Previ quer Vale investindo em siderurgia

A direção da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, não aceita a ideia de que os investimentos em siderurgia devam ser contidos em razão do excesso de oferta de aço no mundo. 


Maior acionista da Vale, a fundação quer, a exemplo do governo, que a empresa invista na produção de aço no país.


Em entrevista ao Valor, o presidente da Previ, Sérgio Rosa, rompeu o silêncio que vinha se impondo desde o início da polêmica envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Vale, Roger Agnelli. 

"Não se pode decidir investimento em aço com base no consumo de hoje. É preciso olhar para dez, vinte anos à frente", disse Rosa. Para o dirigente, a perspectiva do consumo de aço é crescente, porque o Brasil terá uma indústria de petróleo forte, que vai demandar investimentos em plataformas e navios.

A Previ é o maior fundo de pensão do país, com patrimônio de R$ 130 bilhões. Na Vale, tem investimento de R$ 30 bilhões por meio de participação de 50% na Valepar, que controla a mineradora. Segundo Rosa, há “compartilhamento” de poder na empresa entre a Previ e o Bradesco.