Fernando Brito e o "Banzo" da Folha e da elite paulista por Fernando, o pequeno


saudades
Banzo é uma palavra africana que, aqui entre nós, passou a descrever a tristeza nostálgica dos nossos irmãos negros escravizados, afastados de suas origens para nunca mais.

Melancolia, às vezes, mortal, que tirava do indivíduo a vontade de viver e o levava a atos desesperados.

O banzo da Folha por Fernando Henrique Cardoso e pela Era Tucana é igual ao dos escravos, só que ao avesso.

É a saudade da elite paulista dos “bons tempos” em que era o centro do Universo, a condutora da “locomotiva” que puxava os vagões emperrados e preguiçosos que seriam o resto do país.

É por isso que ela hoje pediu para levar um “tranco” do Instituto Lula, quando foi buscar num simples site da entidade o “pecado” de ter “encolhido” a figura de Fernando Henrique Cardoso.

Ora, até o “mundo mineral”- expressão genial de Mino Carta – sabe que ninguém encolheu mais Fernando Henrique Cardoso que um cidadão chamado Fernando Henrique Cardoso.

Aquele, lembram, do “esqueçam o que escrevi” que, aliás, era admirado pelo que escrevera e que se tornou tão rejeitado por esquecer daquilo.

Fernando Henrique, que pela sua erudição e experiência de mundo poderia ter sido um luxo como presidente, como disse certa vez Darcy Ribeiro, terminou seu mandato como um lixo político, justamente porque as usou não como um sábio, mas como um “sabido”.

pib
Mesmo tendo chegado ao poder com uma “cambalhota monetária” que, em tese, acabou com a hiperinflação mas elevou às alturas o endividamento do país, hoje causa maior de nossas dificuldades, porque consome em juros e encargos tudo aquilo que poderíamos aplicar em  investimentos e melhoria dos serviços públicos, o Fernando Henrique “sabido” preferiu gabar-se de um equilíbrio fiscal que só existia na fantasia, à custa de endividamento.



O gráfico ao lado, com os valores da dívida líquida do Brasil (que desconta, entre outros, o valor dos títulos emitidos para constituir reservas cambiais, hoje em US$ 380 bilhões) fala por si. Acrescento, como informação, que com todos os problemas de hoje, o percentual está na casa dos 38% do PIB, atualmente.

Endividado, sem reservas internacionais (fomos pedi-las ao FMI várias vezes em seus mandatos) e tendo vendido as calças e seus fundilhos, com a entrega da telefonia, da energia, do minério de ferro e do petróleo, não foi FHC que ficou nanico.

Foi o Brasil, que renunciou à sua vocação de ter um destino próprio e concordou em reduzir-se a uma colônia “moderna”, politicamente correta e socialmente selvagem.

Daí a tristeza da elite de nossa maior metrópole e centro industrial e financeiro.

É que sua pequenez não cabe num Brasil grande.

É que seu cosmopolitismo não é o de Nova York, é o de Miami, como se vê na pequena, mas pitoresca, questão das ciclovias.

(Alguém imagina uma revolta contra ciclovias em Nova York, ou um candidato a prefeito que lá defenda a “cura gay”)

A Folha, a mais perfeita tradução da elite paulista, por isso, morre de saudades de Fernando Henrique, cuja vaidade fez muito brilho e pouca luz.

Uma pena, porque uma elite assim, ao contrário do que pensa, não lidera, oprime.

A elite paulista  não virou, como nos versos de Caetano, o “mais possível novo quilombo de Zumbi”, mas não perde a chance de querer ser o capitão-do-mato do Brasil.

Por isso fica pequena como ficou FHC.

Campanha de Aécio cometeu "erros meramente contábeis" de mais de 6 milhões

Enquanto os tucanos tentam a todo custo abrir um processo sem provas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base no inconformismo da derrota nas urnas em 2014, o tribunal aponta irregularidades na prestação de contas do PSDB e a imprensa pouco fala sobre o assunto.


AFP
 


A relatora da prestação de contas da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas eleições de 2014, no TSE, ministra Maria Thereza de Assis Moura, solicitou esclarecimento sobre 15 irregularidades detectadas nos documentos entregues ao tribunal. O pedido foi feito há duas semanas, mas só agora a imprensa teve acesso a detalhes do despacho do tribunal.

Entre os apontamentos, chama a atenção o repasse feito por Aécio de uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht ao PSDB. A transferência não foi registrado na prestação de contas.

"O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas", afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral. Pergunta: por que Aécio não registrou, isto é, omitiu a “doação" da Odebrecht?

Enquanto as doações de empreiteiras feitas ao PT são criminalizadas pela imprensa e alvo de investigações no Judiciário, as doações feitas a outros partidos não ganham o mesmo tratamento. A empreiteira é uma das investigadas na Operação Lava Jato e seu presidente, Marcelo Odebrecht, está preso desde 17 julho.

Além da doação não registrada, o TSE encontrou também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e o montante efetivamente doado pela construtora Construbase. O candidato tucano recebeu R$ 1,75 milhão, mas declarou R$ 500 mil. Uma diferença de nada menos que R$ 575 mil.

