Governo popular, por Miguel Paiva

Povo brasileiro
essa reforma da previdência
foi feita exclusivamente pensando 
no bem-estar de todos vocês

Os bagaços: de Cunha a Moro, por Emiliano José


Fico só olhando, de soslaio...
Quando há crise de hegemonia, a volatilidade das figuras políticas dominantes é altíssima. Os de cima navegam entre o pragmatismo e a traição.
Valer-se de figuras sem princípios para atingir objetivos de um preciso instante torna-se regra.
Aliada a outra: descartá-las logo que percam utilidade.

Eduardo Cunha foi essencial no golpe contra Dilma, preservado enquanto conduzia-o “com Supremo e tudo”, no dizer jucaniano.
Alcançado o objetivo, é jogado à masmorra, como traste imprestável.
E que não fizesse delação.
Michel Temer, alçado à presidência pelo mesmo golpe, prepara o terreno para o sucessor, com um pacote de maldades consistente contra os trabalhadores.
Terminado o serviço, voam no pescoço dele.
Não serve mais pra nada.
Como não atrapalha, pode esperar em liberdade – e é da lei que assim seja.
Como Aécio Neves, tão útil na preparação do golpe.
Como Serra, escanteado, mas livre.
Como FHC, um pavão sem serventia atualmente, não obstante aliado da Inquisição.
São laranjas maduras.
O próximo tirou licença por alguns dias.
É laranja madura na beira da estrada.
Prestou inimitável serviço à destruição dos pilares da Nação.
Prendeu o principal líder de nossa história, Lula, que ganharia a eleição com um pé nas costas.
Combinou ganhar em troca a Justiça.
Tudo que é sólido desmancha no ar.
Não tem mais nenhuma utilidade.
Atrapalha, quem diria, até o governo da extrema-direita, morou?
O jornalismo sério o interceptou – desculpem o trocadilho.
Moro será uma triste lembrança na história.
Um bagaço.
Lula, ainda preso, eterna presença no coração do nosso povo.

A nova velha política

Velha política
Nova política


Bob Fernandes: a reforma da previdência nos salvará

Ruralistas levaram R$ 84 bilhões. Deputados levaram R$ 5,6 bilhões.
Igrejas evangélicas devem, pelo menos, 660 milhões e Bolsonaro já prometeu “afrouxar” as obrigações fiscais para igrejas e indicar para o Supremo um ministro “terrivelmente evangélico”. 28 mil ricos devem, cada um, mais de R$ 15 milhões à União e FGTS, numa dívida de R$ 1 trilhão, 368 milhões. Mas fiquem tranquilos, a Reforma da Previdência nos salvará.
Bob Fernandes

Reforma da previdência

As (novas) velhas práticas políticas: um futuro de práticas arcaicas (re)formador de estruturas.

É muito importante, antes de mais nada, compreendermos os fatores centrais dessa docilidade brasileira compreendida na sua dinamicidade da formação social, como também do modo de produção e reprodução das relações sociais não sendo "neutras" a essa naturalização e manutenção do status quo.

Ontem, tivemos o desprazer de acompanhar o show de horrores (não muito diferente) do enterro (porque o velório fora na reforma trabalhista) da classe trabalhadora no processo da riqueza socialmente produzida, na dinâmica, das quais sempre tivemos ciência da especulação concreta: o congresso aliado com o senado, com o supremo e a presidência da república, ou nas palavras de Romero Jucá "do grande acordo nacional, com o supremo com tudo" e todos bestializados, e não entendo o motivo da surpresa da classe trabalhadora.

O acordão de 379 votos a favor da reforma e 131 contra, elucidam a "velha política" retroalimentada da prática de liberação de 178 milhões em emendas para os parlamentares tão criticada e reproduzida pelo atual governo, que se beneficia das práticas e pátina na sua teoria.

Entretanto, o que podemos esperar desse futuro tão promissor e vantajoso com a terceização das atividades meio e fim, da reforma trabalhista, e agora, no complemento de ambas a reforma trabalhista, se não, a radicalização da pobreza e o entreguismo da força de trabalho ao capital estrangeiro?

Quais as soluções podemos pensar frente a isso?
Será que as práticas da "esquerda conciliadora" se esgotou? (O que reitero fortemente) e o que esperar da classe que vive do trabalho? Podemos nos pensar na radicalização da luta de classes como o único viés frente as barbáries.

"Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grande novidades", e de fato, l tempo não para porque ele ainda é o mesmo...

Cristopher Sad

General Heleno (GSI) diz ter vergonha de ganhar 19 mil reais

Eu tenho vergonha é que meu suado dinheirinho (impostos) sirva para pagar um desqualificado dessa laia

Conversa Afiada - Olá tudo bem?

PAULO HENRIQUE AMORIM, PRESENTE!

Olá, tudo bem?
Não, não, não! Não seja imbecil, Orlando!
Evidentemente que não!

É claro que eu queria que isso fosse só uma Conversa Fiada.
Não foi.
Como eu pensei que era fake.
Não é.

Lamentavelmente é New.

E a dor reside na novidade, a triste e trágica novidade.
A dor de pedra estava na verdade.
Na estúpida verdade.

Na perda irreparável e insubstituível do maior jornalista brasileiro.

Paulo Henrique Amorim nos deixa quando o país não poderia ficar sem ele.
Sem a irretocável inteligência e a flamejante coragem dele.
A democracia, a liberdade de expressão e o estado de direito não podiam prescindir de seu pensamento cirúrgico e visão aguçada dos fatos.

Num momento monumentalmente difícil para a nação quando os ódios conspiram contra a verdade.

Acho que foi direto de uma redação vazia, às escuras e órfã do sol de suas palavras.
Magistrais.
Brilhantes.

Foi de lá que me ligou o Vasco.
Para contar de sua partida.
Mas para me fazer lembrar também de que quando parte um homem, um grande homem – e PAULO HENRIQUE AMORIM é esse homem – fica o seu legado.
Ficam os frutos maturados de seus ensinamentos e o valor das verdades que defendeu.
A imensurável herança imaterial daquilo que ninguém, nem o tempo, nem as ideologias conseguirão apagar.

Me conta o Vasco, pois, que PHA deixa o seu exemplo de jornalista pautado pelos princípios da ética e da retidão.
Sim, Paulo Henrique foi um homem reto.
Problematizador, mas digno e honrado.

Seu símbolo maior era a coragem.

A Civilização Ocidental perde o seu melhor. O âncora dos âncoras do melhor jornalismo!

Isso é do conhecimento até do “reino mineral”, diria o Mino Carta. Que dirá o PIG!

A forma, o jeito de falar e dizer o que telespectador e leitor precisavam ouvir.
De uma forma única.
Incisivamente.
Admiravelmente.
Cativante.

PHA nos deixa irremediavelmente sós.

Com seu Conversa Afiada, Deus revela em uma Rádio-Navalha, numa edição nada especialíssima, que você vai, afiando os astros a caminho do Céu para que eles e o Universo se alinhem às ideias de liberdade nossa e do Brasil.

Siga em paz, PHA.

Por aqui vai ficando este grande fã, discípulo, aprendiz, admirador e seu amigo-navegante.

Porque navegar vai ser preciso...
Boa viagem e Boa Sorte!

(OrlandoDeSouza)