Dois pesos, duas medidas
Ontem O Estado de São Paulo informou que o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, acusou a Prefeitura de São Paulo de ser responsável pelo vazamento dos dados da empresa de consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci Projeto, a Projeto.
“Temos informações de que dados do Imposto sobre Serviço (ISS) da empresa de Palocci foram obtidos na Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo”, afirmou Carvalho ao jornal.
Ainda ontem o vereador José Américo (PT-SP) protocolou requerimento na Câmara Municipal de São Paulo dirigido ao secretário municipal de Finanças, Mauro Ricardo, solicitando a relação dos nomes de servidores municipais que têm autorização de acesso ao sigilo fiscal de contribuintes do Imposto Sobre Serviços (ISS). "São três perguntas (que estão em pauta): quem pode acessar (o sistema), quem foi acessado nos últimos seis meses e se o Mauro Ricardo tem possibilidade de acessar sozinho", resumiu ele.
Interessante o tratamento dado pela imprensa no caso do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. A mídia se comporta como se não houvesse no país o sigilo sobre as movimentações financeiras pessoais, um direito constitucional. O caso me faz lembrar a ênfase dada por esta mesma mídia à defesa dos tucanos durante a campanha eleitoral em 2010, quando os dados do Imposto de Renda dos tucanos vieram a público. Na ocasião, não faltou quem bradasse o direito sagrado à privacidade. Mas, pelo visto, ele é prerrogativa apenas de alguns.
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