Uma matéria publicada ontem no Valor Econômico, assinada pelo repórter Danilo Fariello, de Brasília, informando que o Presidente Lula solicitou ao Ministério do Planejamento um estudo de avaliação da viabilidade de que o governo, através de uma empresa estatal, cuidasse de toda a rede de uma rede de conexão de dados no país, desde a infraestrutura e até a oferta até o usuário final ou que, pelo menos, partilhasse esta tarefa com outros provedores de acesso, teles ou não, sobretudo nas áreas menos rentáveis.
O projeto apresentado anteriormente pelo Planejamento previa que o Governo cuidasse da rede, mas deixasse para teles e outras empresas a distribuição domiciliar da conexão, o que os técnicos chamam de “última milha”.
Um amigo aventou a hipótese de o presidente esteja preocupado com uma eventual “operação-tartaruga” das teles em fazer a distribuição final da rede nacional de banda larga, que poderia “desmontar” o lucrativo e ineficaz serviço que prestam hoje, por ter de oferecer um produto mais barato e melhor. Isso, disse-me ele, poderia frustrar o plano de Lula de lançar o programa de inclusão digital ainda em seu mandato.
Um sinal deste interesse do presidente foi o enviar o próprio o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, foi ao Rio, na semana passada. Adams conseguiu que, na sexta-feira, o Desembargador Sidney Hartung desse uma liminar devolvendo a posse ao Governo, através de Furnas, das redes de fibra ótica da falida Eletronet, cujo processo se arrasta na Justiça Fluminense. uma decisão do Tribunal de Justiça mandou devolver às empresas do setor elétrico os cabos . No entanto, até a semana passada, a juíza Ellen Garcia Mesquita Lobato, da 5ª Vara Empresarial do TJ do Rio ainda não havia formalizado a decisão e a infraestrutura, continuava em posse da massa falida. “Houve uma inércia insustentável da juíza”, disse Adams ao Valor. E, segundo o jornal, disse que a União fará o que for necessário(grifo meu) para manter a rede da Eletronet liberada para o governo.
Posto aí em cima o vídeo da fala de Lula, na segunda-feira, sobre o plano de banda larga, na abertura da Conferência Nacional de Comunicação. Foi retirado do ótimo site Convergência Digital, onde há muita informação sobre o tema. Inclusive a de que a Claro e e a TIM Brasil, Rogério Takayanagi repetiram que não têm condições de fechar o pacote de oferta da banda larga popular, com a isenção do ICMS, proposta pelo governo de São Paulo pelo valor proposto – já caro – de R$30.
A banda larga de Serra foi a Batalha de Itararé cibernética do governador paulista.
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