O udenismo está de volta
Apela, de novo, para o de sempre: o denuncismo desenfreado, buscando criar um clima de “mar de lama” com o qual esconde as principais questões políticas e econômicas do país, como a superação e o enfrentamento corretos e adequados da crise internacional conquistados pelo governo, de acordo com os nossos interesses nacionais.
Esconde, assim, os extraordinários investimentos públicos e privados na infra-estrutura do país. Sumiu, também, com a discussão e o debate sobre reforma política e até mesmo sobre o Código Florestal, cuja tramitação e votação pela Câmara ela tanto explorou de acordo com os seus interesses na linha conservadora.
Imprensa retoma o denuncismo desenfreado
Dessa forma a imprensa chegou ao estágio que realmente queria: limita-se, agora, apenas e tão somente, a páginas e páginas sobre todo tipo de denúncia, comprovada ou não, verdadeira ou não. Para tanto, esconde até mesmo a ação dos próprios órgãos de controle e fiscalização do Estado brasileiro, aliás, origem da maioria das denúncias que a ela chegam e que devem e precisam ser efetivamente investigadas e, se comprovadas, seus responsáveis punidos.
Mas, não vamos nos iludir. O objetivo daqueles que transformam de novo a questão ética e moral no centro de suas ações não é este, não é a luta contra a corrupção, mas sim o governo Dilma e o PT.
A UDN, existente no país de 1945 a 1965, é considerada pelos analistas o mais reacionário e golpista dos partidos na história brasileira. Com seu denuncismo desenfreado, mesmo que infundado muitas vezes, dizia haver um "mar de lama" no governo Getúlio Vargas, levando o presidente ao suicídio em 1954. Com suas conspirações e ronda aos quartéis foi, também, uma das principais artífices da derrubada do regime democrático em 1964.
por Zé Dirceu
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