Esquema da Odebrecht e de todas empreiteiras vem desde a fundação





- Pior, muitas delas foram fundadas exatamente para servir ao esquema -

Porém, o sistema que destina um percentual de cada obra para agentes e partidos políticos teve sua implementação durante o governo Sarney (Pmdb-MA). 

A empreiteira possui um "Livro de códigos" que detalha a relação de "parceiros", com codinomes de políticos, agentes públicos (delegados, promotores, juízes, jornalistas) e empresários relacionados às obras da Odebrecht das quais foram renumerados, legal e ilegalmente.

Nesses documentos estão os nomes de todos os golpistas que pretendem derrubar a presidente Dilma Rousseff.

Eis uma pequena mostra:

  • do PMDB - Eduardo Cunha, Michel Temer, Romero Jucá, Jarbas Vasconcelos.
  • do Psdb - Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin, Antonio Imbassay, Arthur Vigílio.
  • do DEMO - Agripino Maia, Mendonça Filho, Rodrigo Maia
  • do SDD - Paulinho da Força
  • do PPS - Roberto Freire

São 24 partidos que receberam dinheiro da empreiteira.

A ex-funcionária Conceição Andrade afirmou: "O esquema naquela época era mais ou menos como esse divulgado essa semana, só não tão organizado assim. Esse esquema de propina, de fraudar licitações, sempre existiu na empresa. Aliás em todas as grandes, o esquema sempre foi esse (...)Eram porcentagens de valores das obras. Era feito o fechamento, e determinava um percentual. A partir daí ocorria o superfaturamento e o pagamento. Tudo isso era feito através de transações bancárias e dinheiro. É bem semelhante ao que foi divulgado na Lava Jato, mas hoje tem um departamento específico para isso. Naquela época era feito em nível de gerência, mas acredito que tenha funcionado em diretoria e presidência também".

15 razões para ser contra o impeachment [Golpe]

1. Não há crime de responsabilidade por parte da presidenta. Sem crime, é um procedimento ilegal e ilegítimo. Se fosse legal, não haveria tantos juristas, intelectuais, acadêmicos e gente de muitos outros setores e lugares se colocando contra.

2. Parece que todos em volta da presidenta estão denunciados em alguma coisa, menos a própria. O Congresso, que é quem votaria o impeachment, é formado por muitos corruptos, a começar pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

O Augusto Nardes, que é quem deu um parecer negativo sobre o governo no TCU (Tribunal de Contas da União), é denunciado por ter recebido mesadas em esquemas de corrupção. E só para ficar em alguns poucos exemplos.

Seria uma desmoralização completa do país se uma presidenta que não é denunciada em nada, que nunca teve uma única acusação de corrupção contra ela, ser derrubada por tantos corruptos.

3. Se o processo é ilegal e ilegítimo, haverá reação. E não terá como calar todos que vão se colocar contra, porque não vivemos numa ditadura militar e não terá como colocar medo em todo mundo. O país entrará em um período de turbulência política e certamente haverá uma escalada de violência.

4. Não é como se nunca mais fossem haver eleições. Elas vão acontecer daqui dois anos. Por que não esperar por elas e preservar algo mais importante, que são as instituições?

5. As instituições brasileiras precisam se solidificar. Elas não podem ficar reféns nas mãos de interesses de ocasião e grupos oportunistas. Se, por exemplo, um presidente que foi eleito democraticamente puder ser deposto por qualquer motivo, simplesmente estamos jogando nossa democracia no lixo.

Nenhum presidente no futuro estará garantido. Precisamos fortalecer a instituição democracia, não a enfraquecer. Que cada um espere sua vez, em eleições de quatro em quatro anos.

6. Crise econômica não é motivo para retirar presidente. Mais uma vez, o que vale são as instituições. Se em qualquer crise, que pode acontecer por motivos os mais diversos, o presidente for deposto por qualquer grupo, estamos jogando também fora a democracia. O voto dos que o elegeram não é respeitado.

