[...] Os caminhos distintos de Brasil e China
A viagem de Dilma Rousseff à China é um bom momento para se analisar o resultado de erros e acertos históricos.
Em 1994, China e Brasil eram as bolas da vez nas grandes transformações mundiais. Ambos países continentais, com grande população – a da China imensamente maior -, prontas para construir um mercado de consumo de massa, em um momento de mudanças estruturais no modo de produção global. Os avanços da telemática e da logística tinham produzido uma revolução no modo de produção das multinacionais, acabando com o modelo histórico de cadeia de fornecedores próximos ao fabricante final.
Havia uma realocação de unidades industriais em alguns continentes, recorrendo a fornecedores globais.
Na nova geografia econômica, Brasil e China se apresentavam como candidatos naturais a países-sede das unidades montadoras finais. Principalmente depois que, com a estabilidade econômica trazida pelo Real, um exército de novos consumidores entrou no mercado.
Ao Brasil estava reservado o atendimento dos mercados latino-americano e africano. Além de se constituir em base exportadora para os países do norte.
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