Olimpíada Brasil - Viva a hipocrisia nacional

A judoca Rafaela Silva conquista a primeira medalha de ouro dos Jogos do Rio de Janeiro. 

Cadê as criticas, cadê os insultos?

Insultos não há, hoje são apenas elogios, ela conquistou o ouro.

Deixou de ser negra?

Não.

Apenas venceu, com o apóio de muitos, anônimos mais do que ela.

Portanto, o importante é que ela Sempre lembre de onde veio e quem sempre esta com ela. Pois onde ela pode chegar será seu trabalho, talento e  persistência que dirá. Mas, para onde voltar... depende do amor que recebeu e retribuiu.

Parabéns!

Pressa dos golpistas não é pelo G20. É pela Odebrecht

A operação desencadeada semana passada para apressar o golpeachment  contra a presidente Dilma Rousseff não tinha nada a vê com o encontro do G20 no início de Setembro, mas sim com a delação premiada de Marcelo Odebrecht.

Os golpistas já sabiam que o empreiteiro e executivos da empresa haviam denunciado Michel Temer, Eliseu Padilha, Aécio Neves, Antônio Anastasia e José Serra entre outros demais golpistas.

Agora é ver se a força-tarefa da lava jato vai pedir a homologação da delação ou isso não vem ao caso, apesar das provas que Odebrecht garante ter para mostrar?

Eu aposto que farão exatamente como fizeram com acusações contra Eduardo Cunha, deixaram ele iniciar o golpe e só depois tomaram providências para afasta-lo da presidência da câmara federal.

Quem viver verá.

Pig manda, lava jato obedece

Depois de vazar trechos da delação de Marcelo Odebrecht escancarado a roubalheira dos golpistas Michel Temer, Eliseu Padilha, Aécio Neves, Antônio Anastasia e José Serra, as famiglias midiáticas mandaram seus miquinhos amestrados enviar recados para Moro e a força-tarefa da lava jato:

Vazamentos só contra Lula, Dilma e o PT, entenderam?

Leiam abaixo um trecho do recado escrito por Ricardo Noblat:

A Lava-Jato faria um grande bem ao governo se nada revelasse por enquanto sobre outros detalhes da delação de Odebrecht. Teme-se, ali, que novas revelações possam esquentar o debate em torno da antecipação da próxima eleição presidencial.

Quero ver a quadrilha de Curitiba não obedecer.

COI leva puxão de orelhas da Câmara Federal

Comitê Olímpico Internacional e policiais que estão trabalhando nos Jogos 2016 podem ser processados por abuso de autoridade, é o que a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Federal explicita. Confira:

Nota oficial

O Comitê Olímpico Internacional não pode decidir as condições de acesso e permanência nas arenas dos jogos. Quem o define é a Lei, e o COI deve obedecê-la. Nem o Comitê nem as polícias são poderes paralelos acima da legislação brasileira.

A Lei Geral das Olimpíadas, em seu artigo 28, proíbe “ostentação de cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, de caráter racista ou xenófobo ou que estimulem outras formas de discriminação”. As placas “Fora Temer”, de teor político reivindicatório, não se enquadram de forma alguma nessas características. A lei veda também “bandeiras para outros fins que não o da manifestação festiva e amigável”. Cartazes de papel e camisetas não são bandeiras e, portanto, também não estão vedados.

Além disso, a Lei proíbe, como manifestação oral, apenas “xingamentos ou cânticos discriminatórios, racistas ou xenófobos”. “Fora Temer” é um protesto sem essas características e, portanto, pode ser entoado nos espaços oficiais. Demais expressões de cunho político também são permitidas, desde que sem teor discriminatório ou violador da dignidade humana, por exemplo.

Os interesses das “empresas que compram direitos e investem muito dinheiro para ter sua imagem associada aos Jogos"– motivo alegado diretor de Comunicações das Olimpíadas, segundo a imprensa, para proibirem-se manifestações nas arenas – não estão acima dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição de 1988, como o direito à liberdade de expressão.

A ação das polícias na segurança dos jogos, assim como a orientação do COI divulgada pela imprensa, é ilícita, arbitrária e violadora dos direitos humanos. Informo que solicitarei ao Ministério Público a adoção das medidas para coibir e punir o abuso de autoridade e a ação ilegal.

Deputado Padre João 
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados"

Lava jato e a delação da Odebrecht

É com tristeza que desde sempre afirmo que:

O judiciário é o mais corrupto dos poderes!

E a delação da Odebrecht confirmará o quão estou certo.

