Zé Dirceu: PT enfrentou quadro semelhante nas três eleições anteriores

[...] Nesta etapa do processo, a três semanas do 1º turno, em eleições nacionais anteriores sempre os principais candidatos da oposição somaram cerca de 43% a 45% dos votos na primeira fase. Foi assim em 2002 com os três mais próximos na disputa com o candidato Lula, o então senador José Serra (PSDB-DEM), o deputado Ciro Gomes e o ex-governador Anthony Garotinho.




Foi assim, também, em 2006, com o então candidato tucano Geraldo Alckmin e a candidata Heloísa Helena na disputa com o presidente Lula. A situação se repetiu em 2010 com José Serra (de novo candidato ao Planalto) e Marina Silva (então PV). Isso nem quer dizer que a votação de cada um tem o mesmo perfil que tem hoje a de Marina e Aécio. Estamos só fazendo a constatação de situação idêntica. E no 2º turno o PT venceu sempre, impondo três derrotas nacionais à proposta que está aí hoje representada por Marina e Aécio.

O desafio do PT

O desafio para o PT, então, é o 2º turno que, para o êxito do partido agora depende de um crescimento – esperado – no Nordeste e em São Paulo, ou de conquistar avanço eleitoral maior em Minas e no Rio, o que compensará eventual má performance em São Paulo.

Como vocês veem, então, o êxito do PT neste eleição depende, na verdade, do debate político e do embate social e eleitoral que teremos no 2º turno e da conjuntura econômica e política. Daí a pressão da candidata Marina, apoiada pela mídia, para que a candidata Dilma e o PT abandonem a linha de debate, da disputa e confronto de programas, fatos e realizações.

Querem e pressionam para que abandonemos o debate de ideias e propostas para os principais temas em discussão no país, como o pré-sal, o papel do Estado, o papel dos bancos públicos como o BNDES, do Banco Central (BC), a terceirização e os direitos trabalhistas, a política de juros e câmbio e a política externa.




Nossos adversários, via mídia, querem censurar nossa campanha e nos colocar na defensiva. Querem nos impedir de revelar ao cidadão eleitor o que fizemos nesses 12 anos de governos do PT e o que Marina, em contraposição, propõe ao país. Até porque tudo o que ela propõe e as consequências de suas propostas, estão escritos em seu programa: em síntese, suas propostas são recessivas e regressivas, lesivas aos interesses populares e nacionais. Essa é a questão, o pano de fundo pelo qual o PT não pode ceder-lhes, abandonar esse debate.

Luis Nassif: porque apoio Dilma

Pela primeira vez assinei um manifesto de apoio a um candidato a presidente, no caso Dilma Rousseff.

As razões são as seguintes.




Acredito em um determinado modelo de desenvolvimento do país.

Pela linha econômica de dois candidatos - Aécio e Marina - é impossível que seja implementado em seu governo. No caso de Dilma, é possível que seja implementado, mas não é garantido devido ao estilo de gestão adotado por ela no primeiro governo.

Esse modelo passa por algumas pernas:

1. Aprofundamento da democracia social, com a criação cada vez mais ampla de canais de participação da sociedade, através de conselhos, ampliando o escopo da democracia digital, retomando os fóruns públicos de participação, sem que implique em avançar nas atribuições dos demais poderes.

2. Entender a inclusão como processo central do desenvolvimento, com suas vertentes social, regional e empresarial.

3. O entendimento do governo como uma confluência de tendências do país, procurando compor o quadro de Ministros e Secretários com a diversidade das forças sociais e econômicas existentes. Atrair para os quadros de governo as melhores lideranças de cada setor econômico e social abrindo espaço para que tragam novas ideias e experiências.

4. Para conferir caráter democrático aos programas, submetê-los a modelos de consulta interministerial e intersetorial, visando dar sinergia e visão sistêmica a cada qual.

5. Aprofundar as políticas setoriais, identificando setores prioritários e amparando com os diversos mecanismos já existentes na economia. Prioridade para setores em que haja ganhos de escala e aqueles ligados a políticas de bem estar (saúde, educação, saneamento) e poder de compra do governo (pré-sal, Defesa).

6. Políticas fiscal e cambial responsáveis, que garantam o financiamento dos programas sociais e econômicos com total transparência.

7. Políticas de estímulo fiscal e creditício amarradas a regras claras e previsíveis, acabando com o voluntarismo que caracterizou a última gestão.

