Democracia: que diabo é issow

Quando um parlamentar diz que no congresso impera a "ditadura da maioria"...dá para entender os tucademos. Para a gentalha tucademopiguista democrático é a vontade da minoria imperar.  


A importância da difusão do poder político

 [...] Com a consolidação de diversas bancadas: a rural, a da saúde, a da educação, a do funcionalismo etc.

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A partir do discurso da velha mídia – com base na retórica dos economistas de mercado – convencionou-se que há dois tipos de política: a que visa o interesse nacional e a corporativa, que prejudica o país para atender a interesses específicos.

No primeiro grupo entrariam todas as demandas de mercado, as taxas de juros, a política cambial, as benesses ao grande capital, os cortes de despesas sociais, o combate ao seguro agrícola, à defesa da produção nacional e qualquer gasto que não seja com juros. No segundo grupo, as demais demandas.

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Durante toda a República Velha vigorou o mesmo princípio. O grupo mais ligado ao capital externo – no caso, os cafeicultores – assumiam a política econômica e deixavam para os demais grupos e regiões as sobras do orçamento público e das nomeações de apaniguados.

O fato do Brasil ter demorado tanto tempo para combater a desigualdade de renda e a criar um mercado de consumo de massa à altura da sua população, foi fundamentalmente a falta de poder político dos movimentos sociais para defender suas prioridades.

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Um Congresso com diversos interesses corporativos se digladiando – e também montando alianças – não é necessariamente ruim para a democracia. Pelo contrário, torna-se um ambiente de iguais, onde todos têm que reivindicar e também ceder para formar maiorias.

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Tome-se o exemplo do lobby agrícola nos Estados Unidos. Hoje em dia, a população ligada à agricultura é de menos de 1% da população total norte-americana. No entanto, o lobby agrícola montou um modelo de distribuição de alimentos que conquistou aliados em todos os Estados – já que beneficiava politicamente o senador junto às suas bases, beneficiárias do programa.

Conseguiu-se montar uma política social eficiente que, ao mesmo tempo, atendia os pobres, reforçava o consumo de alimentos, garantindo os preços. Nesse mesmo projeto – legitimador – a agricultura conseguiu incluir subsídios a diversos produtos ameaçados pela concorrência internacional.

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Para participar desse jogo, cada setor terá que se legitimar perante o conjunto dos demais setores e da opinião pública, endossando teses em favor da justiça social, da modernização do país, da competitividade.

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É esse modelo que se espera do Brasil. De repente, bancada rural aliada à bancada industrialista e às centrais sindicais contra a política de juros e câmbio; bancada rural com a mineral e governadores de estados afastados, em favor da infraestrutura de transportes; bancada da saúde com bancada social e lobby dos laboratórios em favor da desoneração dos remédios. E assim por diante.

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O temor em relação à  força da bancada rural é da mesma natureza do temor do MST, da bancada da saúde, das diversas conferências nacionais. Reflete o receio dos setores hegemônicos de não disporem mais do poder absoluto de definir para onde irão os recursos e as benesses do Estado.



Decifrar...

Sei que você acredita
Em tudo o que admira
Embora você admita
Que às vezes é tudo mentira...

A receita da presidente Dilma contra as políticas de austeridade e ajustes fiscais rígidos


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Dilma Rousseff
Com desassombro, remando contra a maré e o senso comum que se estabeleceram nos últimos 30 anos na comunidade global, a presidenta Dilma Rousseff tem se posicionado, em nível internacional, contra as políticas de austeridade e ajustes fiscais que levaram a Europa a atual situação e ao impasse.

Rema, assim, contra a onda gerada a partir dos governos Ronald Reagan, nos Estados Unidos (1981 e 1989) e Margaret Thatcher (1979-1990), na Inglaterra, marcos do apogeu da imposição do liberalismo econômico nos anos recentes.

A presidenta reafirma essa posição, ainda agora, em visita a Europa (Bélgica, Bulgaria e Turquia), quando destacou em alto e bom som: ajustes fiscais drásticos só servem para "aprofundar" a estagnação da economia.