Deixar nossas decisões sobre o país, como a escolha de presidentes, nas mãos de conchavos e jogadinhas políticas de bastidores, é pregar o vale-tudo. Ganha aquele que for mais esperto. Lutamos muito para termos uma evolução, que é o direito do povo votar. Tirar isso e "terceirizar" (para um bando de corruptos, diga-se de passagem), em lances os quais não temos controle e participação, é um retrocesso imenso.

Abre-se um precedente perigosíssimo para que isso seja repetido em outros momentos futuros. Precisamos lutar pela democracia, para que ela resista a esse tipo de oportunismo, independentemente de concordarmos ou não com o governo atual.

7. Não se sabe o que vem no lugar da presidente. A beleza do processo democrático é que temos eleições, temos informações sobre os candidatos, num período que dura alguns meses e em que todos discutem sobre as opções dadas e podem fundamentar suas decisões. Isso não está acontecendo no momento. Outra pessoa irá governar e ninguém sabe absolutamente nada sobre o seu plano de governo.

É como se nós estivéssemos em uma "eleição disfarçada" no momento. Só que, no caso, nós não votamos e só observamos. E o outro candidato ninguém sabe o que é e ninguém o elegeu. Há duas opções somente, que é Dilma continuar ou Temer assumir. Só que Dilma nós sabemos um pouco o que é, Temer ninguém sabe. E eles fazem questão de fazer com que ninguém saiba.




Frase do dia

"É guerra e quem tiver artilharia mais forte ganha", brada Lula.

Frase foi dita em conversa com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Mais uma “delação premiada” que sai pela culatra

por Fernando Brito
Pega pela leitura atenta da Folha feita por meu amigo Antonio Mello, sobre a compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso: o “vale-voto” e em dólar . De fato, #issomudaojogo.




O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PE), ex-presidente do PP, está em cana, flagrado na Lava Jato, e, como virou moda, já se candidatou a sua delação premiada, que dá ao criminoso o direito de ter a pena bem reduzida e ainda ficar com uns gordos caraminguás que tenha recebido de propina.

Corrêa já fez sua delação ao PGR e aguarda a homologação pelo STF. No entanto, como também é praxe na Lava Jato, trechos da delação vazaram, dessa vez para a Folha.

Segundo o delator, Augusto Nardes, o probo ministro do TCU que condenou as chamadas pedaladas fiscais de Dilma, origem do pedido de impeachment da presidenta, recebia mesada do também ex-presidente do PP José Janene, já falecido.

Corrêa também diz que Andréa Neves, irmã do candidato derrotado Aécio Neves, era operadora financeira dos tucanos. Ou seja, uma espécie de central de distribuição de verbas de corrupção do PSDB.

Mas, principalmente, o ex-presidente do PP dá uma informação até então desconhecida de como se deu a compra da emenda da reeleição do Hipócrita Mor Fernando Henrique Cardoso.

O deputado vendido e em seguida o senador idem, após o voto favorável à emenda, recebia um bilhetinho do dono do Itaú Olavo Setúbal que dava ao corrupto o direito de se dirigir ao doleiro mais próximo para receber a bufunfa combinada pela venda do voto que o eleitor lhe deu.

Como disse a presidenta, os moralistas sem moral vão caindo um a um.

PS. De quebra, a delação de Correa mostra que a nomeação de Paulo Roberto Costa foi fruto de uma chantagem política sobre Lula, que nomeou o indicado pelo PP, não pelo PT, tentando conseguir apoio na Câmara para aquilo que o povo o elegeu para fazer: governar.
no Tijolaço

Um golpe e nada mais

por Wladimir Safatle
A crer no andar atual da carruagem, teremos um golpe de Estado travestido de impeachment já no próximo mês. O vice-presidente conspirador já discute abertamente a nova composição de seu gabinete de "união nacional" com velhos candidatos a presidente sempre derrotados. Um ar de alfazema de República Velha paira no ar.