Tucanos dizem que são "erros contábeis" 

Das irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três foram consideradas infrações graves, como doações recebidas antes das prestações de contas parciais e que só foram registradas nas prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões.

A relatora Thereza de Assis também questiona o fato de que a campanha tucana declarou R$ 3,9 milhões em doações estimáveis apenas na prestação de contas retificadora. Um valor muito alto para ser apontado apenas na retificadora.

Por meio de nota, o PSDB disse que as irregularidades apontadas nas doações feitas pela Odebrecht e Construbase são apenas "erros meramente contábeis". 


Do Portal Vermelho, com informações do Estadão

Charge do dia

Pior que tem é muita gente que age exatamente assim



Frase da noite

A paz exige quatro condições essenciais:
Verdade
Justiça
Amor e Liberdade

João Paulo II

Mensagem da noite

Agência Brasil: Dilma quer reequilibrar o orçamento


Da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender hoje (4) a criação de receitas para o governo como forma de reequilibrar o Orçamento e resolver o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto na proposta orçamentária para 2016, enviada esta semana ao Congresso.

Na quarta-feira (2), ao comentar a eventual volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) – que foi cogitada pelo governo – Dilma disse que não gostava do tributo, mas não descartou a criação de fontes de receita. Hoje, em entrevista a rádios da Paraíba, Dilma disse que a medida pode ser necessária, ao lado de outras, como cortes de gastos e melhoria da gestão do governo.

"Se a gente quer um Orçamento equilibrado, se a gente quer preservar as políticas, vamos ter de tomar algumas medidas: umas são de gestão, por parte do próprio governo. A segunda coisa que vamos fazer: temos que discutir novas fontes de receitas, se a gente quiser manter a lei, obviamente que a gente quer, e também garantir que o país não tenha um retrocesso", disse.

A presidenta também defendeu a iniciativa do governo de enviar a proposta orçamentária com previsão de déficit como uma iniciativa de transparência. Mas voltou a argumentar que o governo não transferiu responsabilidades para o Congresso resolver o problema das contas públicas. Segundo Dilma, o governo não quer ficar com o déficit e quer discutir como conseguir as receitas necessárias para reequilibrar o Orçamento.

"A responsabilidade é do governo federal, nós vamos fazer isso e vamos apontar aonde a gente acha que deve ser concentrada essa receita. A gente ainda tem mais dois meses para fazer isso, entre um e dois meses, no máximo, podendo chegar até o fim do ano, porque esse Orçamento é para o ano que vem", ressaltou.

Dilma disse que o governo "cortou tudo o que poderia ser cortado ou o que poderia esperar", mas destacou a opção de não reduzir gastos de programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. A presidenta lembrou que a maior parte do Orçamento não é gasta com essas medidas, mas com despesas obrigatórias. "Por isso, a gente vive falando que tem de ter cuidado quando você fica aprovando medidas que elevem a despesa obrigatória do governo."

Perguntada sobre a relação com o Congresso Nacional em meio à crise política e econômica que o país atravessa, Dilma disse que a convivência entre os Poderes está baseada na Constituição Federal, que prevê independência entre eles, mas de forma harmônica.

"Podemos divergir, mas temos que dialogar sempre e procurar consensos, isso por um motivo muito simples: pelo bem do Brasil. Independente da diferença partidária, da visão que você tenha dessa ou daquela pessoa, o que está acima de tudo é o Brasil", acrescentou.

De acordo com a presidenta, para além das divergências, é preciso que o Congresso também tenha preocupação com a estabilidade macroeconômica, política e social do país ao aprovar ou modificar leis.

"Em uma democracia, é absolutamente natural que haja debate, que haja divergência, só há concordância absoluta na calma dos cemitérios. Fora da calma dos cemitérios, as pessoas têm direito de divergir, de dizer o que pensam. Agora, todo mundo tem de estar orientado por um princípio, que é o princípio da estabilidade do país".

Paraíba

Dilma deu entrevista às rádios paraibanas Correio 98 FM, de João Pessoa, e Campina FM, de Campina Grande, antes de seguir para o estado, onde terá agendas hoje. Ao meio-dia, a presidenta participa da entrega de 1.948 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida em Campina Grande.

À tarde, Dilma se reúne com empresários paraibanos e, em seguida, participa de mais uma rodada do Dialoga Brasil, uma iniciativa do governo em que a presidenta ouve sugestões de cidadãos para melhoria das políticas do governo.

Mino Carta: só mesmo por aqui

É fato inédito que a mídia em bloco atire contra um líder para impedir, ou enfraquecer, sua eventual candidatura 3 anos depois

Em qual país do mundo civilizado e democrático, a mídia, praticamente em bloco, se uniria para envolver um importante líder político em um escândalo das proporções da Lava Jato? Sem serem convocados, os meus botões assumem a cadência do coro grego e declamam: não há país democrático e civilizado em que um fenômeno deste porte pudesse verificar-se.