Em nome do interesse nacional

Na semana passada, chegou, afinal, ao Congresso, a propalada proposta de reforma política do governo, depois de um período de consultas aos próprios parlamentares. Em um gesto de inteligência política, o Planalto dividiu o assunto em sete diferentes projetos, um dos quais implica em reforma constitucional, certamente para facilitar a sua aprovação por partes. O essencial é a introdução do voto em lista fechada, o financiamento público exclusivo de campanha, a cláusula de barreira, a fidelidade partidária e a proibição de coligações em eleições proporcionais. Penosa promete ser a caminhada a ser vencida e as barreiras a serem transpostas. Há grupos políticos que só aceitam alterações que atendam às suas conveniências eleitorais. O deputado Ciro Gomes promete desmontar a reforma, considerando-a inadequada. Representantes do PCdoB se manifestam contra o fim das coligações em eleições proporcionais, alegando que implicará na extinção dos pequenos partidos. Como se sanear o quadro partidário, acabando com uma notória fraude, não fosse uma providência salutar e reclamada pela modernização das instituições.

A estabilidade é a meta

De todas as propostas, os pontos mais importantes, que constituem o fulcro da reforma, são o voto em lista fechada e a cláusula de barreira. O voto em listas pré-ordenadas acaba com o individualismo do voto proporcional em lista aberta e fortalece os partidos, hoje meros cartórios eleitorais. Só há um aspecto negativo, que é o extraordinário poder enfeixado nas mãos dos dirigentes partidários. Com o novo sistema, seriam eleitos, por ordem de colocação nas listas preparadas em convenções, os mais votados, dependendo do total de sufrágios de cada partido. A cláusula de barreira, o outro item de inquestionável importância, aprovada ainda durante a legislatura que coincidiu com o último mandato de Fernando Henrique Cardoso, foi derrubado pelo Supremo Tribunal Federal, sob a alegação de que se tratava de lei ordinária e não da necessária emenda constitucional. Seu objetivo é enxugar o quadro partidário, acabando as legendas de aluguel, que negociam até o tempo de rádio e televisão, e se destina a dar maior representatividade aos partidos. Nela, se exige 1% dos votos nacionais para cada legenda. Não é ainda o ideal, mas já representa um avanço significativo em matéria de instituições políticas no Brasil. O País cresceu, mudou de patamar na economia mundial, mas continua sujeito a instituições capengas, que já o levaram a uma ditadura militar, que durou mais de 20 anos. É hora de mudar para termos um sistema político que garanta estabilidade e governabilidade sem a vergonhosa barganha de hoje.
Tarcísio Holanda

Em nome do interesse nacional

Na semana passada, chegou, afinal, ao Congresso, a propalada proposta de reforma política do governo, depois de um período de consultas aos próprios parlamentares. Em um gesto de inteligência política, o Planalto dividiu o assunto em sete diferentes projetos, um dos quais implica em reforma constitucional, certamente para facilitar a sua aprovação por partes. O essencial é a introdução do voto em lista fechada, o financiamento público exclusivo de campanha, a cláusula de barreira, a fidelidade partidária e a proibição de coligações em eleições proporcionais. Penosa promete ser a caminhada a ser vencida e as barreiras a serem transpostas. Há grupos políticos que só aceitam alterações que atendam às suas conveniências eleitorais. O deputado Ciro Gomes promete desmontar a reforma, considerando-a inadequada. Representantes do PCdoB se manifestam contra o fim das coligações em eleições proporcionais, alegando que implicará na extinção dos pequenos partidos. Como se sanear o quadro partidário, acabando com uma notória fraude, não fosse uma providência salutar e reclamada pela modernização das instituições.

A estabilidade é a meta

De todas as propostas, os pontos mais importantes, que constituem o fulcro da reforma, são o voto em lista fechada e a cláusula de barreira. O voto em listas pré-ordenadas acaba com o individualismo do voto proporcional em lista aberta e fortalece os partidos, hoje meros cartórios eleitorais. Só há um aspecto negativo, que é o extraordinário poder enfeixado nas mãos dos dirigentes partidários. Com o novo sistema, seriam eleitos, por ordem de colocação nas listas preparadas em convenções, os mais votados, dependendo do total de sufrágios de cada partido. A cláusula de barreira, o outro item de inquestionável importância, aprovada ainda durante a legislatura que coincidiu com o último mandato de Fernando Henrique Cardoso, foi derrubado pelo Supremo Tribunal Federal, sob a alegação de que se tratava de lei ordinária e não da necessária emenda constitucional. Seu objetivo é enxugar o quadro partidário, acabando as legendas de aluguel, que negociam até o tempo de rádio e televisão, e se destina a dar maior representatividade aos partidos. Nela, se exige 1% dos votos nacionais para cada legenda. Não é ainda o ideal, mas já representa um avanço significativo em matéria de instituições políticas no Brasil. O País cresceu, mudou de patamar na economia mundial, mas continua sujeito a instituições capengas, que já o levaram a uma ditadura militar, que durou mais de 20 anos. É hora de mudar para termos um sistema político que garanta estabilidade e governabilidade sem a vergonhosa barganha de hoje.
Tarcísio Holanda

