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#ZelotesdaZeleti

Empresas que estão na lista da Operação Zelotes
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Papo de homem

Mundo interno - Bolhas de realidade

Voltei recentemente de um período imerso em contemplação, observando e conhecendo melhor a minha mente, tendo acesso a sabedorias que fogem de tudo que já conhecia. Literalmente tocando o céu.
Fiquei com vontade de tentar aprofundar e explorar, com vocês leitores, um dos aspectos que contemplamos por lá e que podem nos ajudar a caminhar melhor pelos mundos em que vivemos e pela vida de forma geral.
A pergunta seria, mais ou menos, assim: se num dia estamos felizes, querendo mandar flores para o mundo inteiro e no outro brigamos com alguém, qual o detalhe sutil que nos fez surgir diferentes? Ou ainda, quando duas pessoas estão na mesma casa, uma trocando mensagens apaixonadas e outra pensando em se matar, onde elas realmente estão? Em que lugar sutil nós vivemos?
O lugar sutil onde colocamos nossa mente cria as bolhas de realidade em que entramos e que acabam por modificar nosso jeito de ver o mundo, que nos condicionam a agir de formas pré-definidas, que nos travam quando não conseguimos enxergar adiante. Essas bolhas surgem como um modo padrão pelo qual andamos pelo mundo, quase como um software que usamos para enfrentar as várias situações que nos acontecem no dia a dia.
As bolhas de realidade são construídas e surgem com um forte senso de identidade; um senso de propósito; um senso de urgência; senso de competitividade. Podem fazer brotar, também, emoções perturbadoras (medos, culpas, orgulho, inveja, etc), narrativas que contamos pra nós mesmos para justificar a situação, metas e planejamentos restritos.
Quando reclamam que a pessoa é de um jeito quando está com a namorada e de outro quando sai com os amigos, elas já estão identificando as bolhas por onde a pessoa transita. No final do expediente, quando pegamos o carro para ir pra casa já estamos operando com todas as características que descrevemos acima. O trabalho é outra bolha que, além de tudo que já identificamos, ainda tem uma noção meio truncada de que aquilo é realmente muito importante e não conseguiríamos viver sem.
Os relacionamentos e mais especificamente as brigas dentro de um relacionamento são ótimos exemplos para contemplar as bolhas. Quando brigamos, já estamos operando a partir de identidades e cada um está defendendo a sua. Numa briga também sempre existe um propósito, seja de acusar, defender, explicar, cobrar, justificar, etc, e, além disso, sempre surge um senso de urgência para resolver aquilo o mais rápido possível, sem nem dar chance de ver o caos operar por algum tempo.
Quanto mais exemplos nós conseguirmos encontrar, melhor vamos ficar em identificar os condicionamentos que levamos pra cada situação. Isso porque vai ficando mais fácil perceber quais são os automatismos que levamos para cada bolha, como agimos diferentemente em cada uma.
Se conseguirmos enxergar os exemplos então seremos capazes de “furar a bolha” e operar de forma mais ampla, acessando aspectos que a visão limitada da bolha não nos permitia.
"Tudo aquilo que chamamos de sabedoria surge quando estamos olhando de forma mais ampla"
—Lama Padma Samten (durante o Retiro de Verão 2015)
Acessar uma visão mais ampla significa não entrar no jogo que se apresenta acreditando que ele seja sólido, fixo, pesado, impossível de jogar de outra forma. Essa visão, ou sabedoria, seria o inicio do rompimento dos limites usuais em que operamos.
Por exemplo, um competidor pode olhar a prova como sendo super sólida, acreditando que aquilo é pra valer, questão de vida ou morte, mas o mesmo competidor pode olhar aquilo de outro jeito e simplesmente parar de competir ao encontrar um adversário machucado.
O mesmo vale para a discussão que, se não treinarmos esse olhar que vê além das bolhas, vai parecer super séria e densa. Mas a discussão só surge quando não enxergamos a situação de forma mais ampla, entendendo o outro e entendendo as limitações inevitáveis das coisas.
"Quando você vê uma pessoa, é muito difícil não olhar de dentro de uma bolha" —Lama Padma Samten (durante o Retiro de Verão 2015)
Isso porque sempre que tentamos entender alguma coisa cognitivamente estamos tentando encaixar aquilo dentro da bolha em que já estamos. Se chega uma pessoa nova no departamento, tentamos entendê-la dentro da base pela qual estamos operando, como encaixá-la dentro dos condicionamentos que já estão presentes. Quando olhamos a esposa (ou marido) de dentro da bolha não conseguimos ver a pessoa por trás desse titulo, mas depois de uma separação dizemos que “só demos valor depois que perdemos”. O que mudou senão o olhar sutil?
Mas operar em bolhas não é nem bom nem ruim em si, é apenas um jeito de operar, uma operação mental que usamos sem nem nos darmos conta. Podemos descrever as bolhas como algo mais grosseiro, uma zona de conforto que se rompe, mas podemos enxergá-las como algo mais sutil que rompemos e recriamos infinitamente durante o dia.
O que devemos evitar é atuar dentro disso às cegas, obedecendo as “regras” sem suspeitarmos do que está acontecendo. Para isso, nós não precisamos negar as bolhas e nos desesperarmos quando percebemos que estamos em uma. Podemos apenas relaxar não dando tanta solidez para aquilo, não agindo de forma automática - por condicionamentos - e lembrar que existe um aspecto muito mais amplo operando a todo instante, sempre trazendo outras opções e ações possíveis e, aí, sorrimos.
by Marcos Bauch