Lembrar o passado para não se incorrer nos mesmos erros


Ela recorreu à crise da dívida, que afetou os países latino-americanos na década de 1980, para lembrar: "na época, os ajustes fiscais extremamente recessivos só aprofundaram o processo de estagnação, a perda de oportunidades e desemprego".

"Dificilmente se sai da crise sem aumentar o consumo, o investimento e o nível de crescimento da economia", receitou a presidenta, insistindo que não há outra forma para sair do círculo vicioso, maior mal gerado por essas políticas que só trazem a estagnação econômica.

São políticas, como se vê agora na Europa, que nem resolveram a questão fiscal, e nem a da dívida pública. E, ainda por cima, agravaram a situação dos bancos e dos governos. Além de terem trazido a recessão e o desemprego, a perda de direitos trabalhistas, a redução de salários e cortes brutais nos programas sociais.

Políticas liberais não resolvem crise e criam círculo vicioso


Foram elas, portanto, as responsáveis pela montagem do cenário que se vê hoje no Velho Continente, e que comprova o equívoco das politicas que priorizam exclusivamente cortes de gastos, de investimentos, e redução de salários e benefícios previdenciários e sociais.

O resultado não foi nem poderia ser outro: queda do crescimento, da arrecadação, recessão, ampliação do desemprego, e aumento do risco e dos juros para um a um e para quase todos os países da União Europeia (UE).

Estabeleceu-se, assim, com essas políticas, o círculo vicioso do qual não conseguem livrar-se os europeus. Nele, a Grécia é apenas o primeiro caso de insolvência, uma ameaça que paira seriamente sobre a Itália e a Espanha também.

A rosa e seus espinhos

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Parábola da Rosa Um homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente. Antes que ela desabrochasse, ele a examinou e viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou, "Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados" Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa e antes mesmo de estar pronta para desabrochar ela morreu. Assim é com muitas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa: São as qualidades dadas por Deus. Dentro de cada alma temos também os espinhos: São as nossas faltas. Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos. Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior. Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós, e consequentemente, isso morre. Nunca percebemos o nosso potencial. Algumas pessoas não vêem a rosa dentro delas mesmas. Portanto alguém mais deve mostrar a elas. Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Esta é a característica do amor. Olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras qualidades. Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições. Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos. Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes. Portanto Sorria !!! E descubram as rosas que existe dentro de cada um de vocês e das pessoas que amam...

hoje, para acompanhar matérias boas sobre o Lula, tem que ler inglês, francês e espanhol

 

Doutor Lula: a imagem fere a sensibilidade das elites que dominam os jornais brasileiros

por Rodrigo Vianna

Recebo, de um jornalista que prefere não se identificar, breve análise sobre a relação da velha imprensa com Lula. O autor do texto se indigna  com um fato inegável:  jornais franceses, argentinos ou sites dos Estados Unidos acompanham os passos do ex-presidente de uma forma muito mais competente do que os jornais brasileiros.

Ele conclui: "hoje, para acompanhar matérias boas sobre o Lula, tem que ler inglês, francês e espanhol." E eu penso com meus surrados botões: a velha mídia (e a "Folha" em especial, na pessoa do seu diretor Otavio Frias Filho) "acusava" Lula de não saber inglês (o que impediria que fosse um bom presidente). Lula podia ligar pro Otavinho agora  e dizer: "eu devia mesmo ter estudado inglês; pelo menos assim eu poderia ler, sobre mim, notícias que não chegam carregadas com o ódio e o desprezo que os jornais brasileiros me devotam."

Mas nem precisa. Aqui nos blogs a gente traduz. E espalha por aí. Os bons textos sobre Lula (escritos no exterior) são o maior atestado da incompetência (e do caráter anti-nacional) da velha imprensa brasileira, como soubemos pelo "Página 12″ semana passada.    



Alegria contagiosa

 
Yue Minjun