A brasa é para minha sardinha.
Farinha pouca?...Meu pirão primeiro!
Onde falta pão, todo mundo briga e ninguém tem razão.
Essa será a tônica da campanha eleitoral da oposição (Psdb/Psb).
Enquanto eles brigam, a presidente Dilma Roussef (PT) vai mostrando o que fez.
Vejam um pequeno exemplo dessa minha afirmação abaixo:
Tucanos fazem contas e concluem que vitória sobre o PT só acontecerá se houver estratégia comum entre candidatos do PSDB e do PSB; um pacto de não agressão; de olho nos humores de Marina Silva, ex-presidente FHC pede máxima delicadeza; "Não quero que ela tome essas palavras como restrição a ela", disse ele ontem, ao lembrar que Aécio Neves tem mais experiência administrativa; hoje, colunista imortal Merval Pereira se esforça para indicar benefício para Aécio com o "voto útil", mas admite que Marina pode ser a grande depositária da nova ideia; realidades estaduais como a de São Paulo, onde a ex-ministra já avisou que não subirá no palanque de reeleição de Geraldo Alckmin, indicam que Marina não fará agora qualquer menção a uma futura aliança; ela aceita o carinho tucano, mas não dá o seu; pergunta: será mesmo que a tese do voto útil, lançada a esta altura do jogo, é mesmo boa para os interesses eleitorais de Aécio Neves
247 – O PSDB está com o lápis sobre o papel. Contas de trás para a frente, adições, subtrações, divisões e multiplicações vão sendo feitas, com bases em pesquisas e trackings, para projetar como, afinal, ganhar a eleição no novo quadro desenhado com a entrada de Marina Silva, do PSB, na disputa presidencial. A conclusão dos cálculos políticos é a mesma tanto para o maior chefe da legenda, o ex-presidente Fernando Henrique, quanto para um porta-voz informal do partido como o colunista imortal Merval Pereira, das Organizações Globo: o voto útil entre PSDB e PSB é preciso para bater a candidata à reeleição Dilma Rousseff.
Primeiro Fernando Henrique, ontem, e agora Merval, hoje, adicionaram tensão ao campo tucano a partir da certeza de que apenas a união de votos em torno de um candidato de oposição – Aécio ou Marina – dará a vitória contra o PT de Dilma e do ex-presidente Lula. O problema do resultado dessa conta é a sua aplicação no momento presente. Para alcançar um segundo turno com chances de obter, para Aécio, o apoio real de Marina, que estaria ausente, contra Dilma, os tucanos não podem, desde já, melindrar a ex-ministra. Uma missão nada fácil, não apenas em razão do humor peculiar da candidata socialista, como pelas realidades políticas regionais que a afastam, naturalmente, dos tucanos.
Um segundo problema, talvez ainda maior do que o primeiro, é a projeção de que, sem bater em Marina – e o PT, que poderia fazê-lo, não mostra a menor disposição para tanto --, o PSDB e seu candidato correm o risco, simplesmente, de perderem em primeiro turno para a própria Marina. Nesse caso, a disputa passaria a ser, na volta definitiva, entre ela e Dilma. A tese do voto útil, assim, teria de ser praticada pelos tucanos em benefício da ex-ministra.