Fernando Brito
Agora vamos ver como a mídia se comporta com a sua grande esperança de criar um foco de sabotagem ao Governo Dilma na Câmara dos Deputados.
Como, agora, acusar equivale a condenar, Eduardo Cunha não pode mais contar com a presunção da inocência das acusações de levar dinheiro do “ladrão de carreira” Paulo Roberto Costa, através das entregas feitas pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o “Careca”.
É o que revela a Folha, numa matéria em que, cheia de dedos com o inimigo da regulação da mídia diz que Cunha está no grupo daqueles “que têm contra si somente indícios de participação em transações criminosas”.
Ou seja, que vai ser investigado, mas não denunciado imediatamente.
Entre outras razões, porque o MP e o juiz Sérgio Moro não aceitou a “delação premiada” de “Careca”, bagrinho no esquema, cuja a função era levar a bufunfa a domicílio.
O MP e o Dr. Moro acham que indulgência devem receber os mentores e autores da roubalheira, não o entregador de grana que é capaz de dizer quem, quando, onde e como recebeu.
E, claro, a de Youssef, nas palavras do Dr. Moro, um “ladrão profissional”.
Portanto, “Careca” não vale contra Cunha.
Porque Cunha é “vip” e escapou até de uma acusação de cumplicidade criminosa com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, onde a coisa sobrou só para o procurador que falsificou documentos que o beneficiavam.
Um caso bem parecido com o da sonegação da Globo, onde o criminoso pratica o crime de interesse de terceiro sem que este, coitado, nada tenha a ver com isso.
É capaz de o implante de cabelos do deputado que dá nó em pingo d´água parece que vai salvá-lo do “Careca”.
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