Haddad denuncia avalanche de baixarias no Whatsapp




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Como dizia meu pai

JÁ SE TORNOU HÁBITO MEU, em meio a uma conversa, preceder algum comentário por uma introdução:
— Como dizia meu pai…
Nem sempre me reporto a algo que ele realmente dizia, sendo apenas uma maneira coloquial de dar ênfase a alguma opinião.
De uns tempos para cá, porém, comecei a perceber que a opinião, sem ser de caso pensado, parece de fato corresponder a alguma coisa que Seu Domingos costumava dizer. Isso significará talvez — Deus queira — insensivelmente vou me tornando com o correr dos anos cada vez mais parecido com ele. Ou, pelo menos, me identificando com a herança espiritual que dele recebi.
Não raro me surpreendo, antes de agir, tentando descobrir como ele agiria em semelhantes circunstâncias, repetindo uma atitude sua, até mesmo esboçando um gesto seu. Ao formular uma idéia, percebo que estou concebendo, para nortear meu pensamento, um princípio que se não foi enunciado por ele, só pode ter sido inspirado por sua presença dentro de mim.
— No fim tudo dá certo…
Ainda ontem eu tranqüilizava um de meus filhos com esta frase, sem reparar que repetia literalmente o que ele costumava dizer, sempre concluindo com olhar travesso:
— Se não deu certo, é porque ainda não chegou no fim.

Bora desenhar, com Gilvandro Filho?


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Ciro Gomes (PDT) ganha de Jair Bolsonaro (PSL) num hipotético segundo turno? Ganha, diz o Ibope e o Datafolha.
Ciro tem quantos pontos na pesquisa, 9, 10, 11?
Ciro vai para o segundo turno? Não!
Votar em Ciro no primeiro turno ajuda a derrotar o candidato fascista? Nem de longe.
Votar em Ciro no primeiro turno ajuda a definir a fatura em prol do candidato nazista e a derrotar o PT logo no primeiro turno? Sim.
Se o que lhe importa não é o que virá com um governo nazista, mas tirar o PT da jogada, siga em frente.
Não é o que eu quero, pelo contrário. 
Devolva meu lápis!

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No 2º turno a máscara do fascista vai cair


O PT iniciou na manhã de hoje (03/10), a batalha que decidirá o 2º turno. O partido veiculou como a versão de Bolsonaro "contra o sistema" é falsa. O programa não enveredou no debate sobre valores morais e de costumes, concentrou exclusivamente de como Jair Bolsonaro votou em temas como salário mínimo e reforma trabalhista. Depois virão os esclarecimentos sobre o que Bolsonaro pensa sobre 13º, 1/3 adicional nas férias e aposentadoria. Assista:





"Não vote em quem sempre votou contra você. Bolsonaro não".
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Sapiência da Vovó Briguilina


- Dona Briguilina, quem a senhora considera ser uma pessoa inteligente?

- Uma pessoa que não discute com idiotas nem fascistas que votam em Jair Bolsonaro.

- Não concordo que isso revele a inteligência de alguém!

- Você tem absoluta razão!

Imagem do dia

A imagem pode conter: 8 pessoas, pessoas sorrindo

Quais são as correntes mais fortes, as visíveis ou as invisíveis?
Sinceramente, acho que as invisíveis.
Qual sua opinião?

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A culpa é das mulheres! Eles disseram, por Walter Faceta

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As mulheres que votarão nele, acham que merecem ser estrupadas.
Tem gosto pra tudo!



Na noite desta terça-feira, desisti da Internet. Fui dormir. Mas não abandonei mouse e teclado em razão das apreensões geradas pela pesquisa do Datafolha.
Pulei fora porque me enojou o viés reacionário machista, à esquerda e à direita, que passou a guiar a análise da conjuntura política.
De repente, entusiastas do #elenão se puseram a responsabilizar as mulheres pelo suposto crescimento do fascista Bolsonaro nas consultas eleitorais.
De novo, equivale a passar pano para o agressor e culpar sua vítima.
É a ideia remodelada e covarde do "quem mandou passear de saia curta?", pergunta retórica repetida todos os dias neste Brasil, nos pontos de ônibus das periferias ou nos espaços gourmets dos condomínios de luxo.
O #elenão foi justo, bonito e, sobretudo, necessário. Pobre de uma sociedade que, acossada pelo fascismo, decide por si só abandonar seus direitos democráticos.
Posso me lembrar das Escrituras e me envergonhar de como o patriarcado religioso reduziu Maria de Magdala a uma prostituta, ela que liderou as primeiras comunas do anarquismo primitivo.
Posso ver também tantas companheiras ardendo nas fogueiras de uma Inquisição que via bruxaria e heresia no conhecimento e na sensibilidade.
E outras que pagaram com a vida, em fábricas da opressão, pela ousadia de exigir correto pagamento e condições dignas de trabalho.
Também as meninas armênias crucificadas em 1915.
Eu me lembro de Edoarda Bindo, a menina gentil que foi assassinada pelas forças da repressão paulista durante a Greve Geral de 1917.
E das adolescentes tibetanas executadas pelas forças de ocupação chinesa.
E me recordo, olhos marejados, de Olga, Pagu, Heleny, Iara, Helenira, Margarida, Ligia, Esmeraldina, Aurora, Zuzu, Sueli, Rose, Dorothy e Marielle...
Como se elas não merecessem os levantes da Batata e da Cinelândia. Como se esses martírios não justificassem as faixas erguidas contra o autoritarismo e a barbárie.
Se existe alguma relação entre o anunciado crescimento de Bolsonaro e as manifestações feministas, deve-se não a elas, mas ao uso deturpado e criminoso das imagens dos atos, manipuladas pela indústria de fake news da direita nacional.
Acordem! Nenhum silêncio subserviente ganhou qualquer guerra contra o fascismo.
A Itália não se livrou do terror mussolinista com subserviência, mas com o sangue e o suor de partigianas como Mimma Bandiera, Carla Capponi, Bruna Bedeschi e Renata Del Din.
E a mãe Rússia somente rechaçou o criminoso exército nazista com a intervenção destemida de companheiras como Roza Shanina e Lyudmila Pavlichenko, snipers competentes e dedicadas.
E tem sido assim, hoje, no território de Rojava, onde um Estado livre, democrático, multiétnico, multirreligioso e cooperativo tem sido construído e defendido, com flores e balas, pelas milícias femininas.
É preciso alçar a voz contra toda e qualquer censura, contra toda e qualquer forma de tortura, contra todo e qualquer sistema repressivo que atente contra a vida humana.
Vivemos uma época de insanidade, maldade e trevas em nosso país. E é justamente agora que as mulheres devem constituir e preservar o lugar de fala da cidadania.
Que ele seja educativo, didático e capaz de reparar os graves danos impostos à frágil teia das relações sociais.
Não há erro grosseiro algum no #elenão. O equívoco monstruoso reside na omissão de quem se esquiva da guerrilha da comunicação.
A falha principal é dos políticos de gabinete, é dos palanqueiros oportunistas que têm sido incapazes de formar as massas para a diversidade.
Eu sinto vergonha. Mas também um estranho entusiasmo, porque nessas horas sempre me vem à mente a frase sediciosa da querida companheira Emma Goldman: "se eu não posso dançar, essa não é a minha revolução".
Ora, sigam em frente, compas! Vamos fazer revolução, e vamos dançar, sim! Juntas e juntos. Que se dane o machismo.
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