Acordei


[...] levantei os braços, mexi o joelho, virei o pescoço, estiquei a coluna.... 
Tudo fez “crec”....



Conclusão: 
Não estou velho, estou crocante!!!

11 de setembro - Por conta do atentado, os EUA continuam patrocinando genocídios imperiais no outro lado do mundo

napalm na terra dos outros é refresco ou o feitiço contra o feiticeiro

"Um número surpreendente de pessoas ainda acredita que a organização terrorista Al Qaeda não foi responsável pelos ataques executados com aviões comerciais contra as Torres Gêmeas de Nova York e o Pentágono em Washington, que deixaram quase 3.000 mortos. As teorias mais ousadas de complô afirmam que elementos dentro da administração do então presidente George W. Bush utilizaram explosivos colocados de forma prévia e mísseis contra os edifícios do World Trade Center e do Pentágono".
Sebastian Smith, da agência France Presse em Nova York

Torres gêmeas são lembradas. Vítimas do napalm norte-americano em dezenas de atos terroristas,NÃO!


Confesso que, independente de questionar sua autoria, tive reação bem diferente ao saber dos atentados que culminaram com a destruição das torres gêmeas e de boa parte do Pentágono, sede do Ministério da Defesa dos EUA.

Lembrei-me de imediato de um outro 11 de setembro: com apoio ostensivo do governo norte-americano, naquele 1973 o Exército chileno abandonava uma longa tradição de respeito à Constituição para derrubar a bombas o governo do presidente Salvador Allende, em incursões letais que incluíram o Palácio presidencial de La Moneda.

Abrindo minha angular, sem maiores esforços, passei em revista os banhos de sangue que se tornaram doutrinas da política externa de Washington: vieram-me à cabeça as imagens dos bombardeios com a terrível bomba de napalm no Vietnam, que custaram mais de um milhão de vidas ao longo de uma guerra marcada por experimentos criminosos, incluindo armas bacteriológicas, que reduziram a pó dezenas de cidades e mataram milhares de civis, num ambiente em que a mídia procurava legitimar um genocídio que botava no chileno até mesmo as bombas atômicas despejadas sobre Hiroshima e Nagasaki, quando a II Guerra já estava ganha, excesso desumano que batizou festivamente os Estados Unidos como potência nuclear e deu as pilotos do feito às ma is altas condecorações como heróis.

É claro que, no 11 de setembro, pensei nas vítimas inocentes que não tinham nada com as atrocidades praticadas pelas três armas dos EUA, as quais, porém, contaram sempre com a aceitação e o apoio da maioria dos americanos, conforme pesquisas sucessivas divulgadas pelo Galup e outros ibopes de lá.

O ponto de referência do meu entendimento crítico era simples: enfim os norte-americanos estavam conhecendo os horrores da guerra em seu próprio território. Até aquele 11 de setembro de 2001, o aparato bélico mais sofisticado do mundo mantinha as contendas em territórios alheios, nas casas dos outros. E bomba em terra alheia é refresco que valoriza as ações da indústria bélica no Wall Street.

 Pensei e lamentei, tanto como penso e lamento cada vez que uma bala perdida fulmina uma criança a caminho da escola numa favela carioca.

Mesmo na II Guerra Mundial, que serviu para reduzir a força das potências européias e alavancar os Estados Unidos como primeira referência bélica do Ocidente, os norte-americanos assistiram à distância o grande morticínio, que ceifou 50 milhões de vidas.

Ante a notícia que descabelou o mundo, ocorreu-me apenas revisitar o passado recente, enquanto contemplava daqui o pânico que desceu sobre  Nova York no ataque "consentido" (ou forjado)  já  esperado pelos serviços secretos, conforme incontestáveis provas reveladas posteriormente, inclusive o documentário a respeito de Mike Moore - o Fahrenheit 11 de setembro - produzido em 2004.
Era o feitiço que se voltava contra o feiticeiro - pensei. Estava mesmo na hora do povo dos Estados Unidos sofrer na própria pele, ainda que em um ato pontual, o que representa para as populações civis o uso de máquinas mortíferas contra quem "não tem nada com o peixe".

Minha idéia era que todo aquele horror servisse de lição e levasse os cidadãos da grande potência belicista a assumirem suas responsabilidades diante da facilidade com que seus governantes decidem despejar bombas sobre outros povos, em guerras que parecem indispensáveis ao próprio sistema, em que tiram todo tipo de proveito os grandes negociantes de armas e o crime organizado que opera a partir do Wall Street.