8. Reforma responsável no modelo de metas inflacionárias e no custo de carregamento da dívida pública, de maneira a reduzir o peso dos juros no orçamento público.

9. Radicalização da Lei de Transparência através da criação de indicadores de eficácia e de estímulo a organizações incumbidas de monitorar as ações públicas.

10. Mudanças no modelo de grupos de mídia, visando trazer equilíbrio às diversas manifestações no mercado de opiniões.

Muitas dessas políticas já estão em curso. Várias foram planejadas pela própria Dilma, enquanto Ministra e Presidente. Várias políticas públicas amadureceram nos últimos anos, oferecendo um quadro inédito de possibilidades para a montagem de programas de ação estratégicos.

Não significa que a eleição de Dilma, por si, garanta o aperfeiçoamento desse modelo.

O primeiro governo Dilma foi caracterizado por inúmeros problemas operacionais, ligados ao estilo da presidente que comprometeram o modelo:

1. Um governo com algumas (boas) ideias centrais, mas sem plano de vôo, perdido entre as pressões do curto prazo.

2. Visão tecnocrática anacrônica, trazendo de volta políticas de gabinete que se supunha extintas pelos novos tempos. Insensibilidade para temas políticos que significassem abrir as janelas do governo às pressões sociais e empresariais.

3. Estilo de tratar os Ministros que espantou do seu convívio personalidades de maior fôlego. Como agravante, a ampla complacência com a mediocrização do Ministério.

4, Impaciência com a consolidação de programas de médio e longo prazo, que acabaram levando a movimentos erráticos do Banco Central e ao uso condenável do câmbio e tarifas para controlar pressões de preço de curto prazo.

Nas conversas com o Chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante, e nas próprias declarações recentes de Dilma, há uma aceitação implícita dessas críticas. Na entrevista com Mercadante ele apresenta um conjunto de respostas às críticas, ao acenar com maior participação social, com a convocação das principais lideranças para compor o novo governo.

Ocorre que em diversas oportunidades, sob pressão dos fatos, Dilma simulava abrir-se. Mas o máximo que concedia era receber os críticos em audiências, como se fosse favor da Rainha aos súditos, encantá-los com sua prosa mineira e não resultar em nenhuma ação sistemática para atender ao reclamos.

O que seria um segundo governo Dilma, em caso de vitória? A campanha eleitoral terá sido pedagógica, um banho de política que será bem assimilado no segundo governo? Ou, ao contrário, reforçará a auto-confiança, levando-a a um governo mais centralizador e autocrático que o atual?

Esse é o dilema.

Briguilinks do dia

Paulo Moreira Leite: temendo nova derrota, bonzinhos criticam reeleição

A reeleição voltou a ser a conversa mole mais conhecida da política brasileira. Aparece sempre que um candidato a reeleição exibe chances reais de ganhar um novo mandato. Na falta de argumento melhor, os adversários dizem que o direito a reeleição favorece o uso da máquina e deve ser abolido. Aécio Neves foi o primeiro a tocar no assunto. Agora, a conversa ingressou nos argumentos de aliados de

[Novo post] Elena e Lucio Magri. Tão distantes e tao perto

Quer colaborar também? Saiba como no fim deste post! Por Daniel Costa. Provavelmente Elena nunca tenha ouvido falar de Lucio Magri, assim como o intelectu" Responda a este post respondendo acima desta

Se o escândalo contra a Petrobrás era para ser a bala de prata desta eleição, o tiro saiu pela culatra

Quase a metade dos nomes listados na delação premiada do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, é de políticos ligados não à campanha de Dilma Rousseff, mas à de Aécio Neves e Marina Silva. Dos 16 nomes, sete estão contra Dilma, pública, notória e oficialmente. O detalhe, que é do tamanho de um elefante, tem passado desapercebido na "grande" mídia. Será por quê? O presidente da Câmara,

[Novo post] Lula e Dilma em Brasília Teimosa, no Recife

Por Urariano Mota. No site do PT se escreveu: "Brasília Teimosa, antes, eram apenas palafitas, casas que ficavam em cima da maré sustentadas por madeiras, em um cenário de extrema pobreza" Mas não era bem assim, quem é de fora do Recife, ou quem não " Responda a este post respondendo acima desta

Favas contadas

Dilma será reeleita. Se no primeiro ou segundo turno, essa é a dúvida. Essa questão são favas contadas - essa é minha opinião -. Quanto a eleição para o governo dos Estados, aí que reside a esperança da parte mais rica e forte do Psdb - São Paulo -. Se Alexandre Padilha for para o segundo turno, será eleito governador, então pode fechar a tampa do caixão, o Psdb morreu. 

