Seu pai então respondeu:
A flor
Seu pai então respondeu:
As espectativas do "mercado"
Na análise, Gimabiagi anota que pioraram as expectativas do "mercado" em relação à inflação. Tudo por culpa do BC que decidiu voltar ao centro da meta apenas em 2012.
Como se recorda, no sistema de "metas de inflação" define-se uma meta anual – atualmente em 4,5% -, mais dois pontos de margem de segurança para comportar choques de preços imprevistos.
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Desde os estudos pioneiros da Ignácio Rangel sobre a inflação brasileira, em 1963, sabe-se que há uma disfunção no uso exclusivo da política monetária para conter preços.
Ocorre um problema qualquer – digamos, uma quebra na safra agrícola abrindo espaço para especulação com alimentos.
A inflação aumenta – puxada exclusivamente pelos alimentos (até então, não havia correção monetária e inflação inercial na economia). Contem-se o crédito, aumentam-se os juros, cai o consumo e o preço, mas não daqueles bens que puxaram a alta, especialmente se for alimentos.
Como alimento é o último item a ser cortado do orçamento, aumenta o peso nas contas domésticas e os consumidores cortam a compra de outros bens – que estão longe de pressionar a inflação.
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No caso das "metas inflacionárias", os teóricos definiram a margem de manobra por uma razão simples. Tome-se a explosão internacional dos preços das commodities no final do ano passado. Acabou influenciando os preços internos levando a inflação anual para perto do teto da meta.
Trazer a inflação para o centro da meta em apenas um ano significaria impor um arrocho formidável à economia, com toda dose de sacrifícios implícita. Justamente por isso, gestores responsáveis definem prazos maiores para proceder ao ajuste.
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Mais que isso. Com exceção de serviços – que passa por mudanças estruturais, devido ao aumento da classe C -, não há pressão sobre nenhum outro preço da economia. Os últimos indicadores, inclusive, têm mostrado deflação – isto é, queda nos preços.
Além disso, não existe modelo econométrico capaz de analisar desdobramentos de inflação em 24 meses a ponto de mostrar aumento nas expectativas na segunda casa depois da vírgula.
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Então qual a razão da tal "deterioração" das estatísticas? Simples: um método insuficiente de medição de expectativas, a pesquisa Focus. O Banco Central toma o pulso exclusivo do mercado – que é um observador interessado no jogo, porque quanto maior a expectativa, maior probabilidade de aumento nas taxas de juros.
Além de ser um universo restrito, essa comunidade é influenciada por meia dúzia de "gurus", que alinham as expectativas na direção que querem. Durante certo período, até o ex-Ministro Maílson da Nóbrega opinava sobre inflação.
Fica um jogo de cartas marcadas, no qual as "expectativas" obedecem muito mais a uma concatenação do que a uma média de opiniões isentas.
Depois, basta um certo tipo de jornalismo econômico caprichando nas manchetes, tratando com estardalhaço pequenas mudanças de expectativas.
INSS: Saiba se é um aposentado beneficiado pela revisão nos pagamentos
Aposentados e pensionistas do INSS poderão conferir se serão beneficiados pela revisão nos pagamentos determinado pelo STF - Supremo Tribunal Federal -.
Para descobrir se tem direito a esse dinheiro extra é preciso ligar no telefone 135 ou consultar o site da Previdência Social.
Vão ser beneficiados 117 mil aposentados e pensionistas que começaram a receber o beneficio entre 5/4/1991 e 1/1/2004.
O reajuste médio é de R$ 240.
Além disso, há os benefícios atrasados que serão pagos em quatro datas.
A maioria está no grupo que tem até R$ 6 mil para receber. Para eles, a data é 31/10/2011.
Para quem tem até R$ 15 mil, o governo vai pagar no dia 31/5/2012. Para valores entre R$ 15 mil e R$ 19 mil o pagamento será feito dia 30/11/2012.
E, por último, no dia 30/1/2013 será feito o pagamento de quem tem mais de R$ 19 mil.