Os fatos seguintes mostraram, porém, que um outro sentimento envolveu a massa, cujos brios foram explorados e serviram de matéria prima para novas guerras: os grupos econômicos souberam tirar proveito mercadológico do trauma provocado e se sentiram apoiados para lançar mais bombas sobre outras populações, de olho principalmente na rapina de riquezas minerais.

Com o sofrimento provocado pelos ataques de meia centena de terroristas, Bush e os prepostos das empresas de guerra invadiram o Iraque em 20 de março de 2003, 18 meses depois do atentado das torres gêmeas, e fizeram a festa que pôs no mesmo barco a indústria bélica e as empresas especializadas no saque da riqueza alheia, a principal das quais, a Halliburton, do então vice-presidente Dick Cheney, ganhou contratos bilionários para coordenar a apropriação das riquezas do país invadido.

Já estava em curso a invasão do Afeganistão, cujas riquezas são escondidas a sete chaves, até chegarem neste 2011 ao mais descarado dos assaltos militares coordenados, agora para tirar da lama a cambaleante economia de posudos países ocidentais.

Nessa nova ação, em que a opinião pública mundial foi enganada pela mídia a serviço dos piores interesses, a ONU foi solenemente transformada em biombo "jurídico", aprovando uma resolução que seria inevitavelmente fraudada - aquela história de autorizar o bloqueio do espaço aéreo da Líbia, cenário de uma farsa seriada protagonizada por canastrões sem escrúpulos.

Os norte-americanos que neste 11 de setembro lembram os civis mortos no ataque terrorista (sic) não têm olhos críticos para as práticas igualmente terroristas em que se lançam suas forças armadas, causando os mesmos traumas e os mesmos sofrimentos a povos indefesos, cujos únicos crimes são tentar preservar a soberania sobre suas riquezas.

E se calam e consentem ante as investidas terroristas de seus governantes, não estão à vontade agora para tentar fazer marketing com a lembrança da data infausta.
Que se saiba, não faz parte de nenhuma lógica o entendimento de que os genocídios produzidos pelas potências ocidentais são civilizatórios e se destinam tão somente a garantir o exercício da liberdade nos países de que são algozes.

Toda essa manipulação da tragédia em casa parece destinada a embasar a teoria de uma "guerra santa" em terras distantes: desde aquele dia que tirou os americanos do sério, 1 trilhão de dólares já foram queimados em outras agressões, com o apoio de um Congresso corrupto, mediante propinas e sob a proteção do lema "Deus salve a América".

Mesmo em crise, no limiar da pindaíba, os contribuintes norte-americanos continuam pagando sem reclamar foguetes de um milhão e meio de dólares empregados nas guerras de rapina, nas agressõesem  às soberanias de outros países, conforme a doutrina de "xerifes do mundo" e "povos superiores", que desprezam as vidas de seres humanos nascidos e criados em outros cantos,   na mesma ilusão de que também são filhos de Deus.

Continuo com o mesmo sentimento em relação ao dia em que a deslumbrada Nova York amarelou, tremeu, viu ruírem símbolos de seu poderio e se deparou ao vivo e a cores com a destruição insana, de que se imaginava blindada.

É provável até que esse sentimento olímpico que sustenta as maratonas mortíferas seja hoje ainda mais forte ao pé da bandeira estrelada, porque as tropas imperiais continuam operando ferozmente em outras plagas sempre com o consentimento e apoio dos donos da cocada branca, totalmente abobalhados por uma mídia que canta e exalta as agressões alhures, ainda que a custa de milhares de vítimas tão inocentes como os que estavam nas torres atacadas naquele 11 de setembro, que não poderá sair da memória de ninguém.

Porque o 11 de setembro de 2001  mostrou que qualquer um está exposto aos horrores de uma guerra. Inclusive os exportadores de homens e armas para terras estrangeiras. 
 
 

 



Faxina geral

No pronunciamento feito por ocasião do Sete de Setembro a presidente Dilma respondeu ao PT, PMDB, PTB e penduricalhos da base parlamentar: a faxina continua e não vai parar. Foram palavras dela:

 "o país não se acumplicia com o mal-feito. Tem, na defesa da moralidade, no combate à corrupção, uma ação permanente e inquebrantável".

Mais não precisou dizer para reduzir a pó a campanha das elites partidárias pela extinção do combate à corrupção. Sua fala, em cadeia nacional de rádio e televisão, aconteceu logo depois do encerramento do Quarto Congresso do PT, onde os companheiros fizeram circular uma suposta indignação diante da ação da presidente de não tolerar lambanças no seu governo.

Mesmo numa semana vazia de deputados e senadores, o recado de Dilma foi bem entendido na Esplanada dos Ministérios. Voltou aquele frio na barriga de certos ministros, já flagrados ou por flagrar metendo a mão ou deixando que seus assessores metam, no caso, nos dinheiros públicos.