Tome as rédeas do seu tempo

Eu gosto de fazer coisas, muitas delas. Aprendi a tomar um cuidado extremo ao aceitar novas atividades, pois tenho o instinto de querer fazer tudo ao mesmo tempo e, quando me deparo com algo que realmente quero – ou devo – fazer, reflito bastante sobre o impacto que isso causará na minha organização.Como abordei recentemente

No twitter Marina assume sua tucanicidade

 Marina Silva ‏@silva_marina  4 minA política tem sua linguagem e é hora de uma palavra nova. Eu prefiro o "marinês castiço" do que o "repetês castiço".Para quem não sabe - eu não sabia - o significado de Castiço é: 1. de boa casta ou raça; de qualidade superior 2. próprio para reproduzir a raça ou a casta; escolhido,

Parafraseando Mayer Amschel Rothschild

Posted: 16 Sep 2014 05:55 AM PDT

Deixe-me emitir e controlar a moeda de uma nação e não me importarei com o Legislativo, Executivo e Judiciário. <!-- CBCRT --> (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({}); "Todo aquele que controla o volume de dinheiro de qualquer país é o senhor absoluto de toda a indústria e comércio, e quando percebemos que a totalidade do sistema é facilmente controlada, de uma forma ou de outra,


Jornal Nacional troca âncora

A Rede Globo tem âncoras a bambau. O que lhe falta é boia para evitar que afunde de vez na falta de audiência.

O Mais Médicos já beneficiou mais de 50 milhões de cidadãos

Presidenta Dilma - Em 2013, meu governo lançou o programa Mais Médicos para ampliar o atendimento médico prestado à população brasileira. Hoje tenho uma excelente notícia: já atendemos todos os pedidos feitos pelos prefeitos de todo o Brasil. Só aqueles municípios cujos prefeitos não solicitaram médicos não receberam. Assim, em apenas oito meses, o Mais Médicos está presente em 3.819 municípios

Novos smartphones da BLU ameaçam Moto E e Moto G

Desde a chegada do Moto G, começou uma corrida para tentar oferecer no Brasil um aparelho que consiga competir em especificações e em preço com o intermediário da Motorola. A nova tentativa a tentar roubar este mercado é uma novata no mercado nacional e se chama BLU Products, uma empresa americana fabricante de smartphones, que

Miguel do Rosário: Por que a Globo esconde o passado de Costa?

Paulo Roberto Costa é cria tucana sim. Esteve à frente da construção do gasoduto Brasil – Bolívia, ao final dos anos 90.Costa deve suas primeiras nomeações importantes dentro da Petrobrás à FHC.A construção desse gasoduto, aliás, foi muito mal explicada. O

Inversão dos papéis

 A iniciativa privada - ladrões travestidos de empresários - roubam o Estado e a mídia - também privada e travestida - faz da vítima o ladrão. Corja!!!

Paulistanos exigem rodízio de bicletas

Gloria Kalil elaborou um manual de etiqueta para a pedalada ITAIM BIBI - Irritados com a proliferação de ciclofaixas vermelhas, centenas de paulistanos saíram em carreata para exigir o rodízio de bicicletas. "O engarrafamento é um patrimônio imaterial da cidade. Não podemos perder nossa identidade",

No Ceará se a eleição fosse hoje Camilo Santana (PT) seria eleito governador

Ceará eleição 2014: Tracking 15/09 Resultado: Camilo Santana (PT) 51% Eunício Oliveira (PMDB) 45% Eliene Novaes (PSB) 03% Aílton Lopes (Psol) 01% Divulgo os resultados como faz o TSE - Tribunal Superior Eleitoral -, votos válidos. A margem de erro só será apresentada na pesquisa de boca-de-urna. O NC - Nível de Confiança - é de 100%. Quer dizer, se forem feitos 100 levantamentos (hoje) o

A queda de Aécio Neves para terceiro lugar tem gerado cenas constrangedoras em vário lugares mas a campanha de seus aliados na Bahia superou as demais

