Conhecimento de mundo e sobre o Brasil; vontade política de resolver os problemas; tranquilidade para lidar com os desafios e percalços. Enfim, uma verdadeira estadista. É o que se depreende da entrevista que a presidenta, Dilma Rousseff, concedeu nesta semana à revista Carta Capital.
E por que digo isso? Simplesmente, porque a presidenta conseguiu, em algumas perguntas, demonstrar a existência de um projeto estruturado que organiza e orienta as políticas públicas, sem abandonar o olhar específico para cada desafio ou problema, tampouco tergiversar sobre as investigações de corrupção em curso.
Em respostas claras, objetivas e contextualizadas, ela reafirmou que sua principal meta até 2014 é mesmo o compromisso de retirar 16 milhões de brasileiros que estão na linha da pobreza extrema. O norte é que o Brasil seja um país de classe média. Mas foi possível perceber que nas principais frentes o governo tem um plano de ação: na Educação, na Saúde, nos investimentos em tecnologia e inovação, na área econômica e na infraestrutura com vistas à Copa-2014.
Nossa presidenta falou com propriedade em relação à crise econômica internacional, denunciando a tentativa de resolver a crise com medidas que criaram os atuais problemas econômicos. Assim, a crise é compreendida como um produto “do mercado financeiro, da sua desregulamentação, com aquiescência do poder público”.
Diante desse quadro, o Brasil se situa numa posição atraente para os fluxos de capitais especulativos. A provável emissão de dólares por parte dos EUA reforça a responsabilidade de adotarmos medidas de contenção desses capitais, algo que já vem sendo feito, mas que pode ser incrementado.
O importante foi perceber que Dilma está consciente de que é preciso atenção ao cenário internacional para que o país possa reagir adequadamente, a partir das sólidas bases e do potencial que possui.
E uma das reações está no fortalecimento do nosso mercado interno e da indústria nacional, preocupação de Dilma ao dizer que não deixará que inundem “o Brasil com produtos importados por meio de uma concorrência desleal e muitas vezes perversa”. Por isso, o foco será uma política de valorização da produção nacional, com ênfase nos estímulos à inovação.
Dilma ainda ressaltou a importância da melhoria na Educação para chegarmos a 2014 consolidando e aperfeiçoando o novo país que vem sendo construído desde o início do Governo Lula. Complementarmente, Dilma afirmou que há grandes chances de lançamento de um novo programa na Saúde, de atendimento nas casas das famílias para reduzir o número de pacientes hospitalares, liberando o leito e diminuindo o tempo que o doente fica no hospital.
A Saúde figura como uma das áreas de maior desafio e, ao mesmo tempo, de avanços. A presidenta lembrou que o governo está equipando e modernizando cerca de 40 mil UBS (Unidades Básicas de Saúde) e que usará o mapa da pobreza do Censo para decidir os locais de construção das 3.000 novas UBS. O critério será o nível de tratamento e de acesso a equipamentos de saúde —quanto pior for atualmente, maior a chance de a região receber uma UBS.
Por fim, a presidenta Dilma colocou sob a perspectiva adequada a questão das obras para a Copa-2014. Inicialmente, distinguindo as ações essenciais e as que deixarão legado. As essenciais são os estádios, que terão financiamento via BNDES (Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômico e Social) no limite exigido pela Fifa, de R$ 400 milhões.
As obras de legado são aquelas que não precisam estar prontas para a Copa acontecer, mas que são o verdadeiro objetivo de recebermos o mundial: deixar um benefício à população. Neste grupo, estão obras essencialmente de mobilidade urbana, com destaque para a construção, reforma, ampliação e modernização de 13 aeroportos, além de sete portos.
Mas haverá também ações importantes de saneamento básico, projetos de segurança, desenvolvimento turístico, meio ambiente e sustentabilidade.
Por isso, há o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) só para projetos ligados à Copa, que ganham prioridade, mas tem maior exigência em relação a cumprimento de prazos e requisitos técnicos. Apenas em mobilidade urbana estão previstos R$ 11,48 bilhões em investimentos federais.
Ao término da entrevista, a certeza que temos é que o país caminha no rumo certo, com uma condução firme e ao mesmo tempo serena da presidenta Dilma. Há muito trabalho a fazer, desafios complexos a enfrentar e problemas novos que surgirão.
O papel do estadista é estar preparado e ter coragem para resolver essas questões. Felizmente, nossa presidenta reúne essas qualidades.
Na política leva vantagem quem acha respostas simples para perguntas complicadas. “Quem deixou acumular tanta sujeira, ao ponto de obrigar Dilma a fazer uma verdadeira faxina?” A resposta simples para essa pergunta simplíssima é 'Lula'
ResponderExcluirBlog do Alon
Durante todo o governo Lula eu disse isto. Lula passa a história como o presidente mais corrupto que o Brasil já teve. Luls já era.