Intimidade

Eh quando desnudamos a nossa vida diante de outra pessoa

Marido que fala demais

Tarde da noite, o casal já estava deitado, quando ela puxou uma daquelas conversas melosas de mulher:
- Beeemmmm...se eu morresse você casava outra vez?

- Claro que não!
- Não?! Não por quê?! Não gosta de estar casado?
- Claro que gosto!
- Então por que é que não casava de novo? 
- Está bem, casava...
- (Com um olhar magoado): Casava?
- Casava. Mas, só porque foi bom com você...
- E dormiria com ela na nossa cama?
- Onde é que você queria que nós dormíssemos? 
- E substituiria as minhas fotografias por fotografias dela?
- É natural que sim...mas, guardava as suas...
- E ela ia usar o meu carro novo que vocezinho me deu?
- Não. Ela não dirige... 
- !!!! (silêncio)
MARIDO: (em pensamento) AGORA FUDEU !!

Os assaltantes


Alguns ingratos brasileiros consideram impiedosamente que a chamada “grande” imprensa e a tevê nacional são afetadas pela ausência de pluralismo e por atitudes de descriminação racial. Em particular, os três principais jornais do País expressariam exclusivamente “um pensamento de direita”, ou seja, conservador ou reacionário.
Este colunista não pode deixar de compartilhar as perplexidades de tais minorias inquietas. De fato, encontro dificuldade em adquirir informação imparcial sobre a realidade nacional através das principais mídias, as quais tendem à exaltação de notícias que interessam aos próprios donos e chegam ao obscurantismo de censurar as que são incômodas à categoria. Mas, ao contrário dos detratores indômitos, devo confessar sincero reconhecimento ao maior jornal do Rio de Janeiro, por ser fonte inesgotável de inspiração para as minhas colunas quinzenais.
Em temporada de declaração de renda, por exemplo, ouvir em bares e botequins conversas estapafúrdias sobre a insuportável carga do Fisco, é quase normal no mundo inteiro. Em geral, para os alterados fregueses, sejam alemães ou argentinos, o Fisco pior é sempre o próprio. Mas no Brasil constatamos maior originalidade: é possível ler comentários similares na “grande” imprensa. É o que me aconteceu dias atrás ao folhear O Globo: uma ampla crônica escrita por badalada comentarista foi dedicada a descrever o “desgosto” por ter de declarar o Imposto de Renda, descrito, com riqueza de detalhes, como “pior que um assalto”. Depois de minuciosos paralelos com bandidagem comum e agudas descrições psicossomáticas da “violência que praticamos contra nós mesmos” ao preencher o IR, chega-se às inevitáveis queixas sobre os péssimos serviços e as roubalheiras públicas (neste aspeto, concordamos, é óbvio). As conclusões da crônica, não particularmente originais, são que no Brasil se pagam “impostos suecos por serviços dignos do Afeganistão”. Com toda franqueza, fosse eu afegão, ficaria ofendido, mas, como observador internacional, limito-me a algumas observações críticas sobre o que li.
Difundir na opinião pública ideias e sentimentos tão radicalmente hostis ao difícil dever cívico de pagar impostos é fato muito grave em si, em qualquer parte do mundo, e prescinde de qualquer atenuante: estimula egoísmo e incivilidade. Tal atitude é, sobretudo, lastimável da parte de quem pertence à classe privilegiada brasileira, ou seja, aquela que paga menos impostos do que os outros.
A carga tributária, ou seja, a relação porcentual entre o somatório de todos os impostos e a riqueza produzida por um país, é no Brasil muito menor que em outras economias de destaque. Em 2012, foi de 36%, mas na Europa tal relação transita hoje tranquilamente acima de 40%, tocando 45% na França e 46% na Alemanha, até chegar a 55% no caso da Suécia

A amizade

...é o mais belo afluente do amor, ela ajuda a resolver, com paciência, as complicadas equações da convivência humana.
A amizade é tão forte quanto o amor, ela o educa, sinalizando o caminho da coerência, apontando as veredas da justiça controlando os excessos da paixão.
A amizade é um forte elo que une pessoas na corrente do querer.
Amizade é cola divina, cola demais, pode doer. 
A amizade tem muito mais                                                                         juízo que o amor,                                                                         quando ele se esgota                                                                         e cisma de ir embora,                                                                         ela se propõe a ficar                                                                         vigiando                                                                         o sentimento que sobrou.
                                                                                    Ivone Boechat

Lula no New Yorque Times


Como, se não sabe inglês?- perguntam seus  opositores, com ares de Cícero.  
Algumas postagens nas redes socais sobre o fato do ex-presidente Lula virar colunista do jornal The New York Times comprovam que é absolutamente impossível para parte da classe média e quase a totalidade da elite brasileira aceitar, sem manifestações explícitas de incorrigível ódio de classe e peculiar preconceito, esse fato: Lula é um player dentro da política internacional!
Seus artigos serão comprados, aposta o NYT. Por isso Lula foi contratado.
No fundo esse é o sonho do tucano clássico. Por isso também o despeito. Lula é respeitado em todo mundo. É um fato, ora.
Se a oposição partisse da realidade, e não de seu fígado, faria a leitura conjuntural que lhe possibilitaria mensurar as ações necessárias ao seu crescimento.
Não obstante, esses setores preferem permanecer numa desqualificação que, a toda hora, é derrotada pela realidade. É nessa hora que Lula viva colunista do NYT. E a leitura errada é entornada no chão.
Eles precisam diminuir o adversário para acreditar em sua própria vitória, diria Gramsci.
Frágeis…tão frágeis. Há um preconceito atávico que a eles serve de explicação racional do Brasil. Sem esses preconceitos seus totens caem, como gotas de orvalho. Esses preconceitos explicam porque são superiores. E porque seres superiores devem viver em situação privilegiada.    
Há quem pergunte, triunfante, como se o argumento fosse definitivo:
- Ora, mas como Lula escreverá para o NYT se não sabe o idioma inglês?
Não é de se admirar que esse grupo social, incapaz de percebe que neste grau de relações a língua jamais será uma barreira, esteja há 10 anos na oposição.
Lula os põe na palma da mão. Por isso ele está na linha de frente.
É que na universidade do mundo eles são analfabetos políticos. E Lula é Doutor.
Ou agora a meritocracia não vale?

by Charles Carmo

As lambanças do STF e MP na AP 470 (mensalão)



Pela excelência e propriedade do texto do colega advogado, Dr. ANTÔNIO ESCOSTEGUY CASTRO, abordando de forma crítica o comportamento das cúpulas do Poder Judiciário e do Ministério Público no julgamento em curso da famosíssima AP 470, julguei necessário divulgá-lo aqui no blog sujinho.
Preciosa a seguinte frase de CASTRO:
- "(...) vestir aquela toga preta, que não é a do Batman, não é a de um Vingador, mas a de um Juiz".
Em tempos que o presidente do STF agride deliberadamente (e covardemente) a advocacia, vozes como a de CASTRO devem ecoar...
Esclareço que ANTÔNIO ESCOSTEGUY CASTRO é advogado formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é Vice-Presidente da Associação Gaúcha de Advogados Trabalhistas e representante do Conselho Federal da OAB na Comissão de Alto Nível do MJ para a Reforma da Legislação Trabalhista.
Por questão de honestidade intelectual, destaco que...
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Poesia da hora


O mundo anda mal mas sou eu que não presto
Sou resto
De uma ideia
De uma nova rebeldia
O povo dessa selva se balança de alegria
Vejo a tristeza se encharcar de euforia