Petizes da Folha ruminam insonia e sudoriase noturna; algo os inquieta nas noites maldormidas, quando a realidade bate pesado e não há Datafolha, nem 'yes men' que sancione aquilo que as manchetes antecipam com ansiosa disciplina diária: a vitória demotucana em outubro.
Há fendas insondáveis entre o Brasil esfericamente maniqueísta estampado no órgão de circulação interna do clube tucano e a realidade além-Higienópolis.
Frêmitos nervosos conectam a suspeita ao medo e este ao cinismo; a vergonha se esconde num canto qualquer da gaveta ao lado do manual de redação, nasce a manchete símbolo da manipulação midiática da semana:
Não, Lula não pretende criar uma bomba demográfica de HIV no coração da América Latina; não é tão fácil assim como os petizes sugerem diariamente aos leitores do clube.
O governo, na verdade, apenas orienta casais portadores de vírus, que pretendam ter filhos, e não têm acesso a clínicas de reprodução, a fazê-lo com maior segurança e responsabilidade.
É o oposto do que sugere a novilíngua criada pelo veículo da família Frias que apenas jogou mais um pedaço de carne podre para alimentar o ódio da classe média semi-culta e semi-informada que o jornal metaboliza diariamente.
Os petizes das Barão de Limeira sabem disso; o texto do Ministério da Saúde é irretocável. Mas a sudoriase noturna incomoda. Não há desodorante para o medo da derrota que pode estar oculta por trás dos números, digamos, excessivamente confortáveis do Datafolha, bem como da coerência irretocável impressa diariamente no noticioso do 'clube'. Tudo pode ser apenas uma rastejante fraude histórica. Como a manchete da edição de 04-05.
Aguardemos os comentários da nova ombudsman do jornal, Suzana Singer.
Folha, uma credibilidade em ruína; Carta Maior
Nenhum comentário:
Postar um comentário