O crime compensa

Jornal GGN - Uma das armas mais potentes contra a reeleição de Dilma Rousseff em 2014, o doleiro Alberto Youssef, pivô da Lava Jato, conseguiu reformular seu acordo de delação premiada no Supremo Tribunal Federal e vai cumprir em sua casa, com autorização e sob as regras de Sergio Moro, os últimos quatro meses que faltam para completar três anos de regime fechado.
Sem delação premiada, a somatória das punições pelos crimes praticados por Youssef só na Lava Jato poderiam rende 121 anos e 11 meses de prisão. Com o acordo de cooperação, o doleiro, inicialmente, deveria cumprir 3 anos em regime fechado. Saíra da carceragem da Polícia Federal de Curitiba, por determinação de Moro, em 17 de novembro, com 2 anos e oito meses de prisão para concluir os outros quatro meses em regime domiciliar.
Em sua decisão, Moro disse que não há verba para manter Youssef escoltado e, por isso, basta uma tornozeleira eletrônica para monitorar os passos do doleiro. O juiz, que teve de revogar um acordo feito na operação Banestado porque Youssef voltou a praticar crimes, também disse que não acredita que justo na reta final de sua pena em regime fechado, o condenado tentará fugir. 
Youssef estará liberado para receber visitas apenas de familiares e advogados, entre 8h e 12h. Poderá se deslocar até a academia do condomínio para fazer sessões de fisioterapia. Terá, ainda, um celular à sua disposição, que poderá ser grampeado.
O doleiro já foi condenado em nove processos da Lava Jato nesse momento. Assim que encerrar seus três anos de prisão, ele ficará impedido de praticar crimes por 10 anos. Se reincidir, estará sujeito a ter sua pena em todos esses processos executada na íntegra.

Já fui abestada

Já fui ferida
Já fui iludida
Já fui magoada
E Já fui abestada, porque deixei que tudo isso acontecesse comigo...

Hoje sei que enquanto não sabemos nos amar com verdadeira intensidade nós não sabemos o que queremos.

Por isso estou sozinha há um bom tempo, e assim permanecerei. Porque o amor pelo outro está em mim. E só será direcionado à alguém inteiro e na condição de amável’, como eu. Enquanto ele não vem...sorrio para a vida.


by Augusto Branco
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Polícia da batida no Congresso Nacional

Welbe Costa

Faltou dizer:

- Parados...
- Encosta na parede...
- Mãos na cabeça 
- Abre as pernas
''Se a podridão está na raíz, imaginem as folhas''. Morro e não vejo tudo.

Marcos Antonio da Silva

Não sei não. Pode até ser, mas acho que agora moro, a pf, o stf e o mp (todos com minúsculas mesmo) deram um tiro no pé. Acho que o congresso vai aprovar a toque de caixa uma reforma séria do judiciário.

Aleksi Karty

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada.

Carta Capital - Traíra paga ao pig

Reportagem definitiva de Sergio Lirio na Carta Capital dessa semana tem um título irretocável: "o Golpe será televisionado".

O sub-titulo é esclarecedor:

Reconcentração de verbas publicitárias na mídia tradicional (aqui é o PiG), perseguição às vozes dissonantes, desmonte da tevê pública... Temer paga a conta"

E duas tabelas com o aumento da verba governamental, a chamada "mídia técnica", que falam por si mesmas:


Reprodução: Carta Capital

Globo, mais 24%;
Infoglobo (ou seja tudo da Globo menos a TV): 120%
Editora Globo (revista Época): 586%

Precisa desenhar, Ataulpho Merval?

Que feio, Ataulpho, virou chapa branca, Ataulpho?

Em tempo: a Presidenta Dilma fez melhor, com sua "mídia técnica"?

Ou o Traíra não faz mais do que manter a política que os prodijiosos Giles e Messias deixaram na SECOM?

