Fora Temer! Fora ladrão!

O marqueteiro do Michê Treme fez um grande favor a democracia brasileira e ajudou os manifestantes contra o golpe incluir mas uma palavra contra o traíra. A partir de agora devemos gritar:

Fora Temer! Fora ladrão!

Chama, chama o ladrão

Depois do japonês da polícia federal, condenado e monitorado por tornozeleira eletrônica voltar a fazer escolta de acusados de corrupção pela força tarefa da Operação lava jato, o ministro da justiça do governo do Michê Treme convidou Fernandinho Beira-mar para cuidar do depósito de drogas apreendidas.  O traficante não assumiu o cargo porque na entrevista foi enfático e afirmou:

Primeiramente, Fora Temer! Segundo, não aceito vigiar droga falsificada como esse Traíra.

Bom dia

Hoje quinta feira 08 de setembro de 2016, mais calma e amor ao falar e fazer. E mais paciência e compreensão ao ouvir.
Fé!
Felicidade!

07 de Setembro de 2016

Independência ou morte?
Que nada!

Neste 7 de setembro, o que mais se ouviu nas ruas das capitais de praticamente todos os estados brasileiros foi um gigantesco:

Fora, Temer

Estima-se que mais hum milhão de cidadãos é cidadãs tenham ido às ruas pedir a saída do atual governo e a convocação de Diretas Já.

No desfile, em Brasília, Temer não saiu em carro aberto e nem mesmo usou a faixa presidencial.

Na arquibancada só para convidados, ouviu muitos gritos de Fora, Temer.

Eh, a as coisas não estão boas para Traíras.

Hino da canalha


Diante dessa canalha
não sei se é melhor falar direto
ou se a metáfora atrapalha.
Bato no meu poema ou cangalha
e denuncio à minha gente a gentalha.
Pudesse fugir, fugia
para Pasárgada, Maracangalha.
Diante dessa canalha
valha-me Deus!
e o próprio demônio valha!

By “Affonso Romano de Sant’Anna

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira, no Facebook Os dois sonhos excludentes da direita liberal

Os brasileiros que tanto lutaram pela democracia estão de luto desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mais do que isto, estão envergonhados. Este é, pelo menos, o meu caso. A democracia foi uma conquista do povo brasileiro, eu a considero consolidada, e por isso, diante do golpe parlamentar, senti vergonha e tristeza pelo meu país.

Ontem houve uma impressionante manifestação popular contra o impeachment em São Paulo. E a demanda foi por “diretas já”. Não creio, porém, que esta seja uma boa tese para as forças populares. Sem dúvida, o ideal seriam eleições presidenciais o mais breve possível, mas como aprová-las se o PMDB e o Centrão apoiam o novo governo?

O que as manifestações populares de ontem mostraram foi o que as pesquisas de opinião já indicavam – que falta apoio popular ao governo. Não lhe falta, porém, apoio nas elites econômicas, além de não lhe faltar apoio no parlamento.

O impeachment resultou da coalizão perversa de políticos e economistas liberais, que foram derrotados nas eleições de 2014 (PSDB, DEM e PPS) com os políticos oportunistas do PMDB e, mais amplamente, do Centrão.

Os dois grupos são oportunistas. Os liberais querem aproveitar a oportunidade surgida pela crise fiscal, causada pelos erros da ex-presidente em 2013 e 2014 e por uma grande recessão, não para fazer ajuste fiscal (que é necessário) mas para realizar seus dois sonhos excludentes: reduzir “estruturalmente” as despesas do Estado, dessa forma desmontando o Estado Social que o Brasil construiu desde a transição democrática de 1985; e eliminar os direitos trabalhistas que os brasileiros conquistaram ainda nos anos 1940 ao fazer prevalecerem os acordos sindicais sobre a Consolidação das Leis do Trabalho na qual nem os militares mexeram.

Já os oportunistas do PMDB e do Centrão aproveitaram a oportunidade da crise econômica e política por que passa o país para ocupar o poder. Para isso precisavam o apoio das elites econômicas e políticas liberais, e, para isso, prepararam o plano, “Uma ponte para o futuro”, no qual prometeram as reformas constitucionais visando atender às duas demandas das elites.

Não creio, porém, que essas reformas constitucionais radicais irão à frente. O neoliberalismo que as inspira está em profunda crise nos países ricos – crise econômica desde 2008, marcada pelas baixas taxas de crescimento, crise política desde o Brexit, marcada pela divisão da sociedade entre vencedores e perdedores.

É verdade que o Brasil geralmente “se atrasa” em adotar as modas ideológicas do Ocidente, mas o neoliberalismo já está velho, já demonstrou quão radical e elitista é. Os brasileiros querem uma sociedade razoavelmente una ao invés de dividida como é a sociedade proposta pelos neoliberais. As manifestações populares de domingo mostraram mais uma vez isto.

Até quando o Michê vai fugir dos brasileiros?

Escondido desde o início

Até quando Temer vai fugir como um poltrão dos brasileiros?

Você pode resumir assim seus já mais de três meses no Planalto: fugiu.

Fugiu nas Olimpíadas, fugiu na posse, vai fugir neste 7 de Setembro. Acoelhado, trocou o tradicional Rolls Royce de capota conversível em que presidentes desfilavam por um carro fechado em que se esconderá.

Foi para isso que ele foi um monstro moral, um traidor imundo, um conspirador abjeto? Para fugir?

O legado para os brasileiros já está dado. Temer passará para a história como símbolo de uma presidência ilegítima e golpista.

Mas que legado ele quer deixar para seu filho Michelzinho? O exemplo de um pai que fugiu?

Em sua lápide a frase perfeita já está dada: Aqui jaz Michel Temer: ele fugiu. Uma alternativa seria: #foraTemer para sempre.

Um homem público deseja a presidência para elevar seu país, para promover o bem estar entre seus compatriotas, para tornar a sociedade melhor.

Mas para fugir?

Era melhor o papel de vice decorativo, definitivamente.

O que se passava pela sua mente tumultuada quando conspirava? Que seria aclamado como um César nas ruas, ao lado da mulher Marcela? "Olha como o povo me ama, Marcela."

Ele terá sonhado que um golpe o transformaria num heroi das massas? Que a Globo, a Folha, a Veja e o Estadão fariam os brasileiros implorar por selfies a seu lado nas ruas do Brasil?

Ora, ora, ora.

Temer chegou ao poder minúsculo. Rejeitado, reprovado, ou simplesmente ignorado, pela imensa maioria das pessoas.

A cada dia, ele fica ainda menor, se é possível. Vai-se tornando o "Presidente Invisível".

Que chance ele acha que tem de que sua imagem melhore no curto espaço que vai até 2018?

Aliás: ele chegará a 2018? Se as manifestações contra ele se consolidarem e se intensificarem, o que é uma possibilidade real, ele será enxotado muito antes de 2018. Será Temer, o Breve.

Não há milagre que transforme um político medíocre de 75 anos, já em fim de linha, num estadista? É como imaginar que um jogador de futebol opaco vire craque aos 35.

A história emparedou Temer. Ele não tem saída. É Temer, o Fugitivo. Ou Temer, o Invisível. Ou Temer, o Breve.

Ou, o que pode se tornar uma realidade: uma mistura de tudo aquilo. Fugiu, foi invisível e teve uma incrível brevidade.

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.