O mpf, Moro e o STF vão cozinhar o galo e engavetar as denúncias contra Temer é o tucanato mor enquanto puder. Ao mesmo tempo que farão exatamente o contrário contra Lula, Dilma e o PT.

A quadrilha de Curitiba cumprirá sua parte no golpe com a competência de o que cada membro dela realmente é: um capitão-do-mato.

Corja Golpista...vermes Imundos.

Bandidos!

The Intercept Brasil - Dilma e a lei de Ricupero


É CONHECIDO O COMBO que estabelece a linha narrativa que guia o debate político no Brasil: manchetes de capa dos grandes jornais, doses noturnas de William Bonner e uma capa da Veja no fim de semana. É esse tripé fundamental que, há anos, vem pautando o noticiário e influenciando fortemente o jogo político. Ele conta com a receptividade de uma massa consumidora de manchetes que não se aprofunda nos assuntos e ignora a complexa relação de poder existente entre mídia e política.

Os maiores veículos de imprensa do país – O Globo, Folha, Estadão e Veja – não esconderam sua opinião em favor do impeachment e rejeitaram a versão que defende a existência de um golpe em curso.

Otavinho Frias, herdeiro da Folha,chamou uma jornalista britânica de "representante da militância petista"ao ser questionado sobre a participação decisiva da imprensa no processo de impeachment de Dilma. Apesar de se dizer pessoalmente contra o impedimento da presidenta,defendeu sua renúncia em editorial.

João Roberto Marinho, herdeiro do O Globodefendeu no The Guardian a legalidade do impeachment e ainda afirmou que a sua lojinha fez uma cobertura imparcial de todo o processo. Sim, ele teve essa audácia.

Em um editorial, o Estadão afirmou que o impeachment seria o melhor caminho para o país. Em outro, chamou de "matraca do golpe"* quem acreditava que o processo não seguia a Constituição.

Portanto, fica registrada na história a posição tomada pelas famílias que comandam a comunicação do país. As mesmas que apoiaram entusiasticamente o golpe de 64.

Ainda assim, ninguém pode acusar a imprensa brasileira de omitir informações. Ela publica tudo. Tudo mesmo, sem ironia. Mas, como se sabe, o diabo mora mesmo é nos detalhes, nas manchetes de capa, nos editoriais e na opinião dos colunistas mais prestigiados pelos patrões. Dentro desse contexto, cabe até alguns articulistas de esquerda para conferir aquele verniz pluralista. No final das contas, a decisão sobre o que vai brilhar na capa do jornal – ou se esconder num rodapé – sempre estará alinhada à opinião das famílias proprietárias. Trata-se apenas de uma questão de lógica, mas há quem prefira acreditar na pureza e neutralidade do jornalismo.

Façamos um recorte na tentativa de compreender melhor todo esse processo. No dia 3 de março deste ano, a revista Isto É teve acesso a fragmentos da delação de Delcídio Amaral, ex-líder do governo no Senado. Curiosamente, a publicação obteve apenas os trechos em que Dilma e Lula eram acusados pelo delator, rendendo manchetes que se encaixavam como uma luva na narrativa pró-impeachment estabelecida pelos donos de mídia.

Menos de duas semanas depois, em 15 de março, foi divulgada a delação completa. Eram 254 páginas de pura nitroglicerina, que não pouparam ninguém. Além de Dilma e Lula, Aécio, Cunha, Temer, Jucá e outros políticos de diferentes partidos apareciam ali como participantes de esquemas de corrupção.

Mas um trecho bombástico, que revelaria a gênese da briga de foice entre a presidenta e o homem que liderou a sua queda, foi completamente marginalizado, aparecendo apenas de forma tímida no noticiário. Não ganhou manchete de capa, não teve destaque no "Jornal Nacional", nem fez balançar a cabeleira esvoaçante de Arnaldo Jabor. Uma verdadeira pedalada jornalística, calcada na Lei de Ricúpero: "o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde".

Vejamos:

Vocês vejam só que coisa interessante. Segundo Delcídio, cuja delação tem sido tratada como verdade absoluta, Dilma teria estancado a corrupção na estatal ao demitir os propineiros ligados a Cunha, o que teria enfurecido o nobre proprietário daJesus.com. Além disso, ela teria usado critérios técnicos na escolha da formação da nova diretoria de Furnas.