PHA

Gilmar Mendes fez escola

Ministro do STF, Luiz Fux, revela, publicamente, sua opinião no caso, "sub judice", de possíveis irregularidades financeiras na campanha da chapa Dilma-Temer. Acha que os dois são separáveis, o que livraria Michel Temer da ameaça de perder o mandato.

Ele esqueceu de explicar, sendo a responsabilidade só de Dilma Rousseff, como e por que a prestação de contas para a Justiça Eleitoral é assinada pelos dois?

Janio de Freitas - catálogo de nomes de Cunha pode favorecer sua situação

A Lava Jato sabe pouco sobre Eduardo Cunha. Há 26 anos no mercado das transações marginais, e reconhecido com justiça como um dos seus mais prolíficos, versáteis e duros operadores no setor público como no privado, não o honra a pequena lista de motivações que Sergio Moro conseguiu para ordenar sua prisão. Sua longa e destacada atividade no mercado é que faz de Eduardo Cunha um caso especial, como mais um preso sujeito à coação da cadeia praticada na Lava Jato.

A quantidade e a variedade de pessoas e casos que o novo preso poderia expor não têm similar na Lava Jato. É provável que parte dos casos esteja prescrita, para efeito judicial, mas continua sugestiva de linhas de negócios ilegais e parceiros. Quem está sujeito a citação não ficou temeroso agora, com a prisão de Cunha. Há meses era antevista a possibilidade da ordem de Moro. Daí duas questões que a prisão suscita.

Não é incomum a opinião de que o catálogo de casos e nomes denunciáveis favoreça a situação de Cunha. Se não por influências externas sobre o seu inquérito, para delimitá-lo, poderia pelo modo de ação da própria Lava Jato. Tanto porque o grupo de procuradores e policiais federais evita, até onde consegue, temas e nomes alheios à sua prioridade absoluta, que são Lula e o PT; como por ser ignorada e temida a dimensão do desarranjo que Eduardo Cunha pode causar. A ventania tóxica se estenderia até para o hemisfério norte.

A questão transborda para outra. Cunha tinha consciência do risco de prisão (dizia-se que tinha até uma valise pronta, como se fazia na ditadura). Sabia das condenações que o espreitam. Conhecia o método de coerção para obter delações, adotado na Lava Jato e recomendado por instrutores dos Estados Unidos. Apesar disso, não foi para o exterior, para um país sem tratado de extradição com o Brasil.

Eduardo Cunha é um planejador obsessivo dos próximos passos. E esperou meses pela decisão de Moro, sem qualquer ato interpretável como desejo de fuga. Deixou em mistério os motivos da atitude própria de uma pessoa despreocupada, com a vida em ordem, entre os comuns. Mas que houve motivos para estar ou mostrar-se assim, o mais adequado é não duvidar.

Moro, no entanto, incluiu risco de fuga na relação de itens para a prisão. E também a possibilidade de ruptura da ordem pública. Como e por que, nem sugeriu. No mais, só as acusações e indícios que, ao longo de mais de um ano, não pareceram ao juiz serem casos de prisão. O que de repente, sem fato novo, passaram a ser. Mas não por causa de Eduardo Cunha. Ou do seu catálogo.

Advogados de Lula contestam editorial do Estadão

Ao Jornal O Estado S.Paulo

Att. Sr. Antônio Carlos Pereira - Editor Responsável

Resposta ao Editorial "Lula quer desmoralizar o Brasil" (20/10/2016)

Senhor Editor,

O editorial publicado nesta data pelo jornal O Estado de S.Paulo chama a atenção por dois aspectos: primeiro, o indevido ataque feito a nós, advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o segundo, a clara tentativa de manipular os fatos.

Diz o editorial, em linguagem propositadamente ambígua - que evidencia reprovável desrespeito aos profissionais envolvidos -, que uma "chusma" de advogados de Lula o estaria auxiliando para "politização dos processos judiciais". A verdade, porém, é que todo o trabalho da defesa está escorado em dois pilares: fatos e técnica jurídica. Não usamos "convicções" - que o jornal confunde com "fortes evidências" - ou simulacros de legalidade.