Na Carta Capital. Operação Zelotes envolve bancos, grandes empresas e afiliada da Globo

Segundo jornal, Bradesco, Santander, BR Foods, Camargo Corrêa, Petrobras e a RBS, afiliada da Globo no RS, estariam ligados ao esquema de corrupção

por Redação

A operação realizada na quinta-feira 26 por diversos órgãos federais contra um esquema que causava o sumiço de débitos tributários, uma forma de desfalcar os cofres públicos, identificou várias grandes empresas e bancos entre os suspeitos de pagar propina para se livrarem de dívidas. Entre estas empresas está a RBS, maior afiliada da Rede Globo. Os investigadores, segundo o jornal o Estado de S. Paulo, desconfiam que a RBS pagou 15 milhões de reais para que desaparecesse um débito de 150 milhões de reais. Estariam envolvidas também Ford, Mitsubishi, BR Foods, Camargo Corrêa, Light, Petrobras e os bancos Bradesco, Santander, Safra, BankBoston e Pactual.
O esquema desbaratado pela Operação Zelotes subtraiu do Erário pelos menos 5,7 bilhões de reais, de acordo com as investigações de uma força-tarefa formada por Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Corregedoria do Ministério da Fazenda.
O esquema atuava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão da Fazenda onde contribuintes podem contestar administrativamente – ou seja, sem passar pela Justiça – certas tributações aplicadas pela Receita.
A força-tarefa descobriu a existência de empresas de consultoria a vender serviços de redução ou desaparecimento de débitos fiscais no Carf. Tais consultorias tinham como sócios conselheiros ou ex-conselheiros do Carf. Elas conseguiam controlar o resultado dos julgamentos via pagamento de propinas. Entre seus clientes, estão as grandes empresas citadas pelo Estadão.
As investigações começaram no fim de 2013. Já foram examinados 70 processos em andamento ou já encerrados no Carf. No total, eles somam 19 bilhões de reais em tributos. Deste montante, os investigadores estão convencidos de que 5,7 bilhões foram ilegalmente "desaparecidos" nos processos já encerrados. Entre os crimes apurados na Zelotes, estão advocacia administrativa, tráfico de influência, corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Na operação, houve busca e apreensão em Brasília, Ceará e São Paulo. Na capital federal, foram apreendidos 16 carros – entre veículos de luxo, nacionais e importados –, três motos, joias, cerca de 1,8 milhão de reais, 9 mil dólares e 1,5 mil euros. Em São Paulo, foram apreendidos dez veículos e 240 mil, em reais e moeda estrangeira. No Ceará, dois veículos também foram apreendidos.
O Ministério da Fazenda informou que já abriu processos administrativos contras as empresas envolvidas, tendo como base a Lei Anticorrupção, a mesma que dá suporte a processos da Controladoria Geral da União contra empreiteiras metidas na Lava Jato.
Todas as empresas citadas pelo Estadão disseram ao jornal desconhecer as denúncias ou se negaram a comentar o caso.
Abaixo, a lista de débitos investigados de algumas das empresas, segundo o Estadão:
Santander – R$ 3,3 bilhões
Bradesco – R$ 2,7 bilhões
Gerdau – R$ 1,2 bilhão
Safra – R$ 767 milhões
RBS – R$ 672 milhões
Camargo Corrêa – R$ 668 milhões
Bank Boston – R$ 106 milhões
Petrobras – R$ 53 milhões