Tucanuçu incomformado

Conhecido tucanuçu (agora apenas papagaio) não escondeu, em um programa de televisão, inconformismo com o resultado da pesquisa Sensus/CNT de janeiro, que deu ao presidente Lula avaliação positiva de 84% e ao governo a aprovação de 72,5% da população. 

Uma liderança empresarial que o acompanhava demonstrou, por motivos óbvios, revolta menos sanguínea com o resultado. Como é possível que o povo (ah, o povo, que teima em não nos entender) avalie tão equivocadamente um presidente que cometeu o bárbaro crime de dizer que a crise seria uma marolinha quando é um tsunami?

Afinal de contas, o que eles queriam que Lula dissesse? Lembremos que na antevéspera da barbeiragem do Lehman Brothers, produzida pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, dominava no mundo a crença de que as patifarias feitas pelo sistema financeiro seriam administráveis pelas velhas e conhecidas manobras monetárias e fiscais. Qual era o quadro brasileiro naquele momento? Um sistema financeiro hígido (talvez marginalmente comprometido com derivativos tóxicos), cujo funding externo (no crédito interbancário e no comércio) era da ordem de 20% do financiamento total. A política econômica mantinha a maior taxa real de juro e o maior compulsório do universo. Era beneficiada por um sistema de câmbio flutuante e tinha uma reserva externa substancial. Tínhamos, pois, razoáveis condições iniciais para nos acomodar, relativamente bem, à complexa crise que estávamos importando.

A resposta da nossa política monetária ao problema foi na direção correta, mas, infelizmente, sempre atrasada e em doses homeopáticas incapazes de dar conforto ao nosso sistema bancário. Este, por precaução (e não sem alguma razão), produziu a morte súbita do crédito interno. Todos os agentes, seguindo o seu exemplo, saíram em busca de liquidez, produzindo aqui o mesmo efeito da quebra de confiança que lá fora, por outros motivos, interrompera o circuito econômico.

No Brasil, em um caso ou noutro, operações bancárias mais ousadas (agora congeladas como empréstimos e ocupando o espaço de novos créditos) talvez venham a exigir, no futuro, a capitalização de algumas instituições financeiras. Isso é exatamente o oposto do que ocorre nos EUA e na Europa, onde o sistema financeiro faliu. O problema é que aqui, como lá, o simples suprimento de liquidez prova ser incapaz de restabelecer a confiança no mercado interbancário, sem a qual não se voltará à normalidade. Principalmente depois que a nossa autoridade monetária construiu uma filosofia darwiniana a sugerir que banco grande é melhor do que banco pequeno e que ambos são piores do que bancos oficiais.

A dramática queda do nível de atividade de meados de setembro em diante é a demonstração de que há um problema de confiança, prematuramente importado, que só será resolvido com o tempo: o trabalhador não gasta seus incentivos fiscais porque teme ficar desempregado. O empresário, temendo a queda da demanda, ajusta com a maior rapidez os estoques, reduz o ritmo de encomendas, tenta acelerar as vendas, sacrifica a margem e usa o incentivo fiscal para ficar líquido. O banqueiro senta na liquidez que lhe deu o Banco Central, reduz o crédito e, paradoxalmente, de forma suicida, piora a qualidade dos seus ativos. A tragédia é que a quebra de confiança que interrompeu o circuito econômico torna aparentemente racional o comportamento de cada um, acomodando-os na irracionalidade geral. É apenas mais um claro exemplo da falácia da composição: o que parece bom para cada agente é ruim para todos. Foi isso que Lula intuiu instantaneamente.

É evidente, e não há dúvida, que o governo poderia ter feito muito melhor nos últimos catorze anos: 

1. Na política monetária, campeã olímpica do juro real, que usou oportunistamente a taxa de juro para valorizar o câmbio. 

2. Na política fiscal, que privilegia os gastos de custeio e blinda, em detrimento dos gastos de investimento em infraestrutura, os direitos adquiridos do corporativismo que parasita Brasília. 

3. Na ênfase maior nas reformas. É hora de reconhecer, tristemente, que não há como tapar o sol com a peneira: a relação custo-benefício do Estado no Brasil é, talvez, a maior do mundo.

