A principal testemunha de acusação passou a condição de X9



Eu não compraria um carro usado desse santinho-do-pau-oco

E o circo continua o espetáculo...
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Gleisi Hoffmann: Qual a moral que tem os senadores para julgar Dilma Rousseff?

Melhor resposta:

A mesma moral do traficante Elias Maluco e seus comparsas, que julgaram, condenaram e executaram o repórter fotográfico Tim Lopes.

Autor: Joel Leônidas Teixeira Neto

Agora que delação e vazamentos na Lava jato atingiu tucanos graúdos e golpistas do Pmdb, reclamam excessos de autoritarismo são problema institucional

por Janio de Freitas

Uma hipótese, um tanto óbvia, veio já no ataque inicial do ministro Gilmar Mendes ao "vazamento", maldoso e injusto, de referência na Lava Jato ao ministro Dias Toffoli, do Supremo. "É necessário investigar os investigadores" da Lava Jato –repetiu Mendes essa frase sua do ano passado, agora completando a observação de que procuradores da Lava Jato estão em choque com Toffoli, por eles atacado até em artigo. Entre hipóteses possíveis, porém, viceja em círculo judicial aparentemente estreito uma menos fácil e mais excitante que a de Mendes.

A delação afinal aceita por Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, poderia ser a mais promissora, mas já as discussões iniciais mostraram-se tão problemáticas quanto as de Marcelo Odebrecht. Muito afável, prestativo e de acesso simples, Pinheiro teria com que inundar a Lava Jato de informações e esclarecimentos. E, esperavam os procuradores, obsessão acima de todas, o que buscam em vão sobre a propriedade do sítio e do apartamento atribuída a Lula. Léo Pinheiro foi decepcionante para a Lava Jato nas preliminares sobre a futura delação: não admitiu que o sítio e o apartamento sejam de Lula.

Era muito fácil a previsão de que implicar um ministro do Supremo, em mais um "vazamento", daria oportunidade a sustar o acordo de delação premiada com Léo Pinheiro. Além de não dizer o que desejavam, o possível delator e seu manancial de informações por certo desvendariam pessoas e grupos não incluíveis na mira acusatória da Lava Jato. Criar o caso e, suspenso o acordo de delação, deixar Léo Pinheiro calado: está feito.

A hipótese de Gilmar e a outra não se excluem, talvez se completem. Em ambas, aliás, confirma-se que Léo Pinheiro paga pelo que não disse e não fez. Com toda a certeza, não é o autor do "vazamento", inexistindo qualquer motivo para a punição que o procurador-geral Rodrigo Janot lhe aplicou, e só a ele, cassando-lhe o direito de buscar o mesmo benefício dado a tantos delatores.

Se o "vazamento" é algo tão grave, definido como crime por Gilmar Mendes e motivador do ato extremado de Janot, à pergunta "a quem interessa?" emenda-se outra: por que tanto consentimento, por tanto tempo, para atos agora qualificados de "excessivos", "inaceitáveis" e "abusos de autoridade"?

O Conselho Nacional do Ministério Público manteve-se impassível diante da torrente de "vazamentos" que os tornou costume característico da Lava Jato. O Conselho Nacional de Justiça teve a mesma indiferença, em relação ao chefe da Lava Jato, juiz Sérgio Moro. O procurador-geral chegou a emitir uma nota com advertências sobre os excessos, mas recuou na aplicação dos seus conceitos à prática. Esses comportamentos constituíram uma carta branca para a Lava Jato e sua prepotência.

Até um leigo, como sou, anteviu que os excessos de autoritarismo da Lava Jato, uma vez consentidos, cresceriam em número e em grau de gravidade. E viriam a ser um problema institucional. São.

Léo Pinheiro de nada acusou Dias Toffoli, nem insinuou. Mas, se a substância não fere o Supremo, o "vazamento" o atinge pela intenção inequívoca de sua forma maldosa, desonesta mesmo. Dizem que vão investigar a procedência do "vazamento" ou "vazamentos". Quem a conhece são jornalistas. A Polícia Federal já pretendeu exigir de jornalistas a indicação de suas fontes. À Lava Jato só falta algo nessa linha, para um aparente atestado de bom comportamento contra a acusação de "abuso de autoridade". Iniciada por indignado Gilmar Mendes, aquele que reteve por ano e meio uma decisão importante do Supremo, enquanto expunha em público o teor do voto engavetado. Um abuso de autoridade escancarado.

Brasil , um país dominado por bandidos?

O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (Dem-RJ) diz que não tem votos para cassar o gângster Eduardo Cunha (Pmdb-RJ).

