Como criar fatos políticos negativos e ainda esconder pesquisas, além de deslegitimá-las.
Esse é o roteiro seguido pela mídia nas últimas duas semanas com relação às sondagens eleitorais dos institutos Vox Populi e Sensus.
O roteiro? Primeiro não divulgar ou fazê-lo sem destaque, minimizando.
Depois dar espaço à tentativa grosseira e burlesca da oposição de acusar os institutos de manipulação ou de erros crassos na realização dos levantamentos e até mesmo de crime eleitoral.
Judicializam e criminalizam, assim, também as pesquisas.
Só o objetivo continua o mesmo: esconder a queda constante do candidato a presidente pela oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS) ou o fato de sua candidatura estar empacada, enquanto Dilma Roussef (governo-PT-partidos aliados) não para de crescer.
Mas, atenção: o crescimento da Dilma nas pesquisas não significa que ela já venceu ou que a eleição está ganha.
Ainda nem começamos a campanha propriamente dita que só se iniciará depois da Copa do Mundo na África do Sul (a partir de 10 de junho) e com a propaganda do horário eleitoral gratuito no rádio e TV e os debates.
O que vemos agora é apenas uma pré-campanha com ocupação dos espaços nos meios de comunicação pelos candidatos; a interlocução destes com os formadores de opinião;
sua inserção nos setores organizados da sociedade; a montagem das alianças e palanques estaduais;
a preparação das candidaturas proporcionais e a montagem das chapas;
as viagens dos candidatos pelos Estados; e tudo o mais que diga respeito à própria montagem das campanhas e sua organização.
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