Giovana Teles
O Brasil dito pela escória
O morticínio da Noruega no contexto da indústria do ódio anti-islâmico
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Essa matança só não cumpriu seu objetivo inteiramente porque a polícia prendeu o atirador, um ultradireitista norueguês de 32 anos, que não resistiu à prisão, nem tentou se matar após o crime. Até então, a mídia internacional já havia forjado uma declaração atribuída a um grupo islâmico, que teria assumido os atentados.
"Já se começa a dizer que Murdoch controla, há no mínimo 20 anos, todo o sistema político dos EUA e da Grã-Bretanha. Tem poder para eleger e derrubar líderes nacionais, escolher políticas, aprovar leis. De onde vem tanto poder? Sabe-se hoje que vem de espionagem, gravações clandestinas, invasões de telefones e e-mails, suborno de autoridades e muita propaganda. Sim, mas... a serviço de que agenda? Aí está o xis da questão.É possível que se trate de vender jornais de escândalos e de espionagem a favor de Israel, para empurrar a Grã-Bretanha e os EUA na direção de fazer guerras em nome de interesses de Israel? Há resposta simples.A motivação básica de Murdoch nem é que ele opere "para Israel". Murdoch é, provavelmente, o mais influente israelense que há hoje no mundo, muito mais poderoso que Netanyahu. O problema é que Murdoch é homem de idiossincrasias que só se podem descrever como "ultranacionalistas" pró-Israel.Por isso Murdoch é ameaça grave. Os ultranacionalistas são conhecidos por apoiar guerras, planejar ataques terroristas, manipular populações até converter as pessoas a se matarem umas as outras por questões religiosas, por racismo, sempre semeando o medo e o pânico, quando não promovendo a ruína financeira de muitos".
"O resultado do sistemático insuflamento, por Netanyahu e Lieberman, dos temores existenciais dos israelenses é tangível: as pesquisas de opinião mostram que os israelenses estão profundamente pessimistas sobre a paz; na maioria não confiam nos palestinos. E na geração mais nova, a crença nos valores democráticos está erodida".
"Quem Murdoch odeia acima de todos os demais ódios? Os muçulmanos, claro. Todos os muçulmanos são "do mal". De todas as coisas que Murdoch toca, em todas as cenas que suas publicações (centenas!) exibem, em todas as notícias que distorcem, o item que nunca falta, o que nunca essa gangue de degoladores deixa de reafirmar é, sempre, o ódio deles contra os muçulmanos. Com isso, satisfazem os amigos em Israel".
O Brasil que não para
A situação da economia brasileira certamente não é a ideal, mas é muito melhor do que supõem os pessimistas de plantão, muitos deles a viver do substancial patrocínio de parte do sistema financeiro.
À semelhança dos primeiros meses do governo Lula, a presidenta Dilma precisou enfrentar as pressões de luminares do mercado financeiro que exigiam a radicalização das políticas fiscal e monetária para não perder o objetivo da meta inflacionária, mesmo que isso levasse a uma redução do crescimento econômico. Ela reagiu a essas pressões, deixando claro que o objetivo principal continuava a ser o crescimento, utilizando-se da comunicação de forma correta e convincente, da mesma forma que o fizeram seus principais auxiliares na área econômica, o presidente do Banco Central e o ministro da Fazenda.
Neste caso, o governo não apenas adotou as medidas prudenciais adequadas como usou os meios de divulgação para convencer os agentes que o alongamento de mais um ano, no objetivo de voltar à meta, dará maior segurança à política de controle da inflação. A importância disso reside no fato de que as expectativas que a sociedade forma em torno das políticas do Estado são fundamentais para se chegar ao resultado perseguido. A tentativa de um endurecimento monetário e fiscal, provavelmente, quebraria a confiança de trabalhadores e empresários no processo de crescimento, os primeiros reduzindo o consumo e os empresários, os investimentos.
Certamente a recusa em embarcar nessa “canoa furada” evitou um desastre de grandes proporções econômicas, gravíssimas tensões sociais e tremendas consequências políticas. Guardadas a devida distância e as diferenças abissais de comportamento dos governos nesses últimos cinco a dez anos “gloriosos” de desregulação (melhor dito, desregramento do capital), basta observar as prévias de violência nas reações de gregos, troianos e outros súditos do euro para entender do que nos livramos.