Temeroso de ser contaminado pelo desprestígio do candidato presidencial do PSDB, o candidato Geddel Vieira de Lima, adversário histórico do PT, de Lula, de Dilma e do governador Jaques Wagner, foi até a Justiça eleitoral para tentar impedir a campanha adversária de lembrar a platéia do horário político da mais pura verdade: que ele é o candidato de Aécio na Bahia. Sem meias palavras, os advogados


Eleições 2014: o debate por avanços, contra o retrocesso

 Veja textos exclusivos do portal Grabois e do Vermelho analisando a conjuntura eleitoral com sua polarização, a despeito do marketing da "nova política", que mostra que os candidatos podem mudar de rosto e expressar diferenças significativas de trajetória, mas não se supera a luta de classes com sua dicotomia entre esquerda e

Eu voto na Marina porque...

Marina contra Marina, por Ricardo Melo


Paulo Moreira Leite: temendo nova derrota, bonzinhos criticam reeleição

A reeleição voltou a ser a conversa mole mais conhecida da política brasileira. Aparece sempre que um candidato a reeleição exibe chances reais de ganhar um novo mandato. Na falta de argumento melhor, os adversários dizem que o direito a reeleição favorece o uso da máquina e deve ser abolido.
Aécio Neves foi o primeiro a tocar no assunto. Agora, a conversa ingressou nos argumentos de aliados de Marina Silva.
É um argumento destinado acima de tudo a vitimizar seus candidatos, à margem de qualquer debate político real.
Uma mudança desse porte não se improvisa de hoje para amanhã. Envolve uma operação de vulto, como se viu no esforço para aprovar a reeleição — em 1997 — que incluiu até a compra de votos em plenário.
Estamos falando de uma sucessão de casuísmos. Há 17 anos, a reeleição era parte do sonho tucano de ficar 25 anos consecutivos no Planalto. Mas o projeto naufragou, permitindo a posse, em 2003, de um governo comprometido com a distribuição de renda, a proteção do emprego, os direitos do trabalho. Nada revolucionário, vamos combinar. Apenas o bom e velho reformismo, a busca do Estado de bem-estar Social, que raras vezes se praticou neste país, e por isso gera benefícios tão relevantes. Mas nem isso se admite, nós sabemos.
Ao se verificar que a reeleição pode servir as grandes maiorias da população, o novo casuísmo fala em revogar este direito.
É uma tentativa de ganhar simpatias do eleitor reforçando um estereótipo negativo sobre a democracia e os políticos eleitos, apresentados como aproveitadores que só pensam em manter seus cargos e colher os benefícios correspondentes. Despolitização máxima.

Em 2014, o debate sobre a reeleição pretende questionar um segundo mandato para Dilma Rousseff. Em vez de discutir virtudes e defeitos de seu governo, tenta-se dizer que a continuidade é ruim em si e que a alternância é boa em si.
Sem motivos mais consistentes para pedir voto, pede-se um revezamento, numa visão absurda da Presidência da República, que não é programa de calouros, concorda?

No fundo, estes argumentos pretendem sugerir que, em caso de vitória, Dilma não será reeleita pelo voto do povo. Mas pela máquina do Estado.
Já se pretende, em caso de derrota, colocar uma sombra na legitimidade de seu novo mandato. Dá para entender como a oposição pretende se comportar nos próximos anos, caso venha a enfrentar uma quarta derrota consecutiva.
A realidade é que a campanha está mostrando que é muito mais difícil fazer críticas ao governo do que seus adversários imaginavam. Por isso eles não conseguem disfarçar a própria decepção na medida em que a eleição entra na reta final.
O massacre dos meios de comunicação é real e duradouro, como revelam — enfaticamente — os números do Manchetômetro, mas o efeito é relativo. A população reconhece as melhorias ocorridas no país desde que Lula chegou ao Planalto. Tem críticas, como se viu nos protestos de junho de 2013. Mas nem por isso embarcou na visão de que é preciso mudar de qualquer maneira. Valoriza as melhorias realizadas.



As pesquisas mostram que no momento atual da campanha Dilma recuperou não só a liderança nas pesquisas, mas no debates político.
Marina finge que críticas políticas são ataques a sua pessoa. Aécio não consegue convencer o eleitor a prestar atenção no que diz.
A experiência ensina que, como tudo na vida, a reeleição é uma faca de dois gumes. Tudo depende da capacidade exibida pelo governante durante o mandato. Se mostrou-se competente, atendeu a maioria dos eleitores e exibiu uma razoável eficiência como administrador, tem boas chances de se reeleger. Se, pelo contrário, fez seguidas demonstrações de incapacidade e passou uma borracha nos principais compromissos de campanha, a reeleição torna-se uma armadilha e um fardo a carregar.
O essencial, numa eleição, é defender a soberania popular, que envolve, acima de tudo, o direito de escolher os governantes. Outras iniciativas, no sentido contrário, são puro atalho para questionar a primazia dos direitos do povo. É até falta de respeito.