Um mínimo de análise objetiva obriga-nos, entretanto, a aceitar o fato de que a crise do subprime só adquiriu a virulência atual depois de 15 de setembro de 2008, com a desastrada intervenção no Lehman Brothers. Será possível levar a sério a hipótese de que a crise no Brasil se agravou porque Lula a chamou de marolinha, e ela, por vingança, transformou-se em um tsunami? E será possível culpá-lo, ou ao povo, porque ele diz que a crise é importada e o povo até agora acredita? Claramente, não.

Como tudo isso vai terminar é cedo para saber, mas parece que o povo, quando deu sua opinião sobre Lula e seu governo, tinha razões que escaparam aos dois intelectuais.

Delfim Netto

Cúpula tucana impõe Serra

Atento à movimentação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o comando do PSDB está decidido a precipitar o lançamento da candidatura do governador José Serra à Presidência. Serra, porém, resiste. Sob o argumento de que, graças à colocação nas pesquisas, ele sairia vitorioso da disputa interna, tucanos chegam a insistir para que Serra enfrente o governador de Minas, Aécio Neves, em prévias partidárias.

Numa reunião com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso alegou que, se não lançar candidato o ´quanto antes´, a oposição ficará sem um porta-voz no país. Uma das avaliações é que, se fosse escolhido, o candidato já poderia monopolizar o programa partidário. Agora, terá que dividir o tempo com outros governadores.

Ao longo da semana, FHC pediu para que o partido trabalhe para convencer Aécio Neves a abrir mão da disputa. O comando tucano defende ainda que Serra viaje mais pelo Brasil, numa tentativa de ampliar seu capital político fora das regiões Sul e Sudeste.

Serra argumenta, porém, que o eleitorado de São Paulo rejeita a idéia de o governador deixar o Estado num momento de crise para se dedicar à campanha a um ano e sete meses das eleições. Ele teme ser criticado caso estoure um problema em São Paulo durante uma viagem, e manifesta o receio de se transformar, prematuramente, em alvo do PT de São Paulo. ´O governador não pode deixar o Estado´, pondera o vice-governador, Alberto Goldman. Além disso, Serra afirma que não há como se lançar sem o apoio de Aécio. Enquanto ele hesita, o PSDB promete aprovar, dentro de dois meses, o regulamento da prévia do partido. Guerra tenta convencer Serra de que a prévia é benéfica para o partido: ´Se o Aécio quiser, teremos prévia. Isso movimenta o PSDB´, diz Guerra.

´Pelo bem do partido, Serra e Aécio, têm de viajar pelo país´, diz Guerra. Ele avalia que seria melhor lançar o candidato no segundo semestre, porque antes a direção do partido precisa costurar a aliança nos Estados. A data de lançamento da candidatura divide os serristas: o deputado federal Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB-ES) acha que, diante da movimentação de Dilma, ´não dá mais para esperar 2010´.

Mas o deputado federal Jutahy Jr. (PSDB-BA), discorda. Para ele, a escolha tem de ficar para 2010, pois os candidatos -incluindo Dilma- poderão pagar um preço alto caso antecipem a disputa: ´Em 2009, os governadores de São Paulo e Minas têm de administrar seus Estados, e o presidente, o país. Antecipar o processo eleitoral num momento de crise é um desserviço´.

José Serra participou sexta-feira do Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), onde cumprimentou visitantes, beijou crianças e posou para fotos. Rodeado de lideranças tucanas do Paraná, ele negou que sua visita seja uma antecipação da campanha: ´Eu não vim aqui falar em política eleitoral. Acho que está sendo muito antecipado no Brasil esse assunto todo, inclusive pelo próprio governo federal e pelo próprio PT´.

´A gente tem que, nesse momento, se debruçar para administrar bem, cumprir as responsabilidades e enfrentar a crise. Essa é a minha prioridade neste momento, e não a política eleitoral, de verdade´, afirmou.

O governador justificou sua presença na feira paranaense por se tratar de um dos maiores eventos do agronegócio e aproveitou para criticar a política econômica: ´O mundo inteiro enfrenta a crise procurando tornar o crédito mais barato, mais acessível. O Brasil se mantém em direção contrária´.

Cúpula tucana impõe Serra

Atento à movimentação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o comando do PSDB está decidido a precipitar o lançamento da candidatura do governador José Serra à Presidência. Serra, porém, resiste. Sob o argumento de que, graças à colocação nas pesquisas, ele sairia vitorioso da disputa interna, tucanos chegam a insistir para que Serra enfrente o governador de Minas, Aécio Neves, em prévias partidárias.

Numa reunião com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso alegou que, se não lançar candidato o ´quanto antes´, a oposição ficará sem um porta-voz no país. Uma das avaliações é que, se fosse escolhido, o candidato já poderia monopolizar o programa partidário. Agora, terá que dividir o tempo com outros governadores.

