por Patricia Faerman - GGN
- “O povo não quer mais quem chamava os aposentados de vagabundos e agora tem fórmulas mágicas”, disse Dilma Rousseff (PT) em discurso emocionado, em Brasília. O ataque à candidatura de Aécio Neves (PSDB) foi direto: “o povo vai dizer que não quer os fantasmas do passado, com recessão, desemprego” e disse que o PSDB "governou apenas para um terço da população".
A presidente e candidata à reeleição iniciou sua fala homenageando e agradecendo. “A gente tem obrigação de agradecer, o eleitor, a eleitora, aquele anônimo, que saíram de suas casas e foram às urnas. Sinto-me como se dele, e aí me eu me sinto fortemente como se dele, eu tivesse recebido uma mensagem, um recado, simples, que eu devo seguir em frente, que eu devo continuar nesta luta junto de cada um desses eleitores, e eleitoras, para mudar o Brasil”, disse.
Dilma deixou espaço de destaque no seu discurso a Lula: “Faço questão de agradecer ao líder, amigo e companheiro Lula. Sem o presidente Lula eu não teria chegado aonde cheguei, de realizar meu sonho de ajudar a fazer um Brasil melhor. Como a gente dizia, durante a resistência: a luta continua. E eu quero repetir: a luta continua. Uma luta que, sem dúvida, será mais uma vez vitoriosa, porque é a luta do povo brasileiro”.
As homenagens foram estendidas ao vice-presidente Michel Temer, “que depois de ter sido um grande vice, se transformou num acansado e aguerrido militante, fervoroso, que andou o Brasil defendendo nosso projeto, nossas propostas e nosso governo”.
Agradeceu ao PT e aos partidos aliados, aos demais candidatos que fizeram campanha conjunta, levando o nome da presidente a cidades e estados, aos movimentos sociais e centrais sindicais, e à “militância guerreira do meu partido e dos partidos aliados, a quem eu reconheço o empenho em todos os cantos do meu país”.
Dilma lembrou que a eleição começou com uma "tragédia", que foi a morte de Eduardo Campos, que foi ministro no governo Lula. "Mas temos que seguir em frente", continuou a presidente.
A presidente afirmou que seu governo está baseado na "igualdade de oportunidades" e no "combate sem tréguas à corrupção". E mostrou estar confiante no segundo turno: "o principal é que o povo brasileiro anseia por mais avanços e vê no projeto que eu represento a mais legitima e confiável força de mudança”.
Afirmou que entendeu “o recado das ruas e das urnas” e que levará, se eleita para o seu segundo mandato, a reforma política como bandeira. "Temos absoluta certeza de que nós precisamos fazer a reforma política, a 'reforma das reformas'”. E completou: "o primeiro passo é mobilizar a população em um plebiscito popular”.
“Essa é a luta dos construtores de futuro, dos construtores de futuro, que não deixarão jamais o Brasil voltar para trás”, expressou a presidente.
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