Mensagem da noite


Uma linda reflexão de e para vida



Ricardo Kotscho: Com Lula preso, esquerda rachada perde rumo e o bonde da história

do R7 - Em fevereiro deste ano, as fundações de estudos políticos do PT, PDT, PSOL, PCdoB e PSB lançaram um manifesto propondo a formação de uma frente de esquerda em torno de programa mínimo comum.
O tempo passou e, de lá para cá, nada aconteceu. Cada um tomou seu rumo, cada vez mais distante um do outro.
Com Lula preso há mais de cem dias e o PT se recusando a discutir qualquer outra opção de candidato comum, não havia acordo possível para a formação de uma frente.
Do outro lado, a direita, também dividida, não conseguia encontrar um candidato competitivo para enfrentar a esquerda e o outsider Jair Bolsonaro, da extrema-direita de manicômio.
Na semana passada, tudo mudou. De uma hora para outra, percebendo o perigo, a direita se uniu em torno do tucano Geraldo Alckmin, que venceu o leilão do Centrão de Michel Temer e Eduardo Cunha.

Ciro como fator de unidade petista, por Gilberto Marigoni

- Esquerda precisa se Unir contra Geraldo Alckmin/Michel Temer com PT superando sentimento anti-Ciro -
No Facebook - Algo curioso ocorre no interior do PT, diante da possibilidade cada vez maior de Lula ser arbitrariamente impedido de participar das eleições. Não há candidato interno capaz de unir a agremiação.
O PT sem Lula pode sofrer um processo de peemedebização, através da formação de blocos regionais com interesses próprios. Sem programa claro - os ziguezague político dos 13 anos de governo comprovam a assertiva - os diversos agrupamentos exibem tênue identidade entre si..
A coesão de momento é um ruidoso movimento anti-Ciro Gomes, um considerável fator de unidade interna.
Ciro funciona mais ou menos como um "outro" que faz as vezes de ameaça externa para reavivar o patriotismo de partido e viabilizar um candidato com carteirinha do PT. Qualquer que seja ele.
O pedetista hoje é um grande espantalho para a militância petista. Por isso, o anticirismo é vital nessa lógica.
O movimento é particularmente grave quando o grande capital consolida Geraldo Alckmin como seu candidato preferencial, tendendo a deixar Bolsonaro à margem da disputa.
É hora de a esquerda ativar suas baterias contra o ex-governador de São Paulo e o Centrão, ou a "turma do Eduardo Cunha", como bem define Guilherme Boulos. Bater em quem está ao lado é desastre anunciado a pouco mais de dois meses das eleições.
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Caricatura do dia

Philip Seymour Hoffman foi um premiado ator e diretor teatral norte-americano. Iniciou sua carreira na televisão, em 1991, e no ano seguinte começou a aparecer no cinema.
Nascimento: 23 de julho de 1967, Fairport, Nova Iorque, EUA
Falecimento: 2 de fevereiro de 2014, West Village, Nova Iorque, EUA
Causa da morte: Intoxicação por Combinação de Remédios
Prêmios: Oscar de Melhor Ator

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A importância do cafezinho


Dois leões fugiram do Jardim Zoológico. Na fuga, cada um tomou um rumo diferente. Um dos leões foi para as matas e o outro foi para o centro da cidade. Procuraram os leões por todo o lado, mas ninguém os encontrou.  Depois de um mês, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas. Voltou magro, faminto, alquebrado. Assim, o leão foi reconduzido a sua jaula. Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrou do leão que fugira para o centro da cidade, quando um dia, o bicho foi recapturado. E voltou ao Jardim Zoológico gordo, sadio, vendendo saúde. Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao colega:


- Como é que conseguiste ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com saúde? Eu, que fugi para a mata, tive que voltar, porque quase não encontrava o que comer. O outro leão então explicou:

- Se escondi numa repartição pública. Todo dia comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.
- E por que voltaste então para cá, acabou os funcionários?

- Nada disso. Funcionário público é coisa que nunca se acaba. É que eu cometi um erro gravíssimo. Tinha comido o diretor geral, dois superintendentes, cinco adjuntos, três coordenadores, dez assessores, doze chefes de seção, quinze chefes de divisão, várias secretárias, dezenas de funcionários e ninguém deu por falta deles! Mas, no dia em que eu comi o cara que servia o cafezinho... Estraguei tudo!

Desemprego em alta

Uai, mas não era só tira a Dilma 
E aprovar a reforma trabalhista
Para chover emprego?

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Programa de governo do PT 2019 a 2022

- Fernando Haddad, coordenador do programa de governo do partido ironiza críticas que dizem ser muito radicais, e afirma que tem duas propostas "radicalmente liberais": Regular a mídia e reduzir o spread bancário -. Leia abaixo algumas das propostas.
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AGÊNCIAS REGULADORAS
A propósito das agências reguladoras, Haddad afirmou que elas estão "capturadas" desde o governo FHC e que o PT tem a proposta de inserir um "controle externo" com mais força, com participação da sociedade. 
"Isso vale para CNJ (Conselho Nacional de Justiça), conselho do Ministério Público, para polícias. Há pouca permeabilidade na composição dos órgãos de controle. Então é ter controles externos que garantam a não-captura das agências. A não-captura precisa ser assegurada por uma nova governança. O Brasil tem o hábito de colocar os iguais para se vigiar. Mão funciona. O interesse corporativo prevalece sobre os outros."
SPREAD BANCÁRIO
Na economia, Haddad afirmou que a segunda ideia radicalmente liberal é acabar com o "patrimonialismo oligopólico" que faz com que "os spreads no Brasil sejam talvez o segundo maior do mundo. E spreads altos, como sabemos, espoliam os mais pobres."
Segundo Haddad, a ideia é "estabelecer um sistema de prêmios e punições" para os bancos: aquele que se adequar às regras terão vantagens tributárias e aquele que não, terá desvantagem. "Ou seja: vamos introduzir o conceito de progressividade nos tributos para induzir comportamentos desejáveis no sistema bancário."
REFORMA TRIBUTÁRIA, IMPOSTO SOBRE HERANÇA