Ao longo da semana, FHC pediu para que o partido trabalhe para convencer Aécio Neves a abrir mão da disputa. O comando tucano defende ainda que Serra viaje mais pelo Brasil, numa tentativa de ampliar seu capital político fora das regiões Sul e Sudeste.

Serra argumenta, porém, que o eleitorado de São Paulo rejeita a idéia de o governador deixar o Estado num momento de crise para se dedicar à campanha a um ano e sete meses das eleições. Ele teme ser criticado caso estoure um problema em São Paulo durante uma viagem, e manifesta o receio de se transformar, prematuramente, em alvo do PT de São Paulo. ´O governador não pode deixar o Estado´, pondera o vice-governador, Alberto Goldman. Além disso, Serra afirma que não há como se lançar sem o apoio de Aécio. Enquanto ele hesita, o PSDB promete aprovar, dentro de dois meses, o regulamento da prévia do partido. Guerra tenta convencer Serra de que a prévia é benéfica para o partido: ´Se o Aécio quiser, teremos prévia. Isso movimenta o PSDB´, diz Guerra.

´Pelo bem do partido, Serra e Aécio, têm de viajar pelo país´, diz Guerra. Ele avalia que seria melhor lançar o candidato no segundo semestre, porque antes a direção do partido precisa costurar a aliança nos Estados. A data de lançamento da candidatura divide os serristas: o deputado federal Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB-ES) acha que, diante da movimentação de Dilma, ´não dá mais para esperar 2010´.

Mas o deputado federal Jutahy Jr. (PSDB-BA), discorda. Para ele, a escolha tem de ficar para 2010, pois os candidatos -incluindo Dilma- poderão pagar um preço alto caso antecipem a disputa: ´Em 2009, os governadores de São Paulo e Minas têm de administrar seus Estados, e o presidente, o país. Antecipar o processo eleitoral num momento de crise é um desserviço´.

José Serra participou sexta-feira do Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), onde cumprimentou visitantes, beijou crianças e posou para fotos. Rodeado de lideranças tucanas do Paraná, ele negou que sua visita seja uma antecipação da campanha: ´Eu não vim aqui falar em política eleitoral. Acho que está sendo muito antecipado no Brasil esse assunto todo, inclusive pelo próprio governo federal e pelo próprio PT´.

´A gente tem que, nesse momento, se debruçar para administrar bem, cumprir as responsabilidades e enfrentar a crise. Essa é a minha prioridade neste momento, e não a política eleitoral, de verdade´, afirmou.

O governador justificou sua presença na feira paranaense por se tratar de um dos maiores eventos do agronegócio e aproveitou para criticar a política econômica: ´O mundo inteiro enfrenta a crise procurando tornar o crédito mais barato, mais acessível. O Brasil se mantém em direção contrária´.

Renascemos um pouco

Renascemos um pouco quando reabrimos os olhos todas as manhãs; 

Renascemos um pouco

quando nos emociona o chorinho de mais uma

criança; 

Renascemos um pouco

quando sorrimos para a primeira folhinha da

planta que semeamos;

Renascemos um pouco

quando choramos copiosamente, chamando por

nossa mãe; 

Renascemos um pouco

quando ficamos felizes lembrando o pai

orgulhoso de nós; 

Renascemos um pouco

quando os nossos queridos aplaudem nossas

vitórias; 

Renascemos um pouco

quando nos entregamos ao abraço de um velho

amigo;

Renascemos um pouco

quando entendemos que a Vida é constante

novidade;

Renascemos um pouco

quando caímos no sono com a consciência

tranqüila;

Renascemos um pouco

quando damos perdão ao passado, aos outros e a

nós mesmos;

Renascemos um pouco

quando conquistamos e convertemos corações

ateus.

Renascemos por inteiro

quando assumimos que somos irmãos de todas

as criaturas e, acima de tudo, irmãos do Filho

de Deus!

Silvia Schmidt

Propaganda enganosa?

Por um lado

1 - é mentira que o Brasil pagou toda a dívida com o FMI ?
2 - é mentira que Lula foi eleito umas personalidades mais influentes do mundo em 2008 ?
3 - é mentira que o Bolsa Família é um programa elogiado mundialmente, alguns chegando a considerá-lo o mais importante programa social do mundo ?
4 - é mentira que o Brasil é considerado um dos países mais preparados para a maior crise do pós-guerra ?

Por outro lado:
5 - é mentira que o Brasil quebrou duas vezes no governo FHC ?
6 - é mentira que tivemos um apagão energético por falta de investimento ?
7 - é mentira que FHC comprou sua reeleição ?

E por aí vai...