O Traíra e Golpista Michel Temer (Pmdb-RJ) diz ter os votos de 54 Senadores para cassar o mandato da Presidenta Dilma Rousseff (PT-RS), mandato este conquistado democraticamente nas urnas pela vontade soberana de 54.501.118 eleitores e eleitores.

Um bandido protegido por seus pares.

Uma mulher Honesta atacada e cassada por bandidos, será mesmo que alguém acredita que este é o destino do Brasil?

Eu não acredito nesse vergonhoso final.

Combate a corrupção - Moro mostrou seu lado desde o início da Lava jato


Cúmulo do absurdo

E então estamos chegando a uma situação que desafia qualquer noção de racionalidade.

A única pessoa que verdadeiramente se bateu contra a corrupção nestes últimos anos está sendo afastada.

Como a posteridade vai explicar isso?

Seus algozes deveriam estar com tornozeleira, de Temer a Aécio, de Renan a Serra, para não falar em Eduardo Cunha, o grande articulador do golpe.

E no entanto é Dilma quem vai sair.

Todos os dias políticos que animavam as marchas contra a corrupção aparecem nas páginas policiais, apanhados em roubalheiras dantescas.

E é Dilma quem vai sair.

Está claro que a Lava Jato só continuaria se Dilma permanecesse no poder. Mas isso jamais iria ocorrer no mundo das coisas concretas.

O objetivo da Lava Jato era um e apenas um: derrubar Dilma.

Moro mostrou seu lado desde o início. O símbolo máximo disso foram fotos que tirou, sorridente, deslumbrado, ao lado de companheiros na guerra contra o PT: barões da mídia e caciques do PSDB.

Não adianta um delator dizer que deu 23 milhões de reais a Serra, de forma escusa, para a campanha de 2010. Podiam ser 23 bilhões. Isso não interessa a Moro, aos homens da Lava Jato e muito menos a mídia plutocrática.

Não adianta Aécio ser multicitado em roubalheiras, como a ancestral pilhagem na estatal Furnas. Mas o pedalinho de Lula é objeto de perseguição feroz.

Não adianta ficar provado que o Triplex do Lula não é do Lula. Ninguém dá nada. Mesmo os que afirmaram categoricamente que o apartamento pertencia a Lula não se dão ao trabalho de esclarecer a seus leitores a verdade.

O que importa é destruir a reputação de Lula, mesmo que com mentiras, falsificações, manipulações.

Tudo por um único objetivo: dar um golpe como aconteceu em 1954 e em 1964.

Não há tanques? Há uma Justiça que pode desempenhar o mesmo papel. Não existem militares para varrer a democracia? Há juízes como Moro e Gilmar. E sempre existem os barões da imprensa, na defesa bélica de seus privilégios e de suas mamatas.

Dilma não cometeu o crime pelo qual será derrubada? Não faz mal. É um julgamento político. Os fatos que se danem. Ela poderia ser acusada de andar mal de bicicleta, e ainda assim seria removida.

E assim chegamos ao fim da jornada contra a corrupção, um dos episódios mais hipócritas, farisaicos, canalhas da história da República. Ficam os Jucás, os Aécios, os Temeres. Ficam os Renans, os FHCs, os Serras.

Fica até Cunha.

A única pessoa verdadeiramente honesta é a vítima solitária.

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Ciro Gomes - não vai ser tão fácil como eles pensam que vai ser

Acompanhado por Carlos Lupi, presidente nacional do PDT e Pompeo de Mattos, presidente estadual do partido, o pré-candidato à presidência da República pela sigla, Ciro Gomes, esteve em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, na noite desta terça-feira para o lançamento da candidatura de Daniel Bordignon à prefeitura da cidade no Centro de Tradições gaúchas (CTG) Aldeia do Anjos.

Saudado como "nosso futuro presidente", Ciro Gomes tirou selfies com os apoiadores, tomou chimarrão e conversou ao pé do ouvido com Bordignon que, preso no trânsito, chegou atrasado ao evento. Em conversa exclusiva com ZH, o cearense não poupa críticas ao governo de Michel Temer, que faz questão de chamar de golpista e canalha, afirma que os escândalos em Brasília devem ter pouca influência nas urnas em outubro e que a crise econômica não será resolvida sem aumento de impostos.

Confira os principais trechos:

Foram divulgadas as primeiras pesquisas eleitorais no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, PSoL e PT, dois partidos de esquerda, saíram na frente. O senhor acha que as urnas vão mandar algum recado para o governo interino?

Nas grandes cidades há sempre um componente relevante da política nacional embora o predominante para quem tem a vivência que eu tenho e você vai ver isso de novo nessas eleições, seja o interesse local. A conjuntura do município onde acontece a eleição. O PT está sofrendo um trauma, em função de todos os escândalos que aconteceram. Mas tudo indica que é uma eleição onde vai marcar muito mais o aspecto local do que uma referência para o país.

