Caso Petrobras mudará o Brasil

Austrália - Em reunião do G20, a presidente Dilma Roussef avisa que impunidade no Brasil é coisa do passado, e as investigações da Operação Lava jato levará a condenação de corruptos e corruptores. Esse será nosso legado às futuras gerações.

do Estadão

Caso Petrobrás pode mudar País para sempre, diz Dilma

FERNANDO NAKAGAWA, ENVIADO ESPECIAL - AGÊNCIA ESTADO

Na Austrália, presidente afirmou que a investigação na maior empresa do País mostra que não existe impunidade e que há condenação entre corruptos e corruptores

BRISBANE - A presidente Dilma Rousseff acredita que a investigação dos casos de corrupção na Petrobrás pode mudar o Brasil “para sempre”. A afirmação foi feita em entrevista na Austrália na tarde deste domingo (madrugada no Brasil) antes de deixar a reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20. “Eu acho que isso pode, de fato, mudar o País para sempre”.

Na entrevista antes do retorno ao Brasil, Dilma disse que a investigação na maior empresa brasileira mudará o País porque mostra que não existe impunidade e há condenação entre os corruptos e também entre corruptores. “Pode mudar o País no sentido de que vai se acabar com a impunidade. Essa é, para mim, a característica principal dessa investigação. É mostrar que ela não é algo ‘engavetável’”, disse Dilma. “Isso eu acho que mudará para sempre as relações entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e as empresas privadas”.



A presidente repetiu diversas vezes que o escândalo que culminou na nova rodada de prisões pela operação Polícia Federal na operação Lava Jato é “diferente” de casos anteriores. “Eu acredito que a grande diferença dessa questão é o fato de ela estar sendo colocada à luz do sol. Por que? Porque esse não é, eu tenho certeza disso, o primeiro escândalo. Agora, ele é o primeiro escândalo investigado. O que é diferente”, disse. “O fato de nós estarmos com isso de forma absolutamente aberta sendo investigado é um diferencial imenso”, reforçou.

Cautela. Apesar de reconhecer o alcance histórico dos desdobramentos do caso, Dilma afirmou aos jornalistas que é preciso ter “cuidado”. “A gente tem de ter cuidado porque nem todas as investigações podem ser dadas como concluídas. Então, não pode sair por aí já condenando A, B, C ou D”, disse.

A presidente da República disse ainda que a estatal petrolífera “não tem o monopólio da corrupção”. Dilma lembrou especificamente de um dos maiores casos de corrupção da história corporativa mundial: o da norte-americana Enron - empresa que apresentou receitas infladas no balanço e que chegou a ser a sétima maior companhia dos Estados Unidos.



2 comentários:

  1. Na tentativa de fazer a celeuma atual menos danosa ao PT, citam doações a Aécio. Sim, foram feitas por empreiteiras envolvidas no atual embróglio. Mas aí é exatamente onde mora o perigo - a salvação da classe política e de seu modus operandi atual. Quando a bandalheira é universal, são escanteadas as idiossincrasias que desunem as diversas agremiações, que cuidam de fechar algum "acordão", salvador da pátria dos políticos profissionais. Se todos estão envolvidos, duvido muito que o negócio vá para frente. Daqui a uns dias o STF surge com alguma nulidade processual, apurada em sede de habeas corpus e pronto. Vai tudo pelo ralo, com todo mundo inocentado, nada apurado e com campo aberto para que fique tudo exatamente como está, tudo a seguir o script de sempre da vida pública brasileira. O Ministério Público, por ora, ainda não denunciou ninguém. Não há qualquer denúncia a ser recebida pelo Judiciário. O que assistimos ainda é, em grande parte, pirotecnia policialesca. Vamos ver se algo irá para frente, aí poderei fazer algum juízo sobre esse suposto "juízo final".

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  2. As perspectivas de toda esta situação são péssimas para a maioria dos setores de oposição, não existe questão a respeito disto.

    Após a derrota nas urnas ( falta de votos é mesmo uma m....) serão, no mínimo, mais quatro anos longe do trono, dezesseis anos a assistir o país melhorar por todos os lados e não poder fazer nada para frear tantas liberalidades, parar de ficar dando $$$ prá pobre, que, vamos e venhamos, é o mesmo que jogar $$$ no mato.

    A oposição, saiu de posição de radicalmente contra os Bolsas ( dá vara prá aprender a pescar, etc...) para a de dizer que rira aumentar os tais programas sociais. Ao indicar AFraga e inspirar-se no extremamente recalcado FHC, a tal oposição demonstrou ser dotada uma dimensão tão profunda quanto um pires.

    Se tem a total ajuda dos meios de comunicação, que são capazes de acobertar todas as barbaridades que cometem, e não são poucas, se nem assim tem os danados do votos, só resta a opção do golpe. A cara de pau da grande quadrilha não oferece limites, de FHC em ato político há dois dias -"Sempre quisemos evitar que a Petrobras caísse nas garras dos políticos desonestos", na China a família teria que pagar pela bala.

    A idéia-base da oposição ( se é que existem idéias por lá, talvez somente impulsos) é o saque generalizado das riquezas nacionais, são os diversos U$ trilhões das reservas ainda não totalmente conhecidas do pré-sal, é um país cujo PIB cresce, há anos ( notícia completamente proibida, é claro ), bem mais que o da zona da eurozona e o de Tio Sam, ou seja, tem muita $$$ prá se botar no bolso.

    Tem a imprensa, pela primeira vez às voltas com a chegada da Lei de Meios. E ainda o grupelho dos republicanos medíocres, o caso de Toffoli, JECardozo e outros.

    É contra este imenso bloco de interesses imundos que o governo de DR terá que brigar.

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