Fernando Haddad está certo quando taxa de torpe o uso do aborto e kit homofobia

O preconceito é um desserviço a democracia

Temos que destacar e apoiar a posição do pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, quando denuncia o uso político dado à polêmica sobre o aborto, na eleição de 2010, e, recentemente, ao kit anti-homofobia, do Ministério da Educação, quando foi ministro da pasta.

Ele está certo quando taxou de “torpe” a forma como essas discussões foram encaminhadas e aproveitadas politicamente. De acordo com Haddad, o uso destes temas incentiva o preconceito e promove a violência.

"Isso não faz bem para o Brasil", frisou ele. Haddad ressaltou que o kit anti-homofobia surgiu de uma demanda de emenda parlamentar. Ainda assim, devido às críticas da bancada evangélica contra a distribuição do material nas escolas, a iniciativa foi suspensa. Segundo o ex-ministro, no entanto, o kit foi usado em cursos de formação de professores.

Não podemos ficar na defensiva e no recuo frente à violência e à chantagem de certos setores evangélicos que querem interditar o debate sobre esses temas no país e patrulhar todas as políticas públicas com relação às questões do aborto e do homossexualidade. 

Esses grupos buscam impor ao Estado brasileiro uma visão preconceituosa e repressiva. 

Os que dão guarida a esse comportamento violento que introduz em nossa sociedade o ovo da serpente do preconceito e do racismo prestam um desserviço à democracia e à convivência social.

5 comentários:

  1. "Não podemos ficar na defensiva e no recuo frente à violência e à chantagem de certos setores evangélicos que querem interditar o debate sobre esses temas no país e patrulhar todas as políticas públicas com relação às questões do aborto e do homossexualidade.

    Esses grupos buscam impor ao Estado brasileiro uma visão preconceituosa e repressiva"

    José Dirceu e os lulo petistas não entendem que o Brasil é um estado laico. Um estado laico é um estado onde há liberdade de religião e de opinião.

    Como protestante lamento que José Dirceu tenha preconceito contra nossas crenças religiosas. Cremos que a prática do homossexualismo é abominável aos olhos de Deus. Isto é bíblico. Não acitamos que José Dirceu venha querer censurar não só a imprensa como as Escrituras Sagradas.

    Quem quer impor ao Brasil uma visão preconceituosa e repressiva é José Dirceu que não respeita a liberdade de religião e expressão.

    Nenhuma opinião das igrejas evangélicas / protestantes advoga o preconceito. O que dizemos é que a prática do homossexualismo não é uma prática normal. Não queremos que o estado, através das escolas, ensinem este conceito anti-bíblico a nossos filhos.

    Acreditamos que é responsabilidade dos pais dar a educação religiosa a nossos filhos. Esta não é uma responsabilidade do estado.

    Num estado laico temos a liberdade de pressionarmos para que o assassinato através do aborto não seja aprovado, nem tão pouco que a prática do homossexualismo seja ensinada a nossos filhos como uma prática natural.

    ResponderExcluir
  2. Olha. Que muitos, mesmo não preconceituosos, não gostaram da forma como foi abordada a questão não há dúvida. Agora, com certeza o que emperra qualquer debate são os religiosos, seja de qualquer religião, mas principalmente daquelas que dominam. Não importa o assunto tratado. Sendo polêmico, do ponto de vista da "moral" religiosa, os pastores, padres, bispos, cardeais e papas convocam seus rebanhos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Daniel

      O que nós protestantes buscamos não é emperrar debates. Queremos que seja respeitada a nossa liberdade de crença e de expressar nossas crenças.

      Mas principalmente queremos ter o direito de criar nossos filhos de acordo com nossas crenças.

      Não concordamos que as escolas públicas passem a ensinar princípios contrários as nossas crenças.

      Não queremos que nossos filhos sejam ensinados que a prática do homossexualismo seja natural.

      Não queremos que nossos filhos sejam ensinados que o aborto é natural.

      Respeitamos a opção sexual de cada um. Mas queremos ter o direito e a liberdade de dizer que esta prática é errada. Não queremos que o estado, através das escolas públicas, venham a ensinar de forma diferente.

      Queremos ter a liberdade de ensinar a nossos filhos que o sexo deve ser praticado com responsabilidade e que uma vida gerada não pode ser sacrificada por mero capricho.

      Queremos ter a liberdade de ensinar a nossos filhos que o sexo só deve ser praticado depois do casamento.

      Queremos respeito. E isto José Dirceu não está tendo para conosco.

      Excluir
  3. Sou contra o aborto. Quanto a sexualidade de cada um, tenho nada a ver com isso, cada qual é cada qual, tem para todos os gostos. Quanto aos que são contrários e os que são a favor de qualquer coisa...fico com Voltaire: Posso não concordar com uma palavra do que dizes mas, darei minha vida para defender o teu direito de dize-las.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fátima

      Você tem razão. O que queremos, como disse acima, é ter a liberdade de ensinar a nossos filhos o que para nós é ética e moralmente certo ou errado.

      Ao ensinar nas escolas que o homossexualismo é uma prática normal agride o nosso direito de educar nossos filhos da forma que achamos coerente com nossas crenças religiosas.

      Não pregamos discriminação daqueles que praticam o homossexualismo. Pregamos que a prática é abominável.

      Nós protestantes queremos continuar a ter a liberdade de dizer que a prática do homossexualismo é errada e que o aborto é crime, assassinato de incapaz.

      Excluir