Infelizmente, o setor onde o governo está curiosamente omisso é na informação pública sobre o andamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujas realizações, acredita-se, estariam destinadas a ser uma espécie de locomotiva da comunicação no governo Dilma. Não se trata de promover os investimentos do governo federal (que, enfim, não são tantos ou não se realizam nos prazos anunciados) nas áreas da infraestrutura de transportes ou de energia basicamente. O mínimo de atenção que se deve dar ao contribuinte é mostrar onde estão sendo gastos os seus impostos.
Há centenas de parcerias público-privadas (pequenas, médias e grandes) aonde o dinheiro da arrecadação vai sendo aplicado de forma produtiva e isso é ignorado pelos brasileiros, que, quando tomam conhecimento de alguma obra, é porque houve algum desvio de finalidade, algumas somente apenas tentativas ou a interrupção por causa de erros de programação ou retardo de liberação das verbas. E há os empreendimentos de grande porte que as pessoas gostariam de acompanhar, mas que são solenemente ignorados pelos meios de comunicação.
Um exemplo disso foi a divulgação extremamente modesta do– desvio do curso do Rio Madeira, onde se constrói a hidrelétrica de Santo Antônio, uma obra de grande envergadura e de fundamental importância para o desenvolvimento da Amazônia e, portanto, para o crescimento da economia brasileira. Apesar de contar com a presença da presidenta Dilma, numa demonstração da importância do empreendimento e de sua disposição de promover o aumento da oferta de energia, a divulgação foi apenas rotineira, perdendo-se a oportunidade de satisfazer o interesse dos brasileiros de todas- as demais regiões sobre o que se realiza neste imenso território nacional para acelerar o desenvolvimento.
Não se satisfaz a curiosidade- dos mais jovens que hoje demonstram um enorme apetite para conhecer melhor as regiões- brasileiras e que dispõem de acesso crescente e praticamente imediato à informação “em tempo real”, por seus telefones celulares, notebooks e dos mais modernos iPads, um meio de comunicação cuja propriedade se tornou um objeto de desejo dos mais cobiçados e que, apesar dos preços ainda fora do alcance da maioria, estão tendo o consumo aumentado de forma vertiginosa.
Com os abundantes recursos (materiais e humanos) disponíveis para a comunicação governamental, é quase inconcebível que sejam desperdiçadas tantas oportunidades para a divulgação de obras que efetivamente contribuem de forma marcante para o desenvolvimento brasileiro.
por Delfim Netto
A Vele e a Petrobras devem investir em potássio
A Vale deverá investir 4 bilhões de dólares para expandir a mina de potássio em Sergipe se chegar a acordo com a Petrobras para renovar os direitos de exploração da área, afirmou o presidente-executivo da Vale Fertilizantes, Mário Barbosa. As duas empresas também atuam juntas em alguns blocos petrolíferos no país, e negociam há anos um acordo sobre a extensão do arrendamento pela Vale de concessões que a Petrobras tem em Sergipe desde as décadas de 1960/1970 em minas de silvinita e carnalita, minérios que contêm sais de potássio. "A gente acredita que até setembro tenhamos uma solução para o assunto da carnalita: arrenda, não arrenda, o prazo, etc. Não que tenha assinado algum papel. Estamos conversando com a Petrobras", disse Barbosa. Segundo o executivo, após fechar o acordo a Vale levaria cerca de quatro anos para aumentar a capacidade de produção das atuais 700 mil toneladas para 2,4 milhões de toneladas por ano. Segundo Barbosa, quando as minas de Sergipe forem ampliadas e a produção da empresa na Argentina estiver a pleno vapor, a Vale será capaz de suprir até 40% da demanda brasileira por potássio, que segundo o Instituto Brasileiro de Mineração é de 6 milhões de toneladas anuais. Atualmente, a mina de Sergipe é a única fonte de potássio no Brasil e abastece apenas 10% do consumo nacional. O restante é importado.