[Novo post] Elena e Lucio Magri. Tão distantes e tao perto

boitempoeditorial publicou: "O Blog da Boitempo apresenta em seu Espaço do leitor textos inéditos escritos por nossos leitores. Quer colaborar também? Saiba como no fim deste post! Por Daniel Costa. Provavelmente Elena nunca tenha ouvido falar de Lucio Magri, assim como o intelectu"

Se o escândalo contra a Petrobrás era para ser a bala de prata desta eleição, o tiro saiu pela culatra

Quase a metade dos nomes listados na delação premiada do ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, é de políticos ligados não à campanha de Dilma Rousseff, mas à de Aécio Neves e Marina Silva. Dos 16 nomes, sete estão contra Dilma, pública, notória e oficialmente.

O detalhe, que é do tamanho de um elefante, tem passado desapercebido na "grande" mídia. Será por quê?

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é candidato ao governo do Rio Grande do Norte, apoia Aécio e tem uma chapa formada pelo PSDB, DEM e também pelo PSB.

Romero Jucá, do PMDB de Roraima, declarou apoio e fazia entusiasmada campanha para Aécio. Jucá brigou com Dilma quando foi afastado, em 2012, da liderança do governo no Senado, o cargo quase vitalício que ocupou, pela primeira vez, durante o governo FHC.

Ao finalmente romper com um governo e ir para a oposição, Jucá declarou que o fazia por razões ideológicas e "acusou" Dilma de ser socialista.

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) liderou a resistência que tentou impedir o apoio de seu partido a Dilma. Depois, organizou a dissidência do Diretório do Rio de Janeiro, que apoia Aécio.

A mesma coisa fez João Pizzolatti, que é presidente do PP de Santa Catarina e articulou o apoio desse diretório a Aécio. O PP-SC também fez barba, cabelo e bigode: além de estar com Aécio, o chapão de Pizzolatti inclui a aliança com as candidaturas de Paulo Bauer a governador, pelo PSDB, e de Paulo Bornhausen ao Senado, pelo PSB.

Eduardo Cunha, deputado federal pelo PMDB-RJ, dispensa maiores apresentações. É o inimigo público nº 1 de Dilma dentro do PMDB e foi o principal articulador do apoio majoritário desse partido, no Rio, ao candidato Aécio Neves.

Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, embora publicamente tenha feito declarações favoráveis a Dilma, patrocina a aliança conhecida como "Aezão", ou seja, a adesão dos tucanos à candidatura do governador Pezão (PMDB), que é candidato à reeleição. Em troca, a maior parte do PMDB fluminense garantiu apoio governista à combalida campanha de Aécio naquele estado.

Eduardo Campos (PSB) - também citado na delação -, como é notório, saiu candidato à presidência da República, levou o PSB para a oposição ao governo Dilma, aliou-se a Marina Silva e organizou as dobradinhas com Aécio em vários estados.

A propósito, até o momento, a defesa de Campos tem ficado restrita a alguns membros do PSB. Marina nem mesmo se deu ao trabalho de rechaçar prontamente as denúncias feitas contra uma pessoa de quem ela se dizia firme aliada por uma nova política.

A enigmática frase da candidata - de que "não queremos ver Eduardo morrer duas vezes" - mostrou que, até mesmo em relação a Eduardo Campos, Marina Silva está mais que propensa, de novo, a mudar de ideia.

Uma simples conferida na lista deixa claro que o escândalo foi qualquer coisa, menos algo feito com o claro propósito de ajudar a campanha de Dilma.




Antonio Lassance - cientista político.

[Novo post] Lula e Dilma em Brasília Teimosa, no Recife

boitempoeditorial publicou: " Por Urariano Mota. No site do PT se escreveu: "Brasília Teimosa, antes, eram apenas palafitas, casas que ficavam em cima da maré sustentadas por madeiras, em um cenário de extrema pobreza" Mas não era bem assim, quem é de fora do Recife, ou quem não "