Por Carlos Chagas
Ponto para o Lula. Em Manaus, esta semana, definiu o que deve ser a greve: uma guerra, não um período de férias. Para ele, o objetivo das paralisações é botar medo no governo ou no patrão, quer dizer, conquistar as reivindicações através da mobilização. Lembrou que nos seus tempos de sindicalista, no ABC, costumava reunir cem mil operários na rua, em manifestações permanentes, comícios e passeatas.
As coisas estão diferentes, hoje, acrescentou, porque os grevistas até contratam pessoas para colar cartazes e levar faixas, exigindo o pagamento dos dias parados, uma aberração.
Poderia o Lula ter acrescentado que mesmo causando prejuízos para a população, greve não se faz contra o povo, especialmente as camadas menos favorecidas. Existem categorias impedidas até constitucionalmente de paralisar serviços públicos, obrigadas a manter um percentual de trabalhadores em suas funções. Tome-se os transportes coletivos, ônibus, metrô e trens. Quando param, sofre o cidadão que não tem carro. Ou o fornecimento de energia, atingindo hospitais. Para não falar na segurança pública, ou seja, nas greves de policiais. Podem ter razão ao exigir melhores salários e condições de trabalho, mas optaram por essas profissões sabendo das consequências da suspensão de suas atividades.
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