por Fábio Almeida
O governo no afã de responder aos apelos de mudança assumiu uma posição sóbria. propôs a realização de um plebiscito para definir uma matéria que há mais de vinte anos encontra-se travada no congresso nacional.
O plebiscito consiste no melhor caminho para a sociedade, mesmo que as propostas progressistas como financiamento público de campanha e voto em legenda percam nas urnas é viável que se permita esse desenvolvimento democrático do debate público.
A sociedade brasileira possui o direito de definir os caminhos da nossa forma de escolha de representantes, acredito que uma das propostas a serem aprovadas era a busca de definição da forma de orçamento público, primando pelo fim das emendas parlamentares, fulcro das impropriedades e inconsistências de nosso parlamento.
Mas permanecemos nesse pensamento de que o plebiscito é uma bandeira do povo. Não do governo. Não dos partidos. Mais da população que possui o direito de opinar como quer que se organize as eleições.
Nossa experiência com plebiscitos é parca. A república brasileira sempre encastelou-se atrás dos balcões do parlamento, com o discurso burguês de que os representantes do povo estavam alí, e, o custo do plebiscito inviabilizava sua implementação.
Hoje com as massas nas ruas. Com encaminhamento político sim. Ao contrário do que tenta apresentar a imprensa partidária, ou melhor, a imprensa do mercado, um amplo processo de debate público fundamentará uma das organizações essenciais da democracia burguesa que vivemos, como elegeremos nosso parlamento, os representantes majoritários e como se estabelecerá a participação popular no processo de gestão. Um fator decisivo é garantir que qualquer proposta popular a ser apresentada pelo congresso necessite apenas do coeficiente eleitoral, se não for aprovado o voto em lista que se permita apresentar propostas com a mesma quantidade de votos do último deputado eleito. Veja hoje um deputado estadual é eleito com 1749 votos e têm o poder de aprovar um vale alimentação de R$ 2.000,00 reais para um grupo privilegiado de servidor público, como aconteceu hoje em Roraima. E qualquer cidadão deve recolher 10 % de assinaturas de um eleitorado, o que em Roraima significa cerca de 24.000 assinaturas para mudar ou propor uma Lei.
Vamos radicalizar o processo democrático no Brasil.
O plebiscito é nosso.
O Plebiscito é do povo.
O Plebiscito é o caminho de transformação social do país.
Rumo a mudança Brasil.
Plebiscito sobre o que? O que será perguntado ao povo? Dilma não sabe. Dilma não entendeu o que o povo quer. Em nenhum momento o povo pediu reforma política.O que o povo pediu foi melhoria no transporte urbano, para isto existe o Ministério das cidades subordinado a Dilma.
ResponderExcluirO povo quer melhor atendimento à saúde pública Dilma propõe a importação de médicos, o que não resolve o problema da falta de infraestrutura dos hospitais públicos nem a falta de medicamentos.
O,povo quer ver o fim da corrupção, quer ver os mensaleiros na cadeia. Dilma propõe transformar o crime de corrupção. Este projeto já está no Congresso há anos e não é votado pela maioria que compõe a base aliada do PT.José Genuíno e João Pulo Veloso mesmo condenados continuam no Congresso.
O povo quer melhor qualidade de ensino. Dilma responde com cotas.
Que o governo atenda de imediato o clamor das ruas para depois falar em plebiscito, que é só uma cortina de fumaça para desviar a atenção do povo.Mas o povo acordou. Dilma não vai se safar com esta.