A presidenta é gentil.
Não se trata exatamente de xenofobia.
Porque contra americanos, ingleses, holandeses, alemães e franceses o pessoal da Big House e seus especialistas – os que nada sabem de tudo – não têm nada contra.
O problema deles é com chineses, russos, argentinos, indianos, africanos do Sul, o pessoal aqui da vizinhança – geográfica ou política.
Os dos BRICs.
Ou com bolivianos, haitianos …
É uma xenofobia interessada.
O problema dessa turma é que eles começam a perceber a nova inclinação estratégica do Brasil.
Inevitável, aliás – clique aqui para ler “e quem vai defender o pré-sal ?
O Brasil saiu da órbita americana, se aproxima de outros centros de poder e cada vez mais o imperativo da Soberania exigirá novas parcerias.
Com chineses, russos, sul-americanos e africanos.
O Brasil é bi-oceânico.
Do lado Leste tem petróleo.
Do lado Oeste tem comida – clique aqui para ler sobre a viagem do ansioso blogueiro a Mato Grosso, a melhor agricultura do mundo .
Faltam-lhe caças, submarinos, satélites, foguetes, mísseis.
Uma nova Defesa, que defenda o interesse nacional brasileiro com um poder dissuasório arrasador.
Não vem que não tem !
Essa é uma nova etapa inevitável, que o leilão de Libra – e a oposição a ele – ressalta.
E a turma da Big House começa a intuir, a desconfiar.
Que não adianta mais saber a diferença a Rive Gauche e a Avenue Foche.
Entre a Quinta e a Sexta Avenida …
Por isso são xenófobos – desde que, diante dos americanos, possam, obsequiosamente, tirar os sapatos.
Eles já perceberam que a Dilma não tira.
Daí, a fúria.
Paulo Henrique Amorim
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