O presidente da Câmara, homem ilibado que o procurador-geral da República definiu singelamente como "delinquente", apressa-se em criar uma comissão de impeachment com mais da metade de deputados indiciados a fim de afastar uma presidenta acusada de "pedaladas fiscais" em um país no qual o orçamento é uma mera carta de intenções assumida por todos.

Se valesse realmente este princípio, não sobrava de pé um representante dos poderes executivos. O que se espera, na verdade, é que o impeachment permita jogar na sombra o fato de termos descoberto que a democracia brasileira é uma peça de ficção patrocinada por dinheiro de empreiteiras. Pode-se dizer que um impeachment não é um golpe, mas uma saída constitucional. No entanto, os argumentos elencados no pedido são risíveis, seus executores são réus em processos de corrupção e a lógica de expulsar um dos membros do consórcio governista para preservar os demais é de uma evidência pueril. Uma regra básica da justiça é: quem quer julgar precisa não ter participado dos mesmos atos que julga.

O atual Congresso, envolvido até o pescoço nos escândalos da Petrobras, não tem legitimidade para julgar sequer síndico de prédio e é parte interessada em sua própria sobrevivência. Por estas e outras, esse impeachment elevado à condição de farsa e ópera bufa será a pá de cal na combalida semi-democracia brasileira.




Alguns tentam vender a ideia de que um governo pós-impeachment seria momento de grande catarse de reunificação nacional e retomada das rédeas da economia.

Nada mais falso e os operadores do próximo Estado Oligárquico de Direito sabem disto muito bem. Sustentado em uma polícia militar que agora intervém até em reunião de sindicato para intimidar descontentes, por uma lei antiterrorismo nova em folha e por um poder judiciário capaz de destruir toda possibilidade dos cidadãos se defenderem do Estado quando acusados, operando escutas de advogados, vazamento seletivo e linchamento midiático, é certo que os novos operadores do poder se preparam para anos de recrudescimento de uma nova fase de antagonismos no Brasil em ritmo de bomba de gás lacrimogêneo e bala.

Uma fase na qual não teremos mais o sistema de acordos produzidos pela Nova República, mas teremos, em troca, uma sociedade cindida em dois.

O Brasil nunca foi um país. Ele sempre foi uma fenda. Sequer uma narrativa comum a respeito da ditadura militar fomos capazes de produzir. De certa forma, a Nova República forneceu uma aparência de conciliação que durou 20 anos. Hoje vemos qual foi seu preço: a criação de uma democracia fundada na corrupção generalizada, na explosão periódica de "mares de lama" (desde a CPI dos anões do orçamento) e na paralisia de transformações estruturais.

Tudo o que conseguimos produzir até agora foi uma democracia corrompida. A seguir este rumo, o que produziremos daqui para a frentes será, além disso, um país em estado permanente de guerra civil.

Os defensores do impeachment, quando confrontados à inanidade de seus argumentos, dizem que "alguma coisa precisa ser feita". Afinal, o lugar vazio do poder é evidente e insuportável, logo, melhor tirar este governo. De fato, a sequência impressionante de casos de corrupção nos governos do PT, aliado à perda de sua base orgânica, eram um convite ao fim.

Assim foi feito. Esses casos não foram inventados pela imprensa, mas foram naturalizados pelo governo como modo normal de funcionamento. Ele paga agora o preço de suas escolhas.

Neste contexto, outras saídas, no entanto, são possíveis. Por exemplo, a melhor maneira de Dilma paralisar seu impeachment é convocando um plebiscito para saber se a população quer que ela e este Congresso Nacional (pois ele é parte orgânica de todo o problema) continuem. Fazer um plebiscito apenas sobre a presidência seria jogar o país nas mãos de um Congresso gangsterizado.

