Cultuando o nada

por A. Capibaribe Neto

Interessante! Fui pesquisar o significado de "beleza" e lá estava: qualidade do belo, coisa muito agradável ou gostosa. "A festa foi uma beleza", mas pode ter sido de arromba; "que beleza este bolo!" Mas, o que é belo? Segundo o seu Aurélio, é aquilo que tem forma perfeita e proporções harmônicas, que é agradável aos sentidos, elevado, sublime, ameno, aprazível, sereno, e por aí vai. Voltando à "beleza" o vocábulo pode designar também, do ponto de vista da Física, o número quântico introduzido para caracterizar propriedades de certos tipos de partículas que contêm pelo menos um "bottom" e, por convenção, o "bottom" tem beleza. Na Maçonaria, significa uma das três colunas que sustentam uma loja (beleza, força e sabedoria). Já estupidez é a falta de inteligência, de discernimento. Vamos ao foco da abordagem do culto ao nada.

Cada um de nós tem uma percepção pessoal, diferente e especial do que seja beleza ou belo, mas beleza não é uma profissão. Pode até contar ponto na hora da escolha para uma determinada função, mas sempre precisa de qualidades acessórias para uma contratação isenta de intenções além do nível profissional, mas é preciso ter cuidado para não fazer constar dentre os requisitos exigidos para a contratação e que possa ser visto, legalmente, como forma de discriminar as mulheres ditas feias, porque aí vai dar confusão com direito a mídia. A bem da verdade, uma mulher feia inteligente é igual a uma mulher bonita inteligente; só que feia, digamos assim, o que não deixa de fazer uma diferença. Para que serve, por exemplo, uma mulher melão ou melancia, se nem orgânicas elas são? Repaginadas, enxertadas com isso e aquilo, saradas, adulteradas com mil produtos, elas não têm tempo de pensar, de estudar, de ler, de se informar porque precisam estar no noticiário. A Geisy Arruda, por exemplo, foi expulsa de uma Universidade, em São Bernardo do Campo, por estar usando um vestido cor de rosa, muito justo, muito curto, saiu escoltada pela polícia por uma porta e logo entrou pela porta do sucesso imediatamente. Hoje, Geisy Arruda é notícia quase diariamente. Não pode levantar uma perna, tossir, mostrar a calcinha que logo aparece na primeira página dos noticiários eletrônicos, principalmente depois de haver passado por uma reforma geral.

O Thor Batista, cuja profissão é rico decadente, afora isso, não passa de uma montanha de músculos exagerados que ele faz questão de inflar quando passa e manda "beijinho no ombro" para os invejosos dele. Dizem que quando ele leva uma mulher para o quarto, de preferência com espelhos nas paredes e no teto, ao invés de aproveitar a companhia da mocinha igualmente sarada e turbinada, ficam lá os dois apenas mostrando os peitorais, os bíceps, as panturrilhas, inchando feito um baiacu. A mocinha também mostra lá os seus peitorais, mas ele nem liga. Eles se amam, se cultuam, se admiram feito Adonis sem sexo. Literalmente! E logo dizem "vamos malhar"? Pois bem, são campeões de nada sem mais tempo para coisa nenhuma. E isso tem lá as suas consequências. Andressa Urach, por exemplo, já foi notícia pela beleza artificial dos arquitetos do corpo.

Turbinou tudo, e agora corre o risco de ser "demolida" ou até mesmo virar notícia triste. Esses campeões do NADA sincronizado, que se mostram através de cansativos selfies, ainda são moda; ainda há quem goste, quem admire, mas é aí que entra a estupidez e define muito bem a falta de discernimento só quando é tarde demais.