Prevê-se razoável mudança ministerial no fim do ano, mas esse propósito em nenhum momento impede antecipações. Não há que fulanizar que ministérios poderão receber petardos morais, nem em que nível. Mas o alerta da presidente bem que se acoplou à marcha contra a corrupção, realizada em Brasília  na pista oposta àquela em que desfilavam civís e militares em comemoração ao Dia da Independência.
por Carlos Chagas

Dilma aceita convite de Hugo Chaves

 Em telefonema no início da tarde desta sexta-feira (9/9), o presidente venezuelano, Hugo Chávez, convidou a presidenta Dilma Rousseff a realizar visita oficial à Venezuela ainda este ano. Segundo o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena, a presidenta aceitou o convite e a viagem deve ser marcada para antes da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), prevista para os dias 2 e 3 de dezembro.

Os presidente se congratularam sobre o acordo entre a Petrobras e estatal venezuelana do petróleo, PDVSA, sobre a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O acordo fixa o cronograma de obras e a liberação dos recursos que viabilizam a sociedade entre as duas petrolíferas para a construção da refinaria. O presidente Chávez disse que o acordo potencializa a integração energética entre os dois países, dadas as possibilidades ainda existentes na área de gás e petroquímica.

A presidenta Dilma Rousseff agradeceu carta enviada por Hugo Chávez por ocasião do Dia da Independência do Brasil e perguntou, ainda, sobre seu estado de saúde. Em resposta, o presidente venezuelano disse que se recupera bem, informou Rodrigo Baena.



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Ração animal: em busca da autossuficiência

O movimento especulativo com alimentos, que precedeu a grande crise de 2008, trouxe à tona algumas vulnerabilidades do agronegócio brasileiro.
Triplicaram os preços dos insumos agrícolas. A China chegou a abrir leilão se oferecendo para comprar o que houvesse de estoques de fertilizantes, pagando o dobro do maior preço.
A partir dali, o governo se moveu. O Ministério da Agricultura passou a buscar alternativas internas para fertilizantes, sugeriu investimentos, Vale e Petrobras entraram no jogo, assim como a Bunge, explorando potássio, fósforo e nitrogênio – matérias primas essenciais para a produção de fertilizantes.
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Ficou de fora a perna da pecuária.
A explosão do agronegócios depende de pesquisas e de fertilizantes. Analogamente, a da pecuária depende de aprimoramento genético e de insumos para rações, como vitaminas e aminoácidos.
Desde a abertura da economia, no governo Collor, o Brasil perdeu os produtores de insumos, um ramo da química fina. A Basf, por exemplo, produzia em Guaratinguetá, mas optou por concentrar suas plantas de produção na Europa. O mesmo ocorreu com outros grandes players do mercado.
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O mercado de ração animal consiste em produtos agrícolas (milho, farelo de soja) e os chamados aditivos alimentares. O grande cliente é a indústria de carnes, bovino e frango.
No ano passado, o Brasil produziu 61 milhões de toneladas de rações, nas quais foram adicionados 2 milhões de toneladas de suplemento mineral para gado de corte. Esse consumo torna o Brasil o terceiro maior mercado do mundo, atrás apenas dos EUA (170 milhões de toneladas) e da China (160 milhões).
O setor movimentou R$ 35 bilhões só em matéria prima. Nos suplementos, o único produto competitivo é a lisina da cana, produzida pela japonesa Ajinomoto – e mais barata que a europeia, produzida a partir da beterraba, e a norte-americana, a partir do milho.
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Não apenas isso. Nas mudanças recentes de tributação, criou-se uma excrescência: isentou-se do pagamento de Pis-Cofins os insumos agrícolas, mas manteve-se para os insumos pecuários. Ocorre que há matérias primas comuns aos dois, como é o caso da ureia e do fosfato de cálcio. No momento, o Ministério da Agricultura estuda a questão.
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A cadeia produtiva no setor é composta fundamentalmente por misturadores. A maior parte da produção é integrada, de grandes empresas, como no frango, a grandes cooperativas, na pecuária. Misturadores independentes respondem por 10 a 12 milhões de toneladas. Caminha-se para uma concentração no setor, em nível nacional e mundial.
Hoje em dia, o Sindicato das Rações, na FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) possui 150 associados, 80% dos quais muito pequenos
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Hoje em dia, o cenário para a indústria de carne é de céu de brigadeiro. Estima-se um aumento do consumo da ordem de 70% nos próximos anos, puxado principalmente pela carne de frango.
No futuro, a autossuficiência dos insumos pecuários terá que ser pensada como questão estratégica.
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