O dólar teve mais um dia de forte alta ante o real nesta quarta-feira, acompanhando a piora dos mercados globais, diante da persistência dos temores de recessão econômica. A moeda americana fechou em alta de 6,39%, cotada a R$ 2,381. No mês, a alta acumulada já é de 25,13% e, no ano, de 34,08%.
Titanic o porto seguro
O dólar teve mais um dia de forte alta ante o real nesta quarta-feira, acompanhando a piora dos mercados globais, diante da persistência dos temores de recessão econômica. A moeda americana fechou em alta de 6,39%, cotada a R$ 2,381. No mês, a alta acumulada já é de 25,13% e, no ano, de 34,08%.
Qual é o índice do risco States hoje?
CUIDADO COM O RISCO ESTADOS UNIDOSEliakim AraújoPublicada em: 26/06/2002
Virou moda nos últimos meses a divulgação de um novo índice que mede a estabilidade financeira dos países e o risco que correm os investidores que neles investirem seus capitais. Segundo esses índices, o Brasil é um mercado extremamente arriscado, só perdendo mesmo para a falida Argentina.
Curioso é que essa avaliação chamada Risco Brasil se existia, foi sempre escamoteada da opinião pública brasileira. E agora, coincidentemente, em véspera de eleições presidenciais, passa a ser divulgada diariamente pela grande mídia, sempre associando o tal índice ao atual momento político e às pesquisas de opinião em relação ao pleito de 3 de outubro.
Essa nova forma de desmoralização do nosso país, tem tudo a ver com o papelão dos grandes bancos americanos de investimento que recentemente tentaram desacreditar os papéis brasileiros no mercado internacional, também com base em pesquisas eleitorais, alegando o risco que poderia representar para os investidores a eleição do candidato do Partido dos Trabalhadores.
Pois bem. Quero usar esse meu espaço livre e independente do Direto da Redação, para lançar aqui o RISCO EUA, com base no mais novo escândalo financeiro envolvendo uma das maiores corporações americanas, a Worldcom, gigante das comunicações e controladora da MCI a segunda maior companhia americana na conexão de longa distância. A empresa veio a público na noite de terça-feira para revelar a descoberta de um rombo em sua contabilidade no valor de 3.8 bilhões de dólares. Para tentar livrar sua responsabilidade, a Diretoria anunciou a demissão de dois funcionários acusados de armar a maracutaia. O mais grave nisso tudo, sem contar o fechamento de 17 mil empregos, é a fragilidade desses gigantescos conglomerados. O mercado de ações fica desmoralizado a cada novo escândalo. Primeiro foi a Enron, em Janeiro deste ano, e agora a Worldcom.
A empresa praticamente não tem saída, pois acumula uma dívida de quase 30 bilhões de dolares. Últimamente, os investidores já não faziam fé na estabilidade da companhia e suas ações chegaram ao fundo do poço, mesmo antes do anúncio do escândalo. Veja estes números impressionantes: Na Bolsa eletrônica Nasdaq, uma ação da Worldcom valia, em junho de 1999, U$64,50. Na terça-feira última fechou a 83 centavos de dólar. Já os papéis da empresa, negociados na Bolsa de NY, cotados a U$62,00 em 1999, fecharam na terça a menos de 90 centavos de dólar.
Por essas e outras, meu caro leitor, é que desaconselho definitivamente qualquer investimento em companhias americanas ou em seu mercado financeiro. Fico imaginando quantos milhões de investidores no mundo inteiro, sobretudo os de classe média, que aplicaram todas as suas economias nesse mercado dominado pelos espertalhões de Wall Street, infartaram ou morreram fulminados pelo choque de ver seu dinheirinho escoar pelo ralo da irresponsabilidade dos donos do dinheiro do mundo! Portanto, se você tem “algum” guardado, por favor, não se arrisque comprando papéis de empresas americanas nesses fundos de ações administrados pelas Merril Lynch da vida. Fica a impressão de que tudo na terra de Tio Sam é virtual e seu dinheiro pode virar pó da noite pro dia.
Quem avisa, amigo é. Cuidado com o RISCO EUA.
IBOP - extra , extra
Qual sua receita?
Nobel de Economia defende aumento de gastos públicos contra a crise
Para enfrentar a ameaça de degradação social, desemprego e recessão, em função da crise financeira, o Prêmio Nobel de Economia propõe fortes investimentos em políticas públicas nas áreas de saúde e seguridade social, aumento dos impostos para os mais ricos e fortalecimento do poder de negociação dos sindicatos. Para Krugman, o aumento do poder dos sindicatos permitiria aumentar o número de empregos e a renda destinada à classe média...
No Brasil a receita dos tucademos e PIG é "cortar gastos".
Clínica de Kassab é posto de saúde reformado
De Conrado Corsalete:
As cinco clínicas de médicos especialistas inauguradas pela gestão Gilberto Kassab (DEM) e as outras dez que o prefeito promete entregar até dezembro são, na verdade, postos de saúde que, após reforma, passam a receber o nome de "AMA de Especialidades", bandeira de sua campanha reeleitoral.
Cerca de R$ 130 milhões foram destacados no Orçamento nos últimos quatro anos para a construção das clínicas, demanda histórica da área de saúde, mas nenhum real foi gasto. Na peça do ano que vem, enviada por Kassab à Câmara Municipal, o item "clínicas de especialidades" nem sequer existe.
As reformas dos postos, as chamadas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), para a instalação das clínicas foram realizadas apenas neste ano eleitoral.
A prefeitura utilizou reservas orçamentárias destinadas a reformas de prédios e compra de equipamentos, num total de gastos de R$ 4,5 milhões. Se reeleito, Kassab promete entregar mais 15 "AMAs de Especialidades" no início de 2009.
A Folha esteve ontem na UBS de Carandiru, na zona norte, que será reformada para ter parte do espaço transformada em "AMA de Especialidades". Segundo funcionários, algumas salas usadas atualmente como almoxarifado ou para atividades administrativas devem dar lugar aos consultórios dos médicos. Uma nova portaria será construída.
Alguns pensamentos e minha opinião
1. Como o valor da informação diminui com o aumento do volume de informações, os eventos que acontecem no início do período de campanha têm um potencial maior de influenciar os eleitores do que os eventos que ocorrem na parte final. "Lei" do rendimento decrescente das informações.
2. A opinião básica sobre os candidatos não vai mudar na fase final.
* (Muda sim depende das informações que o eleitor captar)
3. Os partidos na campanha não são fonte de informação. A campanha é centrada no candidato.
*(São fonte de informação sim, o que não impede de centrar a campanha no candidato)
4. O eleitor conservador é mais constante que o de esquerda.
* (Muito pelo contrário)
5. Os últimos a decidir (indecisos) não tendem a votar no candidato do governo.
* (Balela)
6. Regra básica: nunca pise em sua própria história.
* (Concordo)
7. Debate só tem importância em disputa muito acirrada.
* (É sempre importante)
8. Expectativa de quem vai ganhar pode influenciar indecisos na reta final.