Durante evento patrocinado pela campanha tucademo para celebrar o Dia do
Professor, em São Paulo, Serra atacou enfaticamente o Enem.
“O Enem tem que ser refeito, tudo. Porque a utilização política, propagandística, acabou arruinando o Enem. Já nem falo do uso eleitoral disso, de correspondências aproveitadas com dados cadastrais do Enem, mas digo a substância mesmo, a falta de planejamento”.
Serra classificou o Enem como “síntese da desmoralização” do ensino médio lembrando que dados pessoais de inscritos no exame vazaram na internet em agosto deste ano.
”Hoje isso acabou virando instrumento de perigo para estudantes universitários que tiveram o cadastro de suas vidas exposto à manipulação de bandidos”, disse o candidato.
O Ministério da Educação reagiu classificando as declarações de Serra como levianas e criticando o candidato por “partidarizar” o debate.
“O novo Enem foi elogiado por parlamentares de diversos partidos, inclusive do PSDB, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal. É lastimável que o candidato agora se valha de um crime cometido contra o estado e apurado pela Polícia Federal para partidarizar o debate sobre educação”, diz a nota do ministério.
Para o MEC, Serra “quer acabar com o novo Enem”.
A nota ainda critica o principal aliado do PSDB, o DEM, que há seis anos tenta obter do Supremo Tribunal Federal a declaração de inconstitucionalidade do ProUni, programa de bolsa de estudos pagas pelo governo para estudantes universitários em instituições privadas. O Enem, criado pelo Governo FHC em 1998, é a principal forma de entrada no ProUni. O exame avalia o desempenho de estudantes das redes pública e privada que concluíram o ensino médio no ano da prova ou em anos anteriores. E já substitui o vestibular para a distribuição de aproximadamente 92.000 vagas de universidades federais. As provas deste ano do Enem estão marcadas para daqui a 20 dias.
No encontro tucano “comemorativo” ao Dia do Professor, José Serra reservou ataque também à Apeoesp, o sindicato do magistério do estado de São Paulo, que tem um histórico de greves e confrontos com os governos tucanos. Serra apontou “aparelhamento político” no sindicalismo da educação paulista. Em março deste ano, pouco antes de renunciar ao governo paulista para disputar a eleição presidencial, Serra mobilizou tropas policiais para reprimir manifestações de professores em greve. Uma batalha campal desencadeada pela PM contra os grevistas, nas proximidades da sede do governo estadual, foi lembrada ontem pela presidenciável do PT, Dilma Rousseff, ao participar, também em São Paulo, de um encontro com profissionais da educação na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.
A petista defendeu a valorização dos educadores.
“Ficar falando só em qualidade da educação de nada adianta sem que você crie as condições para que socialmente se valorize o professor. E uma dessas questões é salário decente. É plano de carreira, é ter política de formação contínua. E uma outra questão que é fundamental, porque nenhum ser humano se move sem incentivo, é respeito e diálogo. Respeito e diálogo, e não cassetete”
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