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Luís Nassif no seminário de lançamento do programa Brasilianas.org, da TV Brasil | |
Nascimento | 24 de maio de 1950 (62 anos) Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil |
Ocupação | jornalista |
Luís Nassif (Poços de Caldas, 24 de maio de 1950) é um jornalista brasileiro. Foi colunista e membro do conselho editorial da Folha de S. Paulo, escrevendo por muitos anos sobre economia neste jornal. Nas composições que faz dos possíveis cenários econômicos, não deixa de analisar áreas correlatas que também são relevantes na economia, como o sistema de Ciência & Tecnologia.
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História
Sua primeira experiência jornalística foi aos treze anos de idade, editando o jornal do Grupo Gente Nova, de Poços de Caldas. Aos quinze, fez estágio no Diário de Poços, durante o período de férias escolares.
Depois de se formar no segundo grau, em 1969, na cidade de São João da Boa Vista, passou no vestibular para a ECA[1] e começou a trabalhar profissionalmente em 1º de setembro de 1970, como estagiário da revista Veja. Foi efetivado no início de janeiro de 1971. Em 1974 tornou-se repórter de economia da revista. No ano seguinte, ficou responsável pelo caderno de finanças.
Em 1979 transferiu-se para o Jornal da Tarde, na qualidade de pauteiro e chefe de reportagem de economia. Lá, criou a seção "Seu Dinheiro", primeira experiência de economia pessoal da imprensa brasileira, e o caderno "Jornal do Carro".[1] Em 1983 mudou-se para a Folha de S. Paulo, onde no fim do ano criou a seção "Dinheiro Vivo" e participou do projeto de criação doDatafolha.
No início dos anos 1980 organizou com a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo, um seminário com todas as subseções da OAB, que resultou na primeira grande campanha pelos direitos do consumidor, a dos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação.
Nessa mesma década, foi um dos apresentadores do programa "São Paulo na TV", ao lado de Paulo Markun e Sílvia Poppovic, umas das primeiras experiências de produção independente na TV aberta brasileira. Produzida pela editora Abril, era veiculado na TV Gazeta de São Paulo, canal 11 VHF.
Em 1985 criou o próprio programa na TV Gazeta de São Paulo chamado "Dinheiro Vivo". Em 1987, a partir do programa, nasceu a Agência Dinheiro Vivo, de informações de economia e negócios. Em 1986 ganhou o Prêmio Esso, categoria principal, com a série de reportagens sobre o Plano Cruzado.
Em 1987 saiu da Folha, retornando em 1991 como colunista de economia. Em 2006 o seu contrato não foi renovado. Apesar de ter havido afirmações de que Nassif havia sido demitido pelo jornal por fazer lobby por meio de sua coluna,[2] Otávio Frias Filho, diretor de redação da Folha de S. Paulo, declarou que a saída do jornalista foi decisão tomada em conjunto.[3]
Iniciou em 2007 uma série de artigos sobre os bastidores da Veja, em que critica, sob sua óptica, o jornalismo desta revista nos últimos anos.[1] Por alguns desses artigos, foi processado pelo editor da revista e condenado pela justiça, em 25 de fevereiro de 2010, a pagar uma indenização de 100 mil reais, com possibilidade de recurso.
Foi comentarista econômico da Rede Bandeirantes de Televisão e da TV Cultura de São Paulo.[3] Também atuou no rádio, como um dos apresentadores do Jornal Gente, na Rádio Bandeirantesde São Paulo, ao lado de José Paulo de Andrade e Salomão Ésper Atualmente trabalha em projetos próprios da Agência Dinheiro Vivo e apresenta o programa "Brasilianas.org" na TV Brasil, rede que faz parte da empresa estatal Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), criada em 2007 pelo governo Lula e comandada pela pasta de Franklin Martins. Pelo trabalho, Nassif recebe o equivalente a um salário de 55 mil reais mensais por meio de sua empresa, contratada sem licitação. Segundo Nassif, a dispensa da licitação ocorreu em função de sua notória especialização,[4][5] em conformidade com o estabelecido pelo artigo 24 da Lei número 8.666/93.[6] Com base no que consideram um alinhamento de Luís Nassif às políticas do governo Lula, jornalistas da chamada "grande imprensa" levantaram a suspeição de favorecimento na contratação[7][8]
Nassif é primo do ator Armando Bógus. Também é compositor, bandolinista e pesquisador de choro.[9]
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Prêmios
Luís Nassif foi vencedor do Prêmio de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita do site Comunique-se nos anos de 2003, 2005 e 2008, em eleição direta da categoria. Também recebeu o Prêmio iBest de Melhor Blog de Política, em eleição popular e da Academia iBest.[10]
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Condenações
Em outubro de 2002 o jornalista foi condenado a três meses de detenção e ao pagamento de dez salários mínimos por publicar uma nota no jornal Folha de São Paulo sobre uma ação movida pela empresa Mendes Júnior contra a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), na qual afirmava que a ação era "uma das mais atrevidas aventuras contra os cofres públicos". Para a juíza Érika Soares de Azevedo Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, responsável pela condenação, "pela forma como o texto foi redigido" é manifesta a "intenção inequívoca de difamar". Segundo ela, "a matéria é vaga, carente de esclarecimentos ao leitor, e com considerações pessoais que extrapolam o limite da crítica". O Ministério Público e o jornalista alegaram que não houve dolo, sem efeito.[11]
Em 25 de fevereiro de 2010 o jornalista foi condenado pela 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, juntamente com o Portal iG, a indenizar o diretor da revista Veja,Eurípides Alcântara, devido a uma série de quatro artigos em seu blog nos quais Nassif afirmou que Eurípides Alcântara seria "o contato direto de Daniel Dantas com a Veja", e que isso seria decorrente de "um acordo operacional" entre a revista e o Grupo Opportunity. Por maioria, a turma julgadora entendeu que ficou "nítido" o abuso contra o diretor da revista; segundo o desembargador Carlos Teixeira Leite Filho, "o apelado Luis Nassif, autor das palavras, não só admitiu, como as reiterou, pelo que, após refletir sobre seu significado, têm-se o suficiente para bem identificar a intenção de menosprezar e agredir moralmente o apelante [Eurípedes]". A indenização foi estabelecida em 100 mil reais (R$ 50 mil para cada um dos réus); a decisão ainda pode ser recorrida.[12]
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Obras
- O Menino do São Benedito e Outras Crônicas (2001, Ed. Senac, São Paulo, 456 pp.) - 126 crônicas com as reminiscências e impressões pessoais de Nassif sobre diversos temas, como a infância em Poço de Caldas, MPB, esporte e o país.
- O Jornalismo dos Anos 90 (2003, Ed. Futura, 320 pp.) - analisa a cobertura da imprensa em diversos episódios como o impeachment de Fernando Collor, o caso da Escola Base, o do Bar Bodega e outros.
- Os Cabeças-de-Planilha (2007, Ed. Ediouro, 312 pp.) - analisa a economia nos governos de FHC e traça um paralelo entre a Política do Encilhamento de Rui Barbosa e o Plano Real comPedro Malan e Gustavo Franco.
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Discografia
- Roda de Choro Nosso Choro (1996). Gravadora RGE CD (acompanhado pelo grupo Nosso Choro, formado por Zé Barbeiro (violão), Miltinho de Mori (cavaquinho e arranjos), Stanley (Clarinete), Bombarda…).[9]
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