Aécim, vamos conversar sobre superávit primário?

O Psdb sob a batuta de Aécio Neves e Fhc abre fogo hoje contra a revisão da meta de superavit fiscal, proposta pelo Governo Federal que, basicamente, permite não ter de cortar investimentos e a desoneração fiscal (PAC e isenção de impostos), isso para não comprometer nem a infraestrutura nem o emprego. Se depender da oposição, é para Dilma aumentar impostos e desempregar. Depois ainda chamam o povo de burro. São uns "jênios".




Fernando Henrique Cardoso, com a autoridade de quem fez isso várias vezes, diz que isso “está quebrando o país”. Curiosa interpretação, pois até os investidores estrangeiros, com sua conhecida aversão ao risco, ampliaram, após as eleições, suas apostas no Brasil, como registram os fluxos cambiais do Banco Central desde o mês passado.
Mas é Aécio quem ganha o troféu “cara-de-pau”, pela sua completa falta de autoridade moral para falar em “gastar só o que se arrecada”.
Fui buscar os dados do trabalho do Professor Fabrício Augusto de Oliveira, Doutor em economia e professor do curso de Pós-Graduação da Escola de Governo da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.
Um escândalo!
É só olhar e ver como Aécio – e, depois, Antonio Anastasia – só fecharam contas “superavitárias”  no Estado tomando empréstimos, ou seja, endividando brutalmente Minas Gerais.
Divida, diz o professor, “para o atendimento de necessidades complementares de financiamento do governo, que em algum momento no futuro terá de ser paga, não constituindo, portanto, receita stricto sensu” Pior, “do lado da despesa, não inclui os encargos financeiros (juros e amortização) da dívida com a União que não foram pagos, sendo estes incorporados ao seu estoque sem passarem pelo orçamento. “
Continua Fabrício Oliveira:
“(…)apesar dos tão alardeados superávits colhidos no conceito anterior, estes só teriam ocorrido em três anos – 2004, 2005 e 2008 -, quando excluídas as operações de crédito. Nos demais, predominaram os desequilíbrios, com o agravante de estes estarem se ampliando temerariamente a partir de 2009, tendo atingido o nível recorde – e espantoso – de R$ 6,823 bilhões em 2013″,
Tome-lhe de “contabilidade criativa”, não é, Senador Aécio? Pois fou com estes truques contábeis que o senhor sustentou a história do “choque de gestão” e da eficiência da administração mineira.
Como diz o estudo, sobre eles, foi com  “a sua utilização que o governo de Minas vendeu, durante todo o tempo iniciado com a administração Aécio Neves, a ideia de que o Estado, graças à implementação de seu programa, teria promovido o saneamento e o ajuste estrutural de suas contas. Uma falácia que, sustentada ao longo deste longo período, com a conivência, em geral, da imprensa mineira, cai agora por terra”.
Aqui está o link para o trabalho de Fabrício Oliveira, para o caso de algum senador pretender sair das amenidades do “vossa excelência para cá, vossa excelência pra lá” no Senado, quando o “general” Neves, o empinador de papagaios mineiro, resolver deitar falação sobre superávit.
Que vergonha, Aecinho!

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