Para nunca esquecer

Meu filho e eu somos antes de tudo grandes amigos. Apenas uma vez, repreendi-o com mais veemência. Caminhávamos na praia, linda manhã de sol, quando alguém pôs na pauta das conversas amenas o tema da violência. Meu filho, que é uma unanimidade entre os que o conhecem, pela ternura que é mesmo a maior marca do rapaz inteligente e cativante que é, faz uma afirmação em nada condizente com a generosidade do seu coração singular, e de tudo o que tenho ouvido desde ele quase menino: - "Bandido morto é um bandido a menos." Havia sido assaltado a mãos armadas, ameaçaram-no de matar, quase o fizeram, quando, no nervosismo das circunstâncias, encontrara dificuldades para tirar o cinto de segurança: - "Vai morrer, está demorando muito!", dissera-lhe um dos assaltantes, o revólver no ouvido. O desfecho, felizmente, não foi este. Levaram-lhe o carro, todos os pertences, chamaram-no de 'vagabundo'. Meu filho tem 21 anos e vai para o terceiro ano do curso de medicina. Destaca-se entre os colegas, pelas notas e pelo desempenho geral como acadêmico de um curso prestigiado, para cujo ingresso tivera de 'vencer' tantos concorrentes. Mas, nas circunstâncias aqui referidas, era apenas "um vagabundo". Repreendi-o, como disse: - "Filho, que está dizendo? E Deus, por que não está no seu coração neste instante?" Fui áspero com o meu filho, pela primeira vez.

Há poucos dias, mal começava a manhã, saía para o trabalho e presenciei uma cena que ainda repercute em mim. A poucos metros de onde me encontrava, por ambas as portas da frente, um carro de luxo era abordado por dois assaltantes. Não tive tempo, sequer, para acompanhar os detalhes de como as coisas se davam naquele instante. Apenas ouvi estampidos, dois, três, não sei dizer com precisão. Mas os tiros, na contramão do que pressupõe o leitor, vinham de dentro para fora do carro. O segurança do proprietário daquele carro elegante, atirara com uma precisão dos clássicos dos policiais americanos. E vi, a poucos passos de onde me achava, que um dos assaltantes correra com a rapidez de um velocista olímpico. Com a agilidade de um atleta de corrida com obstáculos, saltava tudo o que encontrava pela frente. Em segundos, desapareceu, tal qual um mágico de circo.

Só então pude ver, em estertores que levaram não mais que cinco, dez segundos, que um dos rapazes, quase adolescente, fechava em sangue e gemidos o livro da sua história. Na quase meninice dos seus dezenove anos, afirmariam os jornais na manhã seguinte ser esta a sua idade, morria com o abandono de um solitário, com a insignificância de um ser absolutamente desprezível para uma sociedade indiferente e fria, que não percebe o abismo de diferenças que separa a vida da morte. Lembrei do assalto de que fora vítima meu filho, lembrei do drama que vivera naquele instante, lembrei da dor incomunicável que teria de carregar se tivesse demorado um pouco mais para liberar o cinto de segurança do seu carro. Pensei, em segundos que me pareciam a eternidade, a aflição por que tivéramos de passar havia poucos dias.

Mas, já a caminho do trabalho, não conseguia deixar de pensar no que tivera de presenciar naquela manhã de sol, tão bonita como todas as manhãs desses meses de sol em Fortaleza. Havia em mim, num tipo de obsessão que me doía por dentro, perguntas que não se permitiam calar. Ali, na gratuidade de um instante, morrera um jovem de dezenove anos. Qual a realidade de sua existência em casa, se casa tivesse? Que educação recebera dos pais, se os tinha? Como fora a sua infância, com que brinquedos pudera brincar? Em que escola estudara, se houvera para ele uma escola? Meu filho, vai iniciar o terceiro ano de faculdade, estou certo de que será um grande médico. Mora bem, possui seu automóvel, veste roupas de 
griffe, namora uma moça linda, que também estuda para ser médica em pouco tempo. E aquele quase menino que morrera a poucos passos de mim? Por que o fado reservara-lhe o protagonismo de uma cena tão dramática, tão trágica, tão triste, de que jamais vou esquecer?

