"...O debate público continua preso a uma visão punitiva anacrônica, de pretender punir empresas, em lugar de punir as pessoas jurídicas que cometeram crime.
Trata-se de debate dos mais relevantes para a recuperação da economia, mas que acabou sendo açambarcado por procuradores e delegados federais que, pela falta de ação das respectivas cúpulas, acabaram assumindo o protagonismo do debate.
Não se vá exigir de um procurador da Lava Jato que assuma responsabilidade institucionais sobre seus atos. A única missão que responde é prender e punir. Desdobramentos maiores – como queda de 2 pontos percentuais do PIB por conta da operação – não são do seu departamento." Continua>>>
Comentário do leitor Frederico Firmo:
- Vou me dar o benefício de duvidar se o objetivo é de fato prender e punir. As penas propostas para pessoas físicas, que delatam , o que querem, não me parecem ser punição alguma ( 283 anos viraram 7). Já para outros, que não delatam, procuradores chegaram a falar em 1000 anos. O discurso do procurador é deverás contraditório, com a aplicação de penas leves para criminosos confessos, mas punições destrutivas para as empresas. Ao mesmo tempo , de forma também contraditória, personalizam a Odebrecht em Marcelo Odebrecht, confundindo pessoa física e jurídica. Não me parece que tiveram a mesma postura com as firmas estrangeiras. Me desculpe Nassif mas conhecendo a falta de apetência com relação a certas delações e a apetência com relação a outras, além de discursos claramente políticos fortalecem minha dúvida quanto a sua colocação de que " a única missão é prender e punir". O ministério publico por exemplo não tem mostrado nenhuma apetência em prender e punir os sonegadores suspeitos na Operação Zelotes. Nesta operação me parece que a missão "é imputar culpa a determinadas pessoas que sequer eram objeto da operação". Se a missão fosse apurar prender e punir não seria tão meticulosamente midiática.