Analistas financeiros vão passar o fim de semana perguntando-se nos travesseiros: até onde vai a alta da bolsa? Até onde vai a baixa do dólar? Única certeza: bolsa e dólar, aqui no Brasil, já estão descolados da crise lá fora.
Na crise, a bolsa despencou de 73 mil pontos para 29 mil pontos e já flutua em torno dos 53 mil - recuperação de mais de 70% sobre o fundo do poço, em 27 de outubro.
O dólar, na crise, disparou de R$ 1,55 para R$ 2,50 e já flutua abaixo de R$ 2,10.
O que não falta é explicação para os dois fenômenos - todos eles convergindo para o mesmo delta: tanto quando a bolsa, o câmbio flutuante também é um mercado arisco, volátil, tipo bolsa, regido pela lei da oferta e da procura. Nos bons sinais vitais da economia brasileira no presente e no futuro, os investidores nacionais e estrangeiros voltam correndo para a bolsa, que estava em baixa, desvalorizando o dólar, que estava no alto e em alta. Em resumo, para a bolsa brasileira, a crise global já passou e já foi tarde.
A grande maioria dos investidores pessoas físicas, pequenos ou não, não caiu fora quando ela despencou. Ao contrário, cresceu em mais de 20% desde janeiro o número de participantes do mercado: agora, temos quase 1 milhão de brasileiros na Bovespa, um terço dos quais pelo atalho dos fundos FGTS da Petrobras e da Vale. Valeu.
Nesta sexta, 8 de maio, a Bolsa de São Paulo acaba de completar nove semanas consecutivas de valorização, algo que não ocorria havia mais de três anos. No dia, 2,7%, na semana, 8,9% e no ano, 36,8%.
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