Os eleitores vão levar mais em conta a vida nas cidades que os escândalos em Brasília?

É a tradição brasileira. A eleição municipal é a ultrafederação e ultrafragmentação partidária. Isso é uma característica da vida política brasileira e não são boas características. São consequências de uma vida democrática pouco longa. As ideologias políticas estão muito contraditórias com a retórica e os políticos estão muito desmoralizados, aí os eleitores acabam olhando muito mais o aspecto local.

Nos próximos dias, o Senado vota o impeachment da presidente Dilma, na qual o senhor já se manifestou contrário. Todas as estimativas apontam uma derrota da petista. Ainda dá para virar o placar?

Há uma chance remota, improvável. Mas precisamos lutar até o fim porque a História fará o registro dessa fase. E será um registro muito azedo se consumado o impeachment. O país entrará em uma instabilidade de uma, duas décadas a partir disso. E a primeira vítima será o golpista, salafrário e traidor Michel Temer.

Alguns indicadores econômicos já começam a dar algum sinal de reação. Essa melhora é pontual?

Isso é mentira da grande mídia. Não tem nenhum sinal de melhora com consistência. Quando se vive uma depressão profunda, como a que estamos vivendo, a riqueza brasileira cai nove pontos percentuais em 24 meses, acontece o efeito fundo do poço: você bate e volta. Ainda com a Dilma esse fundo do poço já estava se aproximando. Tivemos a explosão do câmbio que ajusta uma série de coisas importantes no país e que não foi nenhuma providência tomada pelo governo. O sintoma mais grave que foi apontado contra a Dilma, que foi a irresponsabilidade fiscal, está dramaticamente piorado. Esse governo interino é muito mais irresponsável. Do jeito que está ano que vem a dívida pública se aproximará de 90% do PIB. Isso trava a taxa de juro em um momento de queda da inflação. O que torna o juro real no Brasil muito alto, impedindo o sistema produtivo de reagir.

Caímos na tão falada armadilha do crescimento?

Exatamente. E tudo indica que o desemprego que hoje esta em 11% caminha a passos muito sólidos para o redor de 14%.

Como o senhor avalia as propostas de reforma trabalhista e previdenciária, apresentadas pelo governo Temer?

Na verdade essa é a essência do golpe. Eu acredito que ainda teremos uma grande discussão olímpica de quem será enganado. Porque esperar colher um maracujá de um pé de maçã é improvável. Padilha, Moreira Franco, Michel Temer e Romero Jucá forma uma quadrilha de marginais. Esperar austeridade daí é esperar maracujá de um pé de maçã. O Congresso brasileiro, uma vez superado o impeachment, vai voltar a sua hiperfragmentação ideológica já mirando as eleições. Quero ver esses calhordas corruptos conseguirem votar uma emenda a constituição que reduzirá despesas com aposentados, universidades e SUS. Fora a ira popular. A maioria das pessoas ainda está paralisada pela decepção com o governo Dilma, mas conforme a conversa avançar haverá revolta popular. Evidentemente não vai ser tão fácil como eles pensam que vai ser.

Tem como o país sair da crise sem passar por um ajuste fiscal?

Sem chance. Só que o ajuste fiscal que nós precisamos é tão violentamente grave que não é possível em ambiente contracionista. Se você não tomar a decisão de retomar o crescimento econômico e bancar os riscos, tensões e contradições inerentes a isso e se também não introduzir aumento de impostos não há menor chance nos próximos 24 meses. Principalmente com um governo ilegítimo, que não tem nenhuma moral para pedir nada de ninguém.

Lula e Dilma barrados no baile

A presidente eleita Dilma Rousseff participou, nesta terça (23), do Ato em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais, em São Paulo; no encontro, que reuniu centenas de pessoas, Dilma disse que o golpe em curso no país é "um ataque de parasitas à árvore da democracia"; "Eles assumem lentamente o controle de partes da árvore", disse; ela também falou da sua decisão de ir ao Senado se defender. "Eu vou no Senado, poque eu acredito na democracia desse país. Eu devo isso ao povo brasileiro. Vou lá não porque acredito na beleza de meus olhos. Tenho absoluta clareza do que estão fazendo. Sei que é injustiça. Minha presença é muito incômoda, extremamente incômoda", afirmou; ela lamentou ainda o fato de não ter participado dos Jogos Olímpicos do Rio:

"Eu e Lula fomos esquecidos. Organizamos os móveis, a casa, e no dia da festa nos proibiram de entrar na festa", disse