A suposta reconstituição da chantagem que nunca existiu feita por Gilmar Mendes em Manaus, é totalmente diferente do que saiu na Veja. Há um claro recuo de Gilmar.
Ele narra uma conversa normal, que conteve vários temas, explica que Lula apenas mencionou que o julgamento do mensalão, agora, poderia ser contaminado pelas eleições, mas não fez nenhum pedido. E que ele, Gilmar, só estranhou quando Lula perguntou da viagem a Berlim.
Aí Gilmar faz uma série de ilações da cabeça dele. Quando descreve a conversa, diz que os pedidos não são explícitos. Ou seja, todas as conclusões decorreram de deduções dele.
Um amigo me escreve perguntando qual a lógica por trás dessa armação. Minha resposta é que não há lógica na loucura. O pânico produziu um surto na cabeça de Gilmar. A entrevista mostra um ser patético, inseguro, com uma versão que em nenhum momento poderia ter servido de base para a matéria de Veja.
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