Operação Zelotes escancara a hipocrisia nacional

"Aqui no Carf [Conselho Administrativo de Recursos Fiscais] só os pequenos devedores pagam, Os grandes não"!

A afirmação acima, foi dita por um ex-conselheiro do orgão, numa conversa interceptada com autorização da Justiça.

Grandes bancos e grandes empresas estão atoladas até o pescoço nessa chaga nacional que é a sonegação.

Bancos:

  • Safra
  • Boston
  • Pactual
  • Bradesco
  • Santander
Montadoras:
  • Ford
  • Mitsubishi
E mais:
  • RBS
  • Light
  • BR Foods
  • Grupo Gerdau
  • Camargo Corrêa
O que estas empresas tem em comum?
Todas só negam. 
Seus donos são honestos.
E, eu acredito na palavra deles!
Com certeza você também acredita, não é mesmo?
Por favor, confirme que também acredita num comentário.



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Leandro Fortes: a Operação Zelotes jamais teria acontecido num governo tucademo

Essa Operação Zelotes, assim como a Lava Jato e outras tantos mil, jamais teria ocorrido em um governo tucano.
Repito: jamais.
Fui repórter durante todos os governos FHC e posso garantir: a condução da PF era absolutamente controlada pelos interesses do governo tucano, aí incluídos os aliados do PFL, atual DEM.
Só por isso, já dá para imaginar.
Na investigação do chamado Dossiê Cayman, que investiguei em Miami e na Jamaica, os delegados eram comandados, pessoalmente, pela então secretária nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind. Até às Bahamas ela foi com eles.
Em 1998, o então diretor-geral da PF, Vicente Chelotti, foi obrigado a esconder documentos que incriminavam o falecido ministro das Comunicações Sérgio Motta, o Serjão.
Ele, FHC, José Serra e Mário Covas eram acusados de possuir uma conta secreta no paraíso fiscal das Ilhas Cayman (na verdade, nas Bahamas), onde teriam colocado grana desviada das privatizações.
Os papéis eram falsos, mas, estranhamente, o governo entrou em desespero. A PF abriu dois inquéritos, agiu no subterrâneo e só depois da imprensa descobriu que o dossiê – vendido por três golpistas brasileiros a Fernando Collor e Paulo Maluf por 1 milhão de dólares – era falso. Está no livro que escrevi a respeito, “Cayman: O Dossiê do Medo” (Record, 2002).
Um vexame.
O gado que foi tocado para as ruas, em 15 de março, para bradar contra a corrupção, deveria pensar um pouco mais sobre isso.
Não custa nada gente, basta um pouco de esforço. Esso para quem tem dificuldade em raciocinar.