Judiciário o mais corrupto dos poderes, desde sempre

Ainda tem gente que acha ruim quando digo isto. Mas, depois de ler o texto abaixo serão poucos a discordarem de mim.

STJ anula investigação da PF contra a família Sarney

Em decisão unânime, a 6ª turma do STJ anulou todas as provas obtidas pela Polícia Federal no inquérito que investigou integrantes da família Sarney.

O principal alvo do processo é Fernando Sarney. Trata-se do único filho do presidente do Senado, José Sarney, que não se dedica à política. Cuida dos negócios do clã.

O STJ considerou que as escutas telefônicas feitas pela PF foram ilegais. Anulou os grampos e todas as provas obtidas a partir deles.
Foram ao lixo, por exemplo, extratos bancários, documentos fiscais, e cópias e-mails. Sem esse papelório, aniquilou-se o inquérito e a perspectiva de punição dos acusados.
A novidade veio à luz na Folha, em notícia produzida pelos repórteres Andreza Matais e Filipe Coutinho.

Fernando Sarney e outros familiares do morubixaba do PMDB começaram a ser perscrutados pela PF em 2007.

Na época, detectara-se uma movimentação atípica na conta bancária de Fernando e Teresa, mulher dele. Coisa de R$ 2 milhões.

Aberta com o nome de Boi Barrica, uma alusão a grupo folclórico do Maranhão, a operação da PF foi rebatizada de Faktor.

No curso das investigações, detectaram-se indícios de crimes variados –de desvio de verbas públicas a lavagem de dinheiro, passando por evasão de divisas.

Fernando Sarney negou os malfeitos, mas foi indiciado pela PF. Trechos dos diálogos grampeados escalaram as manchetes.

As conversas evidenciaram a influência de Fernando Sarney sobre a agenda do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), guindado ao posto graças ao pai.

Soam nos grampos também as vozes do próprio Sarney e da filha dele, Roseana Sarney, hoje governadora do Maranhão.

Em diálogos com Fernando e outras pessoas, Sarney e Roseana tratam de nomeações para poltronas estratégicas da gestão Lula.

As interceptações telefônicas foram feitas com autorização judicial. Porém, Agora, o STJ entendeu que houve "carência de fundamentação."

Chegou-se à decisão redentora graças a um recurso protocolado no tribunal por João Odilon Soares.

Vem a ser um funcionário do grupo de comunicação controlado pela família Sarney no Maranhão.
João Soares também é personagem do inquérito. É sócio de empresa que, segundo a PF, foi usada por Fernando Sarney para lavar dinheiro.

A decisão que beneficia o acusado subalterno é extensiva a todos os demais.
Não é a primeira vez que o STJ converte inquérito em lixo. Em decisões recentes, anularam-se provas de outros dois processos de grande repercussão.

Numa, foram ao espaço provas recolhidas pela PF na Operação Castelo de Areia, que tinha como algos executivos da construtora Camargo Corrêa e políticos.

Noutra, atomizaram-se as páginas da Operação Satiagraha, que havia rendido uma primeira condenação de 10 anos de prisão para Daniel Dantas, do Opportunity.

De duas uma: ou a PF trabalha muito mal ou a balança do STJ desregulou-se.

O Ministério Público Federal ainda pode recorrer da decisão que livrou os Sarney da grelha. Primeiro, no próprio STJ. Depois, no STF.
por Josias de Souza

Um comentário:

  1. “JUDICIÁRIO”, O MAIS CORRUPTO DOS TRÊS PODERES:

    Enquanto o Poder Judiciário existir constituído de pessoas como Gilmar, Peluso, Dias Toffoli e tantos outros e manter isolados os seus verdadeiros valores morais como o Benedito Barbosa e outros, não passará de um lixo como é no momento.

    O CNJ é uma conquista das Ruas; querer diminuí-lo é provocar as massas. Vinte mil pessoas na Rua em Brasília.
    A Rua é a grande assembléia popular, contra a qual nada se insurgirá – se o estado o fizer com a sua força repressora é sintoma de que o processo é necessário.
    Os “donos” do poder – ainda a elite – geralmente se impõem às regras porque, via de regra, são contra eles.
    Então “sustentam” Juízes, Magistrados e Ministros do STF que lhes interessa.

    No caso em tela – CNJ contra possíveis corruptos – vê-se o corporativismo querer gritar mais do que as Ruas. E não se trata de prerrogativas administrativas ou institucionais. Ética, honestidade, probidade administrativa, são princípios da sociedade que manta, cobre toda a sua estrutura.
    Repito: querer diminui o CNJ é provocar as massas.

    O Judiciário que deveria estar COMBATENDO VEEMENTEMENTE A CORRUPÇÂO, nada vê, nada sabe, nada faz.
    Somente o Povo Brasileiro pode mudar o Judiciário…Votando em pessoas comprometidas com as mudanças: Concursos, alterações das Leis, Diminuição dos Recursos, Fortificação do CNJ, Fim de muitos Habeas Corpus, Diminuição das Instâncias, mudanças no STF, etc.
    O Negócio do Judiciário é o Crime, logo não tem a menor vontade de acabar ou mesmo diminuir com o mesmo.
    É a Impunidade a grande motivadora da criminalidade: assassinatos, roubos, furtos, seqüestros, assaltos, corrupção, estelionatos, etc. etc.

    Temos Leis Fracas, cheias de Brechas, muitos Recursos, muitas Instâncias, Habeas Corpus, Códigos mal elaborados, etc. etc. etc;
    O País mais rico do mundo (EUA) tem a maior população carcerária do mundo, a Índia tem 1 bi de habitantes vivendo na miséria e não tem tanta violência, a China passou várias décadas com pessoas morrendo de fome e também não tem tanta violência…, logo a causa da violência não é a pobreza. É “ética“ Pura...!!!
    Se uma ampla reforma for feita, se acabar a vitaliciedade* dos ministros do Supremo, se o CNJ for amplamente fortalecido, então pode haver alguma esperança, caso contrário, vai continuar sendo a instância política máxima das elites abonadas nacionais, que continuarão com a sua história vil de impunidade, diante dos olhos estarrecidos da população.
    (*Vitaliciedade em qualquer cargo, sobretudo no judiciário, é a coisa mais medieval, absurda e surreal que ocorre em nossos dias. A não ser JESUS, ninguém é insubstituível, ou vitalício).
    A ministra Eliana Calmon vencerá!!!!
    O POVO está com a Ministra Eliana Calmon.
    Que Deus nos guie, Vamos “à luta”...!!!

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