O denso conteúdo jurídico das defesas que apresentamos em favor de Lula pode ser verificado por qualquer interessado no site  www.abemdaverdade.com.br. Essas peças destroem as frívolas acusações lançadas contra o ex-Presidente, que claramente se utilizam da técnica do lawfare, ou seja, da manipulação da lei e dos procedimentos jurídicos para usá-los como arma de guerra contra um
inimigo.
Também não é verdade que tenhamos "várias vezes" contestado a "autoridade e a isenção dos magistrados responsáveis" pelos processos envolvendo Lula. Se o jornal tivesse feito uma apuração correta, iria verificar que questionamos, com base em relevantes elementos concretos, a perda  da imparcialidade de dois magistrados. Como advogados de Lula, não estamos submetidos a qualquer "ordem", muito menos de terceiros, ao contrário do quesugere o diário (Código de Ética e Disciplina da OAB, art. 2º, inciso II;art. 11). É a lei que nos permite fazer esse questionamento, pois o art.254, I, do Código de Processo Penal estabelece que o magistrado (juiz,desembargador ou ministro) não pode julgar um "amigo íntimo" (expressão literal da lei). A suspeição, é, portanto, uma questão técnico-jurídica, que não se confunde com falta de preparo do magistrado e muito menos com qualquer desconfiança sobre a sua idoneidade.

Em relação ao juiz Sergio Moro, os atos por ele já praticados em relação a Lula falam por si. Afinal, há uma vasta sequência de fatos  - todos comprovados - que mostram que o citado agente público praticou violações claras às garantias fundamentais do ex-Presidente, como, por exemplo, ao privá-lo de sua liberdade por meio de uma condução coercitiva sem previsão legal, ao divulgar suas conversas interceptadas para alcançar fins estranhos ao processo, ao grampear 25 advogados do nosso escritório para monitorar a defesa de Lula, ao fazer 12 acusações contra nosso cliente em documento dirigido ao STF e ao participar de eventos com políticos e pré-candidatos do PSDB e de outros partidos que antagonizam Lula.

No caso do desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF4), arrolamos 6 testemunhas para demonstrar uma possível relação de amizade entre ele e o juiz Moro. Também apresentamos à Corte um livro de autoria desse desembargador, lançado em 2002, no qual ele reconhece uma crescente amizade e afinidade com o segundo - confirmando a hipótese de suspeição apresentada.

O Estado também falta com a verdade ao sugerir que tais procedimentos de suspeição foram "em vão". Como pode o jornal lançar essa sentença se o Poder Judiciário ainda não proferiu uma única decisão em qualquer dos procedimentos de suspeição envolvendo os magistrados acima? Vale dizer ainda que não houve qualquer julgamento. Aliás, o próprio desembargador do TRF4, de forma conscienciosa e correta, suspendeu o julgamento de parte dos procedimentos que seria realizado na data de ontem para melhor analisar o assunto.

Deve, ainda, ser reputada como leviana a conduta do jornal ao sugerir que Lula poderia buscar "refúgio em regime amigo". É mais uma forma de tentar esconder e desqualificar a sólida defesa jurídica de Lula. Qual seria a base do jornal para fazer essa afirmação mendaz? Nenhuma. Em relação ao tema, o Estado não trabalha com fatos e provas, confundindo-se com a própria atuação da Lava Jato em relação ao ex-Presidente.

Não podemos igualmente deixar de questionar por que o jornal fica silente em relação aos ilícitos praticados pela Lava Jato. Por que não tratou a interceptação de 25 advogados com o mesmo rigor que lida, por exemplo, com a quebra do sigilo de um jornalista?

É a publicação que está ajudando a desmoralizar o Brasil ao tentar descaracterizar o trabalho que fazemos como advogados, ao lançar falsos boatos e, ainda, ao manter-se acrítica em relação às ilegalidades patentes que estão sendo cometidas no âmbito da Operação Lava Jato.

Cristiano Zanin Martins