A Outra História do Mensalão – As contradições de um julgamento político

Um livro corajoso, independente e honesto, o jornalista Paulo Moreira Leite, que foi diretor de Época e redator-chefe de Veja, entre outras publicações, ousa afirmar que o julgamento do chamado mensalão foi contraditório, político e injusto, por ter feito condenações sem provas consistentes e sem obedecer a regra elementar do Direito segundo a qual todos são inocentes até que se prove o contrário.

Os acusados estavam condenados – por aquilo que Moreira Leite chama de opinião publicada, que expressa a visão de quem tem acesso aos meios de comunicação, para distinguir de opinião pública, que pertence a todos — antes do julgamento começar.

Naquele que foi o mais midiático julgamento da história brasileira e, possivelmente, do mundo, os juízes foram vigiados pelo acompanhamento diário, online, de todos os seus atos no tribunal. Na sociedade do espetáculo, os juízes eles se digladiaram, se agrediram, se irritaram e até cochilaram aos olhos da multidão, como num reality show.

Este livro contém os 37 capítulos publicados pelo autor em blog que mantinha em site da revista Época, durante os quatro meses e 53 sessões no STF. A estes artigos Moreira Leite acrescentou uma apresentação e um epílogo, procurando dar uma visão de conjunto dos debates do passado e traçar alguma perspectiva para o futuro.

Modéstia às favas

[...] sou evangélico. E como evangélico, devo ser modesto. Por isso peço a Deus, que me dê apenas três coisas:

  • Cultura
  • Fortuna
  • Poder

Reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia

Como não levou a Petrobrax, Globo ataca a Petrobras

Sinceramente, não aguento mais o mau-caratismo da Rede Globo. Toda dia veicula notícia dando conta que a Petrobras está quebrando. Para a famiglia Marinho, faz dez anos que a economia brasileira e a estatal de petróleo estão sem pernas. 

O espantoso: ainda que os prognósticos seguidamente não se confirmem, tem gente crédula, pensam que as lorotadas da plim-plim são verdadeiras.

FHC disse que iria sepultar a era Vargas. 

A venda da Petrobras certamente seria o ato simbólico desse “sepultamento”. 

O Farol não conseguiu, o povo impediu. 

Mas a Rede Globo, biltre, continua com o plano, tristemente, manipulando...

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Esquerda ou direita, qual o meu lado?


De fato, inúmeras vezes fui duramente cobrado por conhecidos – e outros nem tanto -, gente inclusive que se diz petista (mostram a estrela somente na ocasião de recolher o butim, mas restam silentes, acovardam-se, quando no curso da batalha), por minhas posições “governistas” e “lulopetistas”, que, segundo eles, “não são de esquerda”.

Esperavam esses sectários a revolução socialista, o fim do capital, do Estado, do Direito, da propriedade privada, o “céu na terra”. Projetavam o termo do “reino da necessidade”, substituído pelo “reino da liberdade”. Enfim, almejavam que o Governo Lula, ainda que com poderes limitados, obtivesse tudo aquilo que nem os governos comunistas, no ápice de seu esplendor econômico e com amplos poderes – totalitários -, não realizaram.

Como não acredito em Papai Noel, tampouco confundo política como empreitada messiânica, nunca me iludi com a ideia de um “libertador” ou de um governo “revolucionário”, que realizasse mudanças do dia para a noite (a tal transformação qualitativa representada pela água que entra em ebulição).

Por favor, não me entendam mal. Não milito na escola da “imutabilidade do ser” de Parménides de Eleia. Ao contrário, discordo da lógica daquele pensador pré-socrático segundo a qual toda mudança é ilusória. Simpatizo mesmo é com o pensamento de Heráclito de Éfeso, para quem “tudo flui”, nada permanece a mesma coisa, pois tudo se transforma e, pela ação da unidade dos contrários (dialética), está em contínua mutação.

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