Folha publicou documento falso


A ministra Dilma Rosseff demonstrou algumas fragilidades no documento publicado em reportagem da edição de ontem (4) do jornal Folha de S. Paulo não seja verdadeiro.
''Não fizemos dossiês. Fizemos um banco de dados. Tem uma coluna que não existe no nosso banco de dados, os nossos dados não têm essa ordem. Houve um crime na Casa Civil, a não ser que esse fac-símile tenha sido manipulado''. Ela disse ainda que matéria da Folha de S.Paulo ''rui por terra a versão que a Casa Civil fez um dossiê para incriminar alguém''.

Descartando a existência de dossiê, Dilma explicou que a coluna intitulada ''observações'', apresentada no jornal Folha de S.Paulo, sequer existe na base de dados da Casa Civil. Além disso, ela destacou que o ordenamento das informações apresentadas nos jornais é diferente do ordenamento que consta no banco de dados da Casa Civil. Dilma disse que todos os dados não sigilosos que constam nesse banco de dados serão enviados à CPI. De acordo com ela, ficarão apenas os sigilosos, os que dizem respeito à Presidência da República, que não serão enviados.

A ministra questionou também o conjunto de colunas publicadas no jornal nas quais teriam o número do processo e o agente suprimido, que na edição da Folha de S.Paulo, segundo ela, não tem. ''Isso mostra que numa planilha de Excel monta-se o que se quer. Assim como o jornal o fez'', afirmou, acrescentando ainda que esse fato mostra como a planilha é facilmente modificada.

Fristão


O escritor Yves Hublet e sua justiceira bengala, não apareceram no congresso nestes Álvaros Dias, de descoberta de quem entregou o "dossiê" a revistinha?
Não teve um "súbito ataque de nervosismo" contra o atravessador de "dossiês"?
O caseiro não recebeu mais "depósitos do papai" na sua conta bancária?
Estranho, muito estranho.

Tem caroço neste angu

A novidade

Anexada ao processo, pode provocar reviravolta no caso em que o ex-ministro Antônio Palocci figura como réu: o caseiro Francenildo Costa move na Justiça um processo de reconhecimento de paternidade contra o pai biológico, que reside em Teresina. Na época do escândalo, Francenildo alegou que os R$ 35 mil depositados em sua conta na Caixa eram produto de acordo para não mover esse processo contra o pai.

Houve o crime

O fato novo põe em dúvida a origem do dinheiro na conta do caseiro, mas não muda o fato de o seu sigilo ter sido quebrado criminosamente.

Suspeita de jabá

O governo quebrou o sigilo bancário do caseiro suspeitando de suborno da oposição para ele acusar Palocci de freqüentar a mansão de lobistas.

Conseqüência

A quebra ilegal do sigilo de Francenildo derrubou Antonio Palocci e Jorge Mattoso, então presidente da Caixa, onde o caseiro tinha conta.

Negando três vezes

Outro detalhe favorece Palocci no processo, que corre em segredo de Justiça: Jorge Mattoso o inocentou em três depoimentos.
Claudio Humberto

Um primor

Essa turma do governo ou que apóia o governo tem mesmo muita cara de pau. Cobra do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) que revele o nome de quem lhe entregou o dossiê sobre as despesas sigilosas do casal Fernando Henrique Cardoso entre 1998 e 2000. Esquece que ela mesma, e sob anonimato, sempre alimentou a mídia com dossiês e coisas parecidas.

Cabe à turma provar que Dias forjou o dossiê. Ou que o encomendou. Não cabe a Dias revelar quem lhe deu o dossiê.

A insistência para que revele é uma maneira de tentar tirar do centro do palco o fato de que o governo pariu um dossiê com informações tidas como sigilosas.
Ricardo Noblat

Um magnifico exemplo de como age o PIG. "Cabe à turma provar que o Dias forjou o dossiê" mas, não cabe a oposição provar que o governo "pariu um dossiê".

Para o governo, o PT e aliados a lei é: O PT, Lula e aliados tem de provar a sua inocência.

Marta abre boa vantagem



A nova pesquisa Ibope para prefeito de São Paulo, que será divulgada neste fim de semana, apresenta Marta Suplicy com boa vantagem sobre o Geraldinho e Kassab.

Números preliminares, mostram que Marta Suplicy (PT) saltou de 27% em dezembro para 31% das intenções de voto.

Geraldinho (PSDB) caiu de 25% para cerca de 23%.

Gilberto Kassab (DEMO) subiu de 13% para 15%.

Analistas vinculam esta subida a vinculação de Marta Suplicy ao presidente Lula.

Mais até mesmo que o recall de sua administração.

O PIG e o MP de SP entram já em ação, apresentando um "escândalo" do PT da Petista.

Anote e confira.

Uma pelada


Há um jogo de esconde-esconde por trás desse carnaval todo:

1. Do lado do governo: o receio da eventual exploração política, se se levantarem os gastos da Presidência. Se há um terremoto por conta da tapioca, o que não haveria se se descobrissem gastos supérfluos da valor maior? É aqui que reside o ponto central da história. O jogo político é aqui, o resto é mero foguetório.

2. Do lado da oposição: esconder que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sabia de toda a operação. A revelação de Álvaro Dias ao “Estadão” mostra que FHC estava dentro, desde o início. Esse é o ponto central desse jogo de esconde-esconde.

Olhem em que a banalização do escândalo transformou a discussão política brasileira.

O editorial do Estadão de hoje mostra bem esse clima de "pelada":

Um gol contra do senador tucano Álvaro Dias permitiu ao governo empatar o jogo de aparências, ou melhor, a pelada, que disputa com a oposição a propósito do chamado dossiê das despesas do então presidente Fernando Henrique e de sua mulher, Ruth Cardoso.
Luis Nassif