Se esse trecho da delação, que revela o primeiro ponto de conflito entre os presidentes de dois poderes do país, não é relevante o suficiente para ser destacado nas manchetes de capa e dissecado pelos colunistas, o que mais poderia ser? Michel Temer levando Michelzinho pra escola? A participação do pimpolho na escolha do logo do governo do papai?

Para completar o cenário, na última semana, Lauro Jardim noticiou solitariamente que, Luiz Henrique Hamann, um dos homens que Dilma havia afastado de Furnas por suspeitas de corrupção, foi nomeado diretor de Distribuição da Eletrobrás. Vejam só! O homem de Cunha retornou em grande estilo para o governo! Dessa vez, por indicação do Romero Jucá, autor da célebre frase sobre a Lava Jato: "Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria".

Além de Hamman, outros três nomes de Cunha ganharam posições chave: André Moura (PSC), acusado de corrupção e tentativa de homicídio,tornou-se líder do governo na Câmara. Alexandre de Moraes, ex-advogado de Cunha, virou ministro da Justiça. Carlos Henrique Sobral, que era assessor especial de Cunha na presidência da Câmara até maio, virou chefe de gabinete do novo ministro da Secretaria de Governo. O número de apóstolos que Jesus.com emplacou no governo Temer impressiona, porém é autoexplicativo.

Claro que a história da derrubada da presidenta não se resume à briga Cunha x Dilma, mas, sem dúvidas, é relevante e contribui para a compreensão do processo. Tirar o peso devido a essa parte da delação ajuda a acobertar os verdadeiros interesses dos capitães do impeachment.

Olha, meus amigos, a boataria diz que Michel Temer tem pacto com Satanás, mas cada vez mais me convenço de que ele colocou Jesus.com no comando. E o melhor: conta com uma assessoria de imprensa divina.

*Se fizermos esforço para acreditar nos números da última pesquisa Datafolha, veremos que 37% dos brasileiros acreditam que o impeachment não seguiu as regras e a Constituição. Ou seja, para o Estadão, quase 40% da população é "matraca do golpe".

O crime de Lula é resistir ao fascismo

por Jeferson Miola

crime do Lula é liderar todas as pesquisas para a eleição presidencial de 2018, a despeito da violência brutal e permanente do condomínio jurídico-midiático-policial contra ele.

Outro crime do Lula é resistir à perseguição e à caçada ideológica implacável de fascistas contra um ser humano e, ainda assim, continuar sendo o maior líder popular da história do Brasil.

A resistência de Lula às arbitrariedades e falsidades dos justiceiros do MP, do Judiciário e da PF e às manipulações dos canalhas midiáticos, faz aumentar a ferocidade dos ataques contra ele.

Não estranha, portanto, que no mesmo dia em que o Vox Populi divulgou nova pesquisa confirmando Lula na dianteira, o justiceiro Moro e seus parceiros de empreitada fascista tiram da gaveta a acusação que já estava pronta; uma cartada que apenas aguardava a oportunidade política mais conveniente para ser jogado no xadrez político.

Os justiceiros jogam ao vento acusações contra Lula sem amparo fático, sem comprovação material. Janot, por exemplo, diz que "essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado sem que Lula dela participasse".

O Procurador da República não apresenta nenhum fato e nenhuma prova que ampare acusação tão grave. Para alvejar Lula, Janot apenas acusa, e isso é o suficiente para os fins políticos desejados.

Em tempos de ataque fascista à democracia, ao Estado Democrático de Direito e ao devido processo legal, não é preciso provar, não é preciso investigar, não é preciso ouvir o contraditório e não há presunção da inocência – basta simplesmente sentenciar que "essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado sem que Lula dela participasse". Provas? Bobagem ...

A sanha condenatória e a obsessão patológica de incriminar e condenar Lula prevalecem sobre a Justiça e a democracia. É incrível a ginástica desses procuradores, policiais e juízes justiceiros.

Contra Lula vale o desejo acusatório e a arbitrariedade. Em relação a Cunha, Temer, Aécio, Jucá e outros políticos do PMDB, PSDB, PP, PSB, PTB – estes sim, donos de contas secretas e cifras milionárias roubadas e sócios-fundadores da engenharia de corrupção na Petrobrás – a postura é de complacência com o crime e de acobertamento da bandidagem.

Fez bem o ex-presidente Lula em denunciar no Comitê de Direitos Humanos a ameaça de fascistização irreversível da justiça brasileira. O fascismo já não é só uma ameaça, é um mecanismo concreto que está se plasmando na vida política, cultural, social e jurídica do Brasil. É imperioso combatê-lo, para impedir esse mal de destruir a democracia.