FMI enfia pescoço na terra
Embalado pela realização de sua reunião de primavera - iniciada 6ª feira pp. - O FMI passou a divulgar um relatório ou uma conclusão por dia desde a semana passada. Os julgamentos, avaliações e conclusões são os mais ortodoxas, estapafúrdios e absurdos possíveis. No tocante aos emergentes, sempre catastróficos quanto a inflação, déficits, crescimento...
No fim de semana, anunciou que o crescimento da inflação na China e na Índia, o superaquecimento dos mercados emergentes e a alta dos preços das commodities ameaçam à recuperação econômica global.
Quer dizer, o Fundo continua com o pescoço enfiado na terra. Ele busca as causas da inflação em suas conseqüências. Ora, as causas estão nos Estados Unidos, na política monetária expansionista norte-americana, na enxurrada de dólar no mundo e na sua desvalorização contínua e sem limites.
A desaceleração mundial não está, e nem estará, em supostas medidas fiscais e monetárias da China e da Índia, mas nestas políticas de Washington e na política deliberada e radical da Europa de corte de gastos, salários, pensões e aumento de impostos para deter a insolvência que ameaça toda a União Européia (UE) - pior, até mesmo sua própria existência como bloco econômico.
De pouco, ou nada, adianta, portanto, o anúncio feito pelo FMI, de que vai avaliar até que ponto os apertos fiscais feitos na Índia e na China podem causar desequilíbrio no comércio mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário