CIRILO JUNIOR
A indústria começou o ano com o pé no acelerador, com recorde de produção para um trimestre e crescimento generalizado entre os setores. De janeiro a março, houve avanço de 18,1% em relação a igual período em 2009. Nessa comparação, trata-se do mais significativo avanço para um período acumulado de três meses, desde o início da série histórica, em 1991, da PIM (Pesquisa Industrial Mensal), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Produção industrial sobe 2,8% em março e quase zera perdas com crise
Emprego industrial cresce abaixo da média e cede espaço a serviços
Indústria ainda tem espaço para aumentar produção, diz Fiesp
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O avanço de 19,7% observado no mês de março, também em relação a período correspondente no ano anterior, foi o maior registrado desde abril de 1991. Os bons resultados são corroborados pelo fato de a indústria ter praticamente zerado as perdas geradas com a crise econômica.
A produção industrial, ante os números de setembro de 2008 –mês que marcou o agravamento da turbulência– registra variação negativa de apenas 0,1%, e já se aproxima do patamar recorde verificado pouco antes da crise.
Para o responsável pela PIM, André Macedo, o resultado de março, que registrou ainda avanço de 2,8% ante fevereiro, mostra uma expansão mais disseminada da indústria, ainda liderada pelos setores ligados ao mercado interno.
“O início de 2010 confirma o movimento de recuperação da indústria e o aumento no ritmo da atividade. Há um perfil generalizado do crescimento, com a produção bem próxima ao patamar de 2008″, afirmou.
Na comparação com março de 2009, 76,7% dos produtos avaliados apresentaram expansão, nível recorde para o chamado índice de difusão, que começou a ser medido em janeiro de 2003. Dos 27 segmentos analisados, 25 se elevaram. Foi o melhor resultado desde agosto de 2004, quando 26 setores registraram aumento da produção.
O desempenho da indústria em março foi puxado pelo segmento de bens de capital, que teve avanço de 3% sobre fevereiro, 12ª consecutiva nessa comparação. Em relação a igual período no ano anterior, a alta de 38,4% foi a maior variação observada desde março de 2004.
“O resultado de bens de capital mostra uma retomada dos investimentos, que foi ajudada pelas desonerações fiscais concedidas pelo governo”, comentou Macedo.
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