ditadura Militar, hoje servem aos que tem muito para lhes pagar.
Racismo contribuiu para morte de Jean Charles
TCE: Geraldo Alckmin, caloteiro?
Fosse o governo federal que tivesse feito isso, com certeza as manchetes dos principais jornais, revistas, rádios e telejornais do país estariam afirmando, com todas as letras:
Dilma dá calote em contribuintes
Ao anunciar redução no volume de recursos destinado à restituição aos consumidores via Nota Fiscal Paulista e adiar em seis meses a liberação dos recursos, governo de Geraldo Alckmin (PSDB) aplicou um calote ao consumidor, afirma o conselheiro Roque Citadini, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo; ele criticou o secretário da Fazenda, Renato Villela: "A continha do secretário é continha de gente que tem a cabecinha ali, não consegue pensar, destruiu um programa importante que o Estado tinha"; disse que acabou com a credibilidade
Orgulho de ser Nordestino
Penas ao vento
Contam que, num tempo e lugar próximo daqui, um jovem levantou falso testemunho. Ele inventou uma história repleta de meias verdades sobre uma pessoa. A mentira virou uma fofoca e se espalhou rapidamente prejudicando a vítima. Não existe mentira mais perversa do que meia verdade. Todos veem a metade verdadeira e deduzem o resto. O problema é que a outra metade era pura mentira. Ocorre que ao ver os danos causados, o jovem se arrependeu de seu pecado e procurou um padre para fazer confissão.
. Você vai pegar um travesseiro de penas, subir em um alto monte e soltar as penas ao vento."
– "Só isso?" admirou-se o penitente.
– "Sim. Depois volte aqui".
No dia seguinte o jovem voltou satisfeito.
Então o sacerdote disse:
– "Agora você está preparado para cumprir a segunda parte da penitência: volte à planície e recolha todas as penas novamente no travesseiro, depois volte para receber a absolvição". O jovem olhou sem entender:
-"Mas isso é impossível".
-"Justamente. Da mesma forma é impossível reparar a fofoca. "
Da arte de manipular informações, por Luís Nassif

Um dos fenômenos menos estudados no século 20 foi o do enorme poder conferido aos grupos de mídia e como dele se prevaleceram negociantes pouco escrupulosos, usando os conceitos de liberdade de imprensa como biombo para suas jogadas.
A melhor descrição desse método "empresarial" na mídia apareceu no Estadão, em uma crítica de Luiz Zanin Oricchio ao livro "Número Zero" de Umberto Eco (http://goo.gl/gV5ZqV).
O livro é uma ficção sobre um jornal montado em 1992 na Itália - no ano em que foi deflagrada a operação mãos limpas, que liquidou com o mundo político italiano, em nome da moralização de costumes, e abriu espaço para que o parceiro Silvio Berlusconi, magnata da mídia, aparecesse "como salvador de uma Itália falida".
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Eco monta um "um sarcástico anticompêndio jornalístico, descrevendo práticas que bem podem servir de carapuça para parte da imprensa contemporânea", diz Oricchio.
Algumas das lições:
* Como produzir acusações vagas, e sem provas, de modo que certas pessoas se sintam intimidadas, mas não consigam processar o jornal por difamação. (Ou, como) distorcer a realidade apenas relatando verdades.
* Como inserir declarações de testemunhas em meio ao texto, colocando o ponto de vista do jornal na boca do entrevistados.
* O uso de teorias da conspiração e da ameaça comunista contra o "mundo livre e cristão".
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Ontem, no mesmo Estadão, o experiente correspondente do jornal em Genebra escreve matéria "EUA monitoram obras da Odebrecht no exterior e apontam sinais de corrupção" (http://goo.gl/x0OjEr). A reportagem se baseia em telegramas do serviço diplomático americano reproduzidos no site Wikileaks.
Uma jovem repórter do jornal GGN fez uma leitura cuidadosa dos documentos (http://goo.gl/bbKAxI) e constatou:
O documento intitulado "Uma visita produtiva de Lula", é um relatório da visita do ex-presidente ao país, nos dias 17 e 18 de outubro de 2007. O encontro resultou em sete acordos de assistência técnica, a duplicação para US$ 2,3 bilhões da linha de crédito do Brasil para a Angola e o anúncio de um acordo de negociação para construir uma usina de etanol com a produção de cana. O relatório diz: "Apesar de não ser um acordo de governo-governo, a visita de [Lula] Silva ajudou a concluir um acordo entre a brasileira gigante da construção Odebrecht, a estatal petrolífera angolana Sonangal, e Damer, uma empresa angolana até então desconhecida".
Continua o relatório: "A Angola vê o Brasil como um parceiro natural, e muitos dos principais homens de negócios de Angola, incluindo membros do clã do Santos [presidente angolano], supostamente têm interesses comerciais substanciais no Brasil. As grandes construtoras brasileiras também estão se beneficiado do crescimento da construção na Angola. (...) Os brasileiros também enxergam investimento na infra-estrutura angolana, especialmente para vinculá-la para o resto da SADC, como um sábio investimento e uma entrada potencial para eles e para o resto do mercado da África do Sul".
O segundo documento em que Lula é citado é o apoio do ex-presidente à candidatura à reeleição de Hugo Chavez. "Poderia parecer um passo diplomático errado, mas realmente foi simplesmente um bom negócio", diz a embaixada.