Parvoíce de padaria

Quem é que nunca trabalhou?
A tribuna do bolsonarista padrão é o balcão da padaria. É ali que ele repete as teses de ódio expressas nos memes do MBL, destila seus preconceitos e propaga as fake news que recebe pelo WhatsApp familiar.
Esta manhã, o grisalho papudo, camiseta regata da Adidas e chinelinhos Rider, discursava para seus iguais, elogiando a postagem golden shower do presidente miliciano. “Carnaval virou coisa de viado pervertido”, bradou.
Fui escolher os meus pães e tentar me alienar das fanfarronices. De repente, ouvi a velha frase manjada: “esse Lula nunca trabalhou”. E o magrela de cara quadrada emendou: “e ainda cortou o dedo para se aposentar”.
Desta vez, nem esbocei intervenção. Em outras ocasiões, já puxei a espada do verbo e travei duelo de fala com os coxinhas diante da estufa das coxinhas.
Engoli o absurdo e tentei me convencer de que não adianta gastar energia com essa malta de seguidores do miliciano.
No entanto, no caminho para casa, repassei mentalmente os currículos de Lula e do atual mandatário.
Lula ainda não tinha perdido a primeira dentição quando foi às ruas vender guloseimas. Um tempo mais e ganhava seus trocos como engraxate.
Aos 12 anos, arranjou emprego em uma tinturaria. Aos 14 anos, já tinha carteira assinada nos Armazéns Gerais Colúmbia.
Se bem me lembro da lição dos tempos de assessoria, depois vieram a Fábrica de Parafusos Marte, a Metalúrgica Independência, a Fris do Ipiranga e a Vilares.
E o Pernambucano nunca se aposentou em razão do acidente que lhe roubou um dedo.
Depois disso, veio o sindicato, o partido e o Instituto Lula. Quem conhece o barbudo sabe que ele tem essa obsessão pelo fazer, pelo conhecer, pela prestação do serviço.
O tempo todo discute, lê, estuda, planeja, organiza, decide, mobiliza e transforma o mundo que se mede ao alcance de seu braço ou de seu carisma.
Por este motivo, em oito anos na presidência, reduziu sensivelmente o número de miseráveis, tirou o país do Mapa da Fome, gerou empregos, multiplicou o PIB e o salário mínimo, eletrificou a casa do agricultor, viabilizou o Pré-Sal, deu asas à Polícia Federal, construiu universidades, ampliou o SUS e promoveu inúmeras políticas inclusivas.
Agora, penso no outro, o presidente de chinelas… Foi desde sempre um militar inquieto e abobado, péssimo no cumprimento de suas tarefas.
Vendia bolsas confeccionadas com os paraquedas da corporação. Depois, planejou botar bombas no banheiro do quartel e explodir a adutora do Guandu.
Não, no exército, o elemento nunca serviu à população. Não lutou em guerra alguma, não prendeu traficantes na fronteira, tampouco participou de algum serviço de socorro ou de benefício humanitário.
Reformou-se e foi dormir por quase trinta anos na cama parlamentar, período no qual aprovou somente dois projetos.
Como presidente é um “desfazedor” há 65 dias. Onde mexe, a coisa piora. Bagunça. Desorganiza. Arrebenta. Retira direitos. Suprime projetos de inclusão. Pulveriza de forma acelerada o que restou das políticas que visavam a garantir o bem-estar social.
Resumo da ópera? Lula é, sim, um notável e incansável trabalhador, que fez muito por você, caro leitor.
O outro, na verdade, só comeu o dinheiro do seu imposto. Este, pelo rigor da análise, sempre se esquivou do trabalho.
Esta é a história, pura e simples. O resto é pantomima de padaria.

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Um dia qualquer

- Senhor presidente, estes são seusos novos assessores para postagens na redes sociais. Por favor, antes de publicar qualquer coisa, mostre para eles.

Carlos Ruas
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Janio de Freitas: a escolha ideal











O autor da cafajestada tuiteira que escandaliza as classes média e rica tem todo o direito de estar, ele sim, com o mais sincero e legítimo espanto. Tudo o que levou a fazê-lo presidente veio de iniciativas dessas classes. Não por acaso, as mais informadas sobre o tenentinho desordeiro, depois sobre o político estadual defensor da ditadura e das milícias, e logo o deputado federal que enriqueceu as características precedentes com duas demonstrações: a ignorância sem brechas e uma variedade insuperável de atos qualificáveis, desde sempre, como molecagens, cafajestices, falta de decoro e de educação, e daí para pior. Não cabe falar em deselegância, em falta de sensibilidade.
Foram três décadas de exibição, bem exposta ao país pela comunicação em geral, até que esse personagem anômalo se revelasse o ideal, político e de governante, das classes média e rica para o Brasil. O direitismo de Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles foi desprezado como insignificância diante do “mito”.

Clip da Campanha Internacional Lula Livre



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Artigo do dia










Se murar vira hospício, se cobrir vira circo. É impressionante o que o aventureirismo político produziu no país. É o desmonte institucional completo, com a presidência entregue a uma família desequilibrada e com requintes de depravação.
Parece uma cena de “Deliverance” – ou “Amargo Pesadelo” -, o filme que mostra os amigos que querem se aventurar em uma corredeira e acabam se deparando com uma família de interioranos, isolados da civilização, desequilibrados e violentos contra qualquer “estrangeiro”.
É a síntese do Brasil, depois da aventura inconsequente do impeachment, encontrando no final das corredeiras a família alucinada dos Bolsonaro. Durante anos se esconderam em suas bolhas de WhatsApp, da mesma maneira que os interioranos do filme. De repente, por conta da “refundação” do país, os lunáticos assumem o comando, e se vê todos os cidadãos urbanos cercados por vultos toscos, moralmente desequilibrados, violentos, com ligações nebulosas com o submundo.

Mensagem do dia



Quem quer faz o bem não olha a quem ou a qual, se é ser humano ou animal.
Lembre disso.
Bom dia!

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Desenhando, pra todo mundo entender


Pinçado da página do Facebook do chargista Aroeira
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