Em situações de crise, o poder instituinte deve ser convocado como única condição possível para reabrir as possibilidades políticas. Seria a melhor maneira de começar uma instauração democrática no país. Mas, a olhar as pesquisas de intenção de voto para presidente, tudo o que a oposição golpista teme atualmente é uma eleição, já que seus candidatos estão simplesmente em queda livre. Daí a reinvenção do impeachment.
na Folha de São Paulo

PF, MPF, Mídia, Moro e as farsas para entregar o país




As planilhas da Odebrechet com 316 nomes de políticos e partidos que receberam dinheiro da empreiteira estavam com Sérgio Moro há hum mês. A PF, o MPF e Moro não vazaram, por que, para que?...garantir que PMDB e Psdb fechassem final para golpear a democracia, derrubando a presidente Dilma Rousseff, sem que haja um único crime que ela tenha cometido.

A divulgação das planilhas, na terça-feira 22 de Março com mais de trezentos nomes financiados pela empresa, foi mais uma das tantas farsas de Sérgio Moro.

Vamos aos fatos>>>

Moro e as farsas para incendiar o país, por Jeferson Miola

na Carta Maior

As planilhas estavam com Moro há um mês. Ele não as vazou antes para permitir o fechamento de acordo entre o PMDB e o PSDB para o golpe final contra Dilma

A divulgação, na terça-feira 22 de março, das planilhas com mais de 200 políticos financiados pela Odebrecht, foi uma nova farsa do juiz Sérgio Moro para esconder o fracasso de um plano golpista que teve de ser abortado.

Aos fatos:

1. estas planilhas estavam em poder do juiz Moro há um mês. Elas foram obtidas no dia 22 de fevereiro, por ocasião da 23ª fase da Lava-Jato, denominada "Acarajé";

2. Moro não as vazou antes para permitir o fechamento de acordo entre o PMDB e o PSDB para o golpe final de derrubada da Presidente Dilma. A divulgação dos nomes de políticos que estão na linha de frente do golpe naturalmente inviabilizaria a empreitada golpista;

3. com o crescimento do apoio popular ao governo e a reversão de vários abusos da Lava-Jato, o plano ficou comprometido, e então Moro ficou com a batata-quente na mão: a única lista que não tinha sido vazada, por ser justamente aquela que implica os generais do golpe;

4. Moro usou a blitz feita na Odebrecht no dia 21 de março para divulgar como novidade e confundir como descoberta da ação, as listas que na verdade já estavam em seu poder desde o dia 22 de fevereiro. O sigilo da lista, decretado de maneira surpreendente algumas horas depois, é apenas cortina de fumaça e diversionismo;

5. se especula que, com o espalha-merda dos nomes de políticos, Moro tente favorecer uma nova saída golpista: salvam-se todos os políticos citados – muitos dos quais corruptos e envolvidos na corrupção da Petrobrás – às custas da expiação da inocente sobre a qual não pesa nenhuma acusação, que é a Presidente Dilma.

O condomínio jurídico-midiático-policial domina a iniciativa política no país. O sistema político brasileiro está esfarelado, virado de cabeça para baixo, e o país paralisado. Tanto o Poder Executivo como o Legislativo são coadjuvantes no xadrez político controlado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato.

Governo e Congresso estão de mãos atadas. Quando tentam agir, suas iniciativas são surpreendidas e neutralizadas por ardis jurídicos e policiais. A anulação da posse do ex-Presidente Lula na Casa Civil, que é parte desta realidade, interdita o esforço da Presidente Dilma de recompor a estabilidade política e institucional para recuperar o crescimento.

O Brasil é refém de um jogo maquiavélico que assume características fascistas com a destruição do ordenamento jurídico que fere mortalmente o Estado Democrático de Direito.

O juiz Sergio Moro é um incendiário, um personagem maligno determinado a destruir o país para concretizar sua obsessão justiceira de eliminar inimigos ideológicos.

A continuidade dele à frente da Lava-Jato pode ser funcional à lógica golpista do condomínio jurídico-midiático-policial, mas é um fator de enorme instabilidade e crise que mergulha o país no caos e na violência.