NOS BAILES DA VIDA

Mil tons

Poesia é isto

A felicidade não precisa de companhia!
Joel Neto

Cazuza - O Tempo Não Pára

Melhor que não

Ne me qui te pas

Pois é, desde ontem eu estou com uma resposta entalada na garganta. Escutei: " Esta tal liberdade"... Tudo bem, compreendo...Mas...não aceito! Sou livre! E por esta palavra vivo e morrerei.

O pão que o diabo comeu?... Comi e comerei, enquanto vivo estiver.

Felicidade!!!

PÂNICO NO SENADO

Faz pouco tempo que o Senador Eduardo Suplicy, num ato destemperado, deu um cartão vermelho ao Presidente do Senado Federal, José Sarney.
Coisa de pessoa abobalhada que só o PIG achou bonito e valorizou. O PIG e seus seguidores amestrados cujo vazio de suas mentes são tão densas e indistinguíveis que nada lhe escapa.
No centro gravitacional dessas mentes, percebe-se a ausência da luz... porque o PIG “engole” e “espreme” as conciências como um buraco negro faz com os corpos que são atraídos ao seu interior.



Era tudo o que Suplicy queria. Aparecer na e para a mídia conservadora e golpista.
Ele fora atráido pelo “buraco negro” do PIG.
Se posicionar contra Sarney simboliza ter a grandeza de uma Katia Abreu e de um Heráclito Forte, coisa de gente patriota e decente.
Decente e ético como Pedro Simon – o paladino da dupla moralidade: uma que acusa quem apoia o Planalto e outra que defende um governo corrupto que desvia milhões do contribuinte gaúcho.
Suplicy preferiu ficar com a mídia. Fazer o jogo dela... e o dos demotucanos.

Naquele momento eu afirmei que o cartão vermelho de Suplicy tinha dois lados. Um ele apontava para Sarney e o outro lado do cartão era apontado para ele próprio, Suplicy.
Agora, o senador petista que anda com um crachá do PSDB por baixo do paletó, exibe, por exibicionismo mesmo, uma cueca que usa e desfila pelos corredores do Senado.
E a cueca de Suplicy só poderia ter a cor do cartão que ele deu a José Sarney – VERMELHA.
Suplicy vai cair na Corregedoria por isso. E pode ser advertido e até cassado por quebra de decoro.



Acho difícil que cheguem a tanto.
Suplicy é filiado ao PSDB. Diz o que os tucanos e demos querem ouvir e o PIG gosta dele.
Suplicy canta no Senado ainda que para um plenário vazio. Mas o PIG registra e transforma essas hilariedades em notícia.
E agora desfila para ele – o PIG



Um insensato a serviço da Sabrina Sato.
Que pânico! Que horror! Ninguém merece!
Da próxima vez, senador, vista uma cueca amarela, mas sem o “piu, piu”.
Um tucanozinho azul lhe cairá muito bem...




O nordeste é a bola da vez do Brasil

"O Nordeste está para o Brasil assim como o Brasil está para o mundo", acredita o diretor de Gestão de Fundos, Incentivos Fiscais e Atração de Investimentos da Sudene, Cláudio Frota, afirmando o potencial da região. "O Brasil é a bola da vez no mundo, e o Nordeste é a bola da vez do Brasil. A necessidade da região é maior, e qualquer melhora na renda da população, melhora as condições de mercado", esclarece. Segundo ele, os investimentos por meio dessas modalidades estão concentrados no Sudeste pelo fato de esta região abrigar a quase totalidade dos gestores de capital de risco. "Só é possível identificar projetos onde se vai investir se viver a situação local", explica. Mas, aponta, alguns movimentos estão em curso por aqui no sentido de atrair esses investidores. E a situação conjuntural regional favorece isso: "O Nordeste cresce mais que o Brasil